14 de jun. de 2024

Praga quarentenária que não existe no Brasil foi encontrada por agentes no Aeroporto de Guarulhos

Aeroporto Internacional de Guarulhos – Imagem: Leonid_Andronov, via Depositphotos

Por Juliano Gianotto - Uma carga com 576 quilos de pêssegos importados dos Estados Unidos foi barrada pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. O laudo com o resultado do exame laboratorial foi recebido nesta terça (11) pelos auditores fiscais, já com o alerta de Praga Quarentenária Ausente (PQA), de acordo com a atual lista publicada na Portaria SDA nº 617/2022. 

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário, Guilherme Farias, os pêssegos chegaram ao aeroporto na sexta-feira, dia 7. Ao analisar o material, o Vigiagro constatou a presença da lagarta, mas foi preciso enviar para análise laboratorial visando a identificação precisa da espécie. O exame foi feito pelo laboratório de diagnóstico fitossanitário Agronômica, de Porto Alegre. 

Praga Anarsia lineatella na fruta – Imagem: Mapa

O laudo indica que a praga é a Anarsia lineatella, um tipo de broca da ordem Lepidoptera e ausente no Brasil. Ainda não se sabe os riscos que esse inseto poderia provocar ao país, mas de acordo com Guilherme é até difícil calcular, porque sempre que uma praga inexistente entra no país as consequências da introdução na fruticultura nacional são imprevisíveis. As frutas importadas seriam distribuídas para pontos de venda.  

De acordo com a chefe do Vigiagro em Guarulhos, Sandra Kunieda, a carga agora passará por uma fumigação, tipo de tratamento químico para mitigar os riscos de escape e introdução da Anarsia lineatella no Brasil. Em seguida, ela será encaminhada para destruição por incineração. 

A interceptação de pragas pelo Vigiagro é algo frequente, mas nem sempre são espécies ausentes no país, que são os maiores alvos na atuação deste serviço. O Vigiagro atua em pontos de fronteira do país, seja em portos, aeroportos ou fronteiras secas. Graças à atuação dos servidores do Mapa, essas fiscalizações conseguem proteger a agropecuária do Brasil. 

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