O adiamento em uma semana do lançamento do Plano Safra 2024/2025 gerou insegurança entre algumas entidades do setor agropecuário no Paraná.
O anúncio do programa que viabiliza recursos com taxas mais baixas para a agropecuária familiar e empresarial estava marcado para esta quarta-feira (26), mas foi prorrogado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) por solicitação da pasta do Desenvolvimento Agrário, que alegou a necessidade de realizar ajustes na proposta. A princípio, a nova data ficou para a próxima quarta-feira, dia 3 de julho.
A prorrogação foi comunicada na tarde da última terça-feira (25) e, imediatamente, provocou reações de entidades representativas do setor agropecuário. Uma delas foi a SRP (Sociedade Rural do Paraná), que em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, externou a preocupação com o adiamento.
“O atraso da divulgação representa um obstáculo significativo para os pequenos, médios e grandes produtores, comprometendo o planejamento e a execução das atividades agrícolas. A expectativa dos produtores para o lançamento do Plano Safra é alta, pois necessitam desses recursos para assegurar a produtividade e a competitividade do setor.”
Mais do que os sete dias de atraso para o lançamento da proposta, o que preocupa é a falta de agilidade e de clareza nas ações governamentais.
“O grande problema não é o tempo, é o tipo de ação. O plano não foi feito em uma semana, é um projeto. Ano passado, fizeram um plano espetacular, mas não tinha dinheiro. Bancos privados e cooperativas tiveram de suprir”, destacou o presidente da SRP, Marcelo Janene El-Kadri.
“Isso gera uma falsa expectativa de coisa boa. Tem tempo para plantar e colher, atrasa a programação, mas o mais grave é a falta de informação, a dúvida que gera o desconhecimento. Isso é o que nos preocupa mais.”
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