22 de nov. de 2024

Agro do Acre reage à decisão do Carrefour e pede boicote ao Atacadão: “França desrespeita o produtor brasileiro”

 

Por Ronan Matos - A decisão do Carrefour de interromper a compra de carnes de países do Mercosul, incluindo o Brasil, provocou forte reação entre produtores rurais e entidades do agronegócio. No Acre, a indignação se espalhou rapidamente, levando lideranças do setor a convocarem um boicote ao Atacadão, rede de atacarejo pertencente ao grupo Carrefour.

Polêmica: A medida foi anunciada nesta quarta-feira (20/11) pelo CEO da gigante varejista, Alexandre Bompard, como um gesto de solidariedade aos agricultores franceses, alegando que as importações prejudicam a produção local.

No estado acreano, onde a agropecuária é um dos pilares econômicos, a repercussão foi imediata. Produtores veem a atitude do Carrefour como um ataque direto à produção sustentável e responsável da região, que há anos busca atender aos mais altos padrões de qualidade exigidos pelos mercados internacionais. “Quem respeita o produtor brasileiro não deve comprar no Atacadão!”, afirmou um produtor acreano ao Diário do Acre, reforçando o apelo para que a população priorize negócios que valorizem o agro nacional.

Entidades nacionais, como a CNA e a ABIEC, também emitiram uma nota conjunta em repúdio à decisão do Carrefour, destacando o compromisso do agronegócio brasileiro com a segurança alimentar global. Para os líderes do setor, a suspensão das compras de carne do Mercosul é incoerente, já que a produção da região abastece mercados rigorosos como Estados Unidos, União Europeia, China e Japão.

“Se o Mercosul não serve para o mercado francês, também não deveria servir para outros mercados do Carrefour”, diz um trecho da nota das entidades nacionais, amplamente compartilhada entre produtores.

Detalhes do primeiro ataque de ICBM da História contra a Ucrânia


Sérgio Santana - Nas primeiras horas da manhã de hoje, 21 de novembro de 2024, a Federação Russa desferiu mais um ataque de mísseis contra alvos na cidade de Dnipro, como parte das suas ações na “Operação Militar Especial” contra a Ucrânia, desencadeada desde fevereiro de 2022.

As informações disponíveis dão conta de que foram empregados mísseis hipersônicos Kh-47M2 “Kinzhal” (designado pela OTAN como “AS-24 Killjoy”) disparados de interceptadores modificados Mikoyan Gurevich MiG-31K “Foxhound-D” sobrevoando a região de Tambov, mísseis de cruzeiro subsônicos Kh-101 (“AS-23 Kodiak”) lançados de bombardeiros estratégicos Tupolev Tu-95MS “Bear-H” no espaço aéreo de Volgogrado, e, mais surpreendentemente, pelo menos um míssil balístico intercontinental RS-26 “Rubezh” (“Fronteira), lançado do polígono de testes de Kapustin Yar, na região de Astrakhan, fazendo deste o primeiro ataque de um artefato classificado como ICBM.


Sobre o “Rubezh”

Também conhecido pela designação SS-X-31 (com o “X” denotando seu caráter experimental), o desenvolvimento do “Rubezh” foi iniciado em 2006 pelo Instituto de Tecnologia Térmica de Moscou, como uma versão encurtada do RS-24 “Yars” (designado pela OTAN como SS-29 ou também SS-27 Mod.2), do qual foi retirado um estágio, assim resultando em menos combustível – consequentemente menos alcance, verificado como sendo de 5.800km em testes comprovados – o que classifica a arma na categoria de míssil balístico intercontinental, acima do alcance de 5.500km que a definiria como um míssil de alcance intermediário.

Durante a sua campanha de avaliação, o primeiro teste em setembro de 2011 foi mal-sucedido (o artefato caiu meros oito quilômetros após o lançamento), o que não se repetiu nos demais testes de voo nos quatro anos seguintes, quando foi seguidamente disparado do Cosmódromo Plesetski (quando atingiu um alvo no polígono de Kura, distante 5.800km) e de Kapustin Yar (atingindo um alvo simulado em Sary Shagan, distante 2.000km). Ainda assim, as encomendas para o novo sistema foram congeladas até 2027, em favor de outros sistemas de armas cujo emprego foi considerado de maior urgência.

O artefato mede 12 metros de comprimento por 1.8 metro de diâmetro, sendo propulsado por um motor de combustível sólido que o leva a atingir velocidade superior a 24.500km/h, apesar do seu peso de lançamento de 36.000kg dos quais apenas 800kg correspondem a até quatro ogivas independentes com potência variando entre 150 e 300 quilotons. O RS-26 é lançado de uma versão modificada do veículo MAZ MZKT-79221, possui orientação mista por sistema inercial e GLONASS (o GPS russo) e círculo de erro provável entre 90 e 250 metros.

Apesar de reconhecido que o exemplar recentemente disparado contra a Ucrânia não tinha ogiva nuclear, ainda é desconhecida a natureza dos explosivos que carregava, com o seu emprego carregando muito provavelmente um simbolismo psicológico, lembrando aos adversários (notadamente a OTAN) o que o governo russo pode utilizar na defesa dos seus interesses.

*Bacharel em Ciências Aeronáuticas (Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL), pós-graduado em Engenharia de Manutenção Aeronáutica (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC/MG). Colaborador de Conteúdo da Shephard Media. Colaborador das publicações Air Forces Monthly, Combat Aircraft e Aviation News. Autor e co-autor de livros sobre aeronaves de Vigilância/Reconhecimento/Inteligência, navios militares, helicópteros de combate e operações aéreas

Em resposta à França, frigoríficos querem suspender venda ao Carrefour no Brasil

Medida foi adotada em resposta ao grupo ter anunciado que na França não comprará mais carne do Mercosul

Operários movimentam carcaças de bovinos abatidos em frigorífico de MS. (Foto: Arquivo/Semadesc)


Por José Roberto dos Santos - Em resposta ao anúncio da Rede Carrefour na França, feito pelo CEO da empresa Alexandre Bompard, na quarta-feira, 20, de que o grupo não iria mais importar carne do Mercosul, os principais frigoríficos brasileiros – JBS, Marfrig e Minerva, além de outros médios e pequenos avisaram nesta sexta-feira (22) que não mais venderão carne para a Rede Carrefour no Brasil, incluindo a Rede Atacadão e o Sam's Club. Várias entidades do movimento ruralista brasileiro pediam a aplicação da mesma sanção, por reciprocidade.

A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), que engrossou o movimento de repúdio, foi informada da suspensão das vendas de carnes no Brasil, por iniciativa da indústria.

O CEO do Grupo Carrefour na França, Alexandre Bompard, argumentou que a rede varejista não compraria mais carne dos países que compõem o Mercosul – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai – como forma de pressionar contra o acordo do bloco sul-americano com a União Europeia.

Nesta sexta-feira, o CEO do grupo varejista francês Les Mousquetaires, Thierry Cotillard, endossou o boicote às carnes oriundas da América do Sul em suas redes de supermercados Intermarché e Netto. Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que as varejistas do grupo se comprometem a não comercializar o produto sul-americano, seguindo a iniciativa do seu concorrente Carrefour.

Várias entidades representativas do agronegócio brasileiro condenaram a medida anunciada pelo grupo francês.


Reação brasileira

Em nota oficial publicada no mesmo dia 20, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) lamentou tal postura que, por questões protecionistas, influenciam negativamente o entendimento de consumidores sem quaisquer critérios técnicos que justifiquem tais declarações.

O posicionamento do Mapa, diz a nota, era de não acreditar em um movimento orquestrado por parte de empresas francesas visando dificultar a formalização do Acordo Mercosul - União Europeia, debatido na reunião de cúpula do G20 nesta semana. "O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros", finalizou o texto.

Conforme reportagem publicado pelo portal O Estadão, o ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, passou a reagir reagindo com veemência ao movimento francês. Ele endossou o posicionamento de entidades do setor produtivo e da indústria brasileira de carnes, que sugeriram o não fornecimento de carnes ao Carrefour também no Brasil, após a suspensão da compra de proteínas do Mercosul pelas unidades francesas do grupo.

“Me surpreende a presidência local aqui no Brasil dizendo “não, nós vamos continuar comprando porque nós sabemos que tem boa procedência. Quem não quer comprar é a matriz lá, a França”. Ora, se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros. Então, que não se forneça carne nem para o mercado desta marca aqui no Brasil”, disse Fávaro a jornalistas na noite desta quinta-feira, 21, em evento de comemoração de dez anos da Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados).

Nesse mesmo sentido a Abiec (Associação Brasileira dos Exportadores de Carne) se pronunciou nesta quinta-feira, 21, em nota de repúdio: "Se o CEO Global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês – que não é diferente do espanhol, belga, árabe, turco, italiano –, as entidades abaixo assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país."

Assinaram a nota a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio), CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), SRB (Sociedade Rural Brasileira) e FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

A ABIEC deverá se pronunciar sobre a postura adotada pelos frigoríficos brasileiros, em resposta ao embargo do grupo francês.

Contatado pela coluna Lado Rural, o Carrefour respondeu que vai verificar o tema e retornará assim que possível. - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

Avançam obras na Base de Aviação do Juruá, em Cruzeiro do Sul

Avançam obras da Base de Aviação do Juruá, em Cruzeiro do Sul. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp


Ana Paula XavierAs obras da primeira Base de Aviação do Juruá, localizada em Cruzeiro do Sul, estão em pleno andamento. Com investimento de quase R$ 5 milhões, proveniente de recursos da Operação de Crédito da União, a unidade visa expandir os serviços do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo atendimento eficiente à população, especialmente nas regiões de difícil acesso.

A nova estrutura beneficiará os municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, fortalecendo o Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp). Com a base, haverá uma otimização significativa no tempo de resposta em operações de salvamento, patrulhamento urbano e rural, além de ações de busca e apreensão. A estrutura também permitirá um transporte mais ágil de pacientes para o Hospital Regional do Juruá.


Base aérea beneficiará municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

O titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), coronel José Américo Gaia, destaca a importância da formação de uma equipe especializada para a unidade: “Enviaremos inicialmente uma equipe da capital para operar no novo hangar e, em breve, formaremos cerca de 40 novos profissionais no curso de operador tático, com vagas abertas para todo o estado. Estamos cientes de que a formação dos pilotos demanda mais tempo, mas utilizaremos os pilotos já qualificados para garantir que a equipe esteja em plena operação em Cruzeiro do Sul”.


Estrutura da base

Construída no estacionamento da Companhia de Entrepostos do Acre (Cageacre), no bairro Aeroporto Velho, a Base de Aviação do Juruá contará com um helicóptero fixo, alojamento, auditório, sala de musculação, área administrativa, dormitório e garagem para caminhão de abastecimento.

Iniciada em outubro, a obra tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2025. “Essa base é um reflexo do compromisso do governo do Estado em aprimorar o sistema de segurança pública em todo o Acre. Nossa meta é reduzir o tempo de resposta em situações que exigem apoio aéreo, que atualmente é enviado do hangar em Rio Branco”, enfatiza Gaia.

Iniciada em outubro, obra tem previsão de entrega para segundo semestre de 2025. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp


Modernização da segurança pública

O Ciopaer foi criado pelo Decreto nº 4.564, de 11 de setembro de 2009, com o objetivo de otimizar as ações aéreas da segurança pública no Acre, garantindo um patrulhamento mais eficaz e serviços de resgate. Com uma equipe bem treinada e atuando em defesa da sociedade acreana, os helicópteros do Ciopaer têm realizado diversas missões de patrulhamento e resgate ao longo de quase duas décadas.

Ciopaer conta com três helicópteros e três aviões, além de um efetivo de 36 profissionais. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp


Atualmente, o Ciopaer conta com três helicópteros e três aviões, além de um efetivo de 36 profissionais, incluindo policiais militares, civis e bombeiros, que desempenham as funções de piloto e operador aerotático. As equipes atuam em diversas situações, como roubos, perseguições, resgates, incêndios e na defesa civil, contribuindo para a segurança pública em todo o estado.


Resgates em comunidades indígenas

O Ciopaer também se destaca em atendimentos a comunidades indígenas. Um exemplo recente foi a missão de resgate da pequena Vitória Manchineri, recém-nascida da Terra Indígena Jatobá, que enfrentou três paradas cardíacas.

Ciopaer também se destaca em atendimentos a comunidades indígenas. Foto: Dhárcules Pinheiro/Sejusp

A agilidade das equipes do Ciopaer e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi fundamental para o sucesso da missão. Horas depois do resgate, Vitória chegou a Rio Branco, onde recebeu o atendimento especializado necessário. “Foi uma vitória não apenas para a pequena Vitória, mas para toda a equipe, que fez o impossível se tornar realidade”, avalia o secretário.

A Guerra híbrida contra os pecuaristas brasileiros: em meio a pressão dos agricultores franceses, Carrefour vai deixar de vender carne do Mercosul

Enquanto agricultores franceses fazem pressão pelo não fechamento do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, o gigante do varejo Carrefour se comprometeu a “não comercializar nenhuma carne do Mercosul”. Em uma carta enviada nesta quarta-feira (20) ao sindicato agrícola francês FNSEA, o CEO do grupo, Alexandre Bompard, apelou aos restaurantes a fazerem o mesmo


Ricardo Fan - Nota DefesaNet: O artigo pode ser relacionado à ideia de “guerra híbrida” contra os pecuaristas brasileiros, porque reflete um cenário onde questões econômicas, políticas e ambientais são manipuladas como ferramentas estratégicas para atingir determinados objetivos, muitas vezes mascarados sob argumentos legítimos.

A decisão do Carrefour reflete pressão de agricultores franceses, que há muito se opõem às importações de carne do Mercosul. Esse tipo de ação pode ser interpretado como uma tentativa de proteger os produtores locais, mascarada por argumentos ambientais. Isso é característico de “guerras híbridas”, onde questões legítimas (como sustentabilidade) são instrumentalizadas para proteger interesses econômicos e geopolíticos.

A associação da carne brasileira com problemas ambientais prejudica a reputação internacional do agronegócio nacional. Isso pode impactar negativamente não apenas os pecuaristas, mas também outros setores exportadores, promovendo uma narrativa que enfraquece o Brasil como competidor global.

Não fica claro no artigo se a decisão do Carrefour de deixar de vender carne do Mercosul se aplica a toda a rede global ou apenas às lojas localizadas na França. Vale ressaltar que o Carrefour possui uma presença significativa no Brasil, um dos maiores exportadores de carne do Mercosul, e essa decisão pode gerar antipatia entre consumidores brasileiros, afetando a imagem da marca em um mercado estratégico.


Segue o artigo:

(RFI) Em uma carta dirigida a Arnaud Rousseau, presidente da FNSEA, Bompard diz que “em toda a França, ouvimos a consternação e a indignação dos agricultores diante da proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul”. O presidente do segundo maior grupo varejista da França, atrás apenas do E.Leclerc, afirma que o Carrefour se compromete a “não comercializar qualquer carne do Mercosul”. 

Questionado sobre os volumes em questão, o distribuidor especificou que 96% da carne bovina e suína que vende vêm da França. “Esperamos poder inspirar outros players do setor agroalimentar”, afirma Alexandre Bompard.  “Apelo particularmente ao ramo dos restaurantes e alimentação fora de casa, que representam mais de 30% do consumo de carne na França – da qual 60% é importada – a aderirem ao nosso compromisso”, propõe.


Terceiro dia de mobilização dos agricultores 

Para os agricultores franceses, que fazem nesta quarta-feira o terceiro dia consecutivo de protestos no país, a agricultura francesa está ameaçada pelo acordo de livre comércio que a UE negocia com os países latino-americanos do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai). Eles denunciam condições de concorrência desleal, uma vez que os produtos oriundos do Mercosul não atendem aos mesmos padrões ambientais e sociais que na Europa, ou mesmo de saúde, em caso de falha nos controles. 

Na segunda-feira (18), o lobby europeu dos supermercados, EuroCommerce, indicou em um comunicado de imprensa que fazia parte de 78 federações profissionais signatárias de um apelo para “acelerar a conclusão das negociações do acordo de livre comércio UE-Mercosul”, argumentando que isso “ajudaria a aliviar os desafios colocados pela instabilidade geopolítica e pelas perturbações na cadeia de abastecimento” alimentar. 

O EuroCommerce conta, entre os seus membros, com a federação patronal dos supermercados franceses, a FCD, da qual Alexandre Bompard é presidente. 

Neste terceiro dia de manifestações de agricultores, o sindicato Coordenação Rural (CR) conversou com o primeiro-ministro francês, Michel Barnier. “Vocês têm um primeiro-ministro que conhece e respeita os agricultores. Farei tudo o que estiver ao meu alcance no orçamento para cumprir os numerosos compromissos que foram assumidos, ponto por ponto”, declarou o chefe do governo.

Barnier também telefonou ao presidente da FNSEA, Arnaud Rousseau, para garantir que está aberto ao diálogo para discutir “as respostas a serem dadas”, reafirmando que todas as promessas seriam cumpridas. 

Os agricultores decidiram levantar o bloqueio na autoestrada A9 na fronteira espanhola, instalado na terça-feira. Porém, menos de um ano depois de uma mobilização histórica no país, os sindicatos acreditam não terem feito progressos suficientes. 

Putin confirma uso de míssil balístico experimental e ameaça países ocidentais

Presidente russo afirmou que míssil balístico foi disparado contra uma instalação militar em Dnipro em resposta aos ataques de Kiev na Rússia com armas ocidentais


O presidente russo Vladimir Putin confirmou que a Rússia lançou um míssil balístico experimental, chamado Oreshnik, contra uma instalação militar em Dnipro, Ucrânia. O ataque foi uma resposta direta aos recentes ataques ucranianos realizados com mísseis fornecidos pelos EUA e Reino Unido. Putin explicou que o alvo foi a instalação militar Yuzhmash e afirmou que a ação era uma reação legítima aos planos ocidentais de fornecer armas de longo alcance a Kiev, caracterizando o uso do Oreshnik como um passo necessário para preservar os interesses de Moscou.

Embora relatórios iniciais da Ucrânia tenham sugerido que o míssil utilizado poderia ser um míssil balístico intercontinental (ICBM), oficiais norte-americanos esclareceram que se tratava de um míssil balístico de médio alcance (IRBM), com alcance entre 3.000 e 5.500 km. O lançamento foi notável devido à carga MIRVed (veículo de reentrada múltipla e independente), uma tecnologia associada a mísseis nucleares, o que adiciona uma dimensão simbólica significativa ao ataque. Especialistas interpretaram a escolha do míssil como uma demonstração de poder militar e uma mensagem ao Ocidente.

Putin destacou que o uso do Oreshnik foi uma resposta aos planos dos EUA de desenvolver mísseis de médio alcance e prometeu retaliações “decisivas e simétricas” caso as tensões aumentem. Ele também deixou claro que a Rússia se reserva o direito de atacar países ocidentais que permitirem que suas armas sejam utilizadas contra alvos russos. A retórica do presidente russo reforça a posição de Moscou de que medidas semelhantes são justificáveis em face das ações de Washington e Londres no conflito.

Em seu discurso, Putin afirmou que os sistemas de defesa ocidentais não seriam capazes de interceptar mísseis como o Oreshnik, ressaltando a superioridade tecnológica da Rússia nesse campo. Ele ainda declarou que Moscou emitirá avisos prévios antes de realizar ataques à Ucrânia ou outros países, com o objetivo de permitir a evacuação segura de civis, mas manteve a postura firme contra o envolvimento ocidental no conflito.

Especialistas em estratégia nuclear, como Fabian Hoffmann, consideraram o uso do Oreshnik altamente simbólico, especialmente devido à carga MIRVed, que enfatiza a capacidade nuclear do míssil. A demonstração de força de Putin reflete a escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente, com o presidente reafirmando que Moscou está disposta a tomar medidas contra qualquer nação que facilite ataques em solo russo, ampliando ainda mais os riscos de um agravamento no conflito.

Com mais de R$ 2,2 milhões de investimentos, revitalização do aeródromo de Manoel Urbano possibilita voos noturnos

Pista passa a operar também à noite após revitalização. Foto: Diego Gurgel/Secom

Tácita Muniz - Com toda a estrutura revitalizada, a obra no aeródromo de Manoel Urbano, regional do Purus, foi entregue nesta quinta-feira, 21, pelo governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, e a presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), Sula Ximenes.

Todo o investimento foi de R$ 2.239.666,48, de orçamento próprio, incluindo pavimentação dos acessos, tratamento no acesso de entrada do aeródromo, balizamento noturno e manutenção predial. A melhoria não impacta somente à população de Manoel Urbano, de 11.996 habitantes, mas também de toda a regional.

Em sua fala, a presidente destacou que, em reunião em Brasília, o Acre foi destaque na região Norte em relação aos investimentos nos aeródromos, sendo o estado que mais revitalizou essas pistas.

“Estamos entregando essa obra completamente pronta. Lembrando que nós também temos obras no Jordão, Santa Rosa e Tarauacá. Agora, por conta da iluminação, a cidade passa a ter voos também à noite. Então, agora, com certeza, esta é uma melhora grande para essa população”, destacou.

A sinalização noturna faz parte de um projeto maior de recuperação dos aeródromos do estado. A revitalização da pista de Manoel Urbano permite a retomada das operações diurnas e, com a nova iluminação, operação também à noite. A melhoria aumenta a segurança e a conectividade, beneficiando diretamente os moradores da região.

Wanderleia Pereira, secretária de Assistência Social de Manoel Urbano, se emocionou ao falar da importância dessa obra, para além da infraestrutura.

“É uma grande honra estarmos inaugurando essa pista, que é um fato único em Manoel Urbano. É muito importante termos a iluminação aqui e me emociono, porque quem é do interior sabe a importância dessa iluminação, porque vai salvar vidas. Também quero agradecer ao governador pelo seu olhar de carinho ao povo de Manoel Urbano. Como diz o slogan do seu governo, o senhor está cuidando das pessoas com honra e glória”, destacou.

O governador Gladson Cameli destacou que esta obra reforça ainda mais o compromisso do governo com a qualidade de vida das pessoas.

“O principal objetivo é proteger e salvar vidas. E falo isso não só porque gosto de aviação, mas porque é uma obra que salva vidas. No caso de uma emergência, de alguém precisar sair da cidade, isso pode ser feito por meio de avião em 10 minutos e não somente pela BR”, pontuou.

Cameli também reforçou que esta, como outras ações do seu governo, é resultado da união dos atores do setor público que têm priorizado a vida das pessoas.

“Isso só é possível com toda a equipe governamental fazendo seu trabalho, com apoio da Assembleia Legislativa do Acre, que cumpre o papel fundamental de chancelar as ações do Executivo. É cumprir o que está na Constituição, que é o direito de ir e vir, e proteger as pessoas que precisem desse aeródromo em um caso de emergência”, garantiu.

Elane Magalhães falou representando a comunidade e definiu o momento como “uma conquista” para todos os moradores, relembrando outros investimentos na região.

“Depois da ponte em Sena Madureira, essa é uma construção que faz com que nós ganhemos anos luz de desenvolvimento. Além de ser uma conquista de mobilidade, salva vidas e traz mais segurança para nossa população. Uma conquista singular que só quem vive aqui sabe”, discursou.

A professora Davina Martins fez questão de comparecer à solenidade de reinauguração. “Esta é uma obra essencial para a comunidade. Em muitos sentidos, mas mais ainda quando a gente fala em pacientes graves”, reforçou.

Governador destacou a importância do engajamento da equipe governamental. Foto: Diego Gurgel/Secom

Gabriela de Oliveira, auxiliar administrativo, relembra que já precisou usar a pista antes da revitalização.

“Não é nada perto dessa estrutura que temos hoje. Ainda mais quando se fala em iluminação, pois acredito que essa é a parte principal dessa obra, porque agora, independentemente do horário, a população, em uma emergência, vai poder ser atendida de forma rápida.”

O deputado Tanízio Sá, ex-prefeito na cidade, falou ao governador que sua gestão está fazendo história em Manoel Urbano.

“O governador sabe da nossa dificuldade e tem sido responsável por tirar Manoel Urbano da lama. Manoel Urbano jamais pensava em ver voos noturnos nessa pista e somos muito gratos”, enfatizou.

Gladson Cameli então inaugurou oficialmente a pista que vai atender a região. Nesta quinta também, o governador esteve em Sena Madureira entregando a unidade da Defensoria Pública da cidade, cumprindo uma agenda com foco na região do Purus.

Soja, café e IA: Seu próximo chatbot pode vir da Bayer ou outra gigante agrícola

Revolução tecnológica pode ser importante, mas em alguns casos, ter décadas ou séculos de dados é um diferencial enorme

Ilustração: Adobe Stock


Por Isabelle Bousquette A Bayer é conhecida por vender sementes. Agora, vende sementes e inteligência artificial. 

A Microsoft anunciou na semana passada que está trabalhando com o grupo agrícola e farmacêutico alemão e outras empresas em modelos de IA especificamente ajustados para interpretar dados do setor. As empresas agora podem listar e monetizar esses modelos no catálogo on-line da Microsoft. 

Para a Bayer, isso significa que um modelo de IA ajustado a seus dados e projetado para fornecer respostas sobre agronomia e proteção de culturas está disponível para ser licenciado por seus distribuidores, novas startups agrotecs e até mesmo possíveis concorrentes. O modelo pode responder a perguntas sobre a composição de um inseticida ou se um produto pode ser usado no algodão, por exemplo. 

“Muita gente tem os mesmos problemas que nós”, disse Sachi Desai, vice-presidente de estratégias de Marketing e Parcerias de IA na Bayer. “Há muitas maneiras de não apenas amortizar nosso próprio custo, permitindo que outros colaborem nas mesmas plataformas ou desenvolvam sobre elas, mas também de melhorar os resultados para nossos clientes.”

A Bayer cortou nesta semana sua meta de lucro deste ano depois que um mercado agrícola difícil atingiu sua divisão de ciência agrícola, e disse que inicia o próximo ano com uma perspectiva fraca e lucros provavelmente em declínio.

A Microsoft espera que essa nova abordagem, construída em sua família Phi de pequenos modelos de linguagem e munida de conhecimento do setor, acelere a adoção da IA generativa corporativa, um esforço de um ano construído com base no entendimento de que os modelos de IA prontos para uso geralmente não são suficientes para as necessidades dos negócios.

As empresas agora acham fundamental aumentar os modelos gerais atuais com mais dados específicos do setor ou dos negócios, se quiserem que sejam úteis.


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Os fabricantes de modelos, por sua vez, rapidamente formaram equipes para trabalhar com os clientes e identificaram parceiros estratégicos para criar ferramentas de inteligência artificial específicas da empresa e do setor.

Para a Microsoft, entregar as rédeas aos parceiros corporativos é uma questão de conhecer seus limites. A gigante da tecnologia disse que tomou medidas para desenvolver modelos mais focados por setor, aproveitando conjuntos de dados públicos e até sintéticos — mas disse que não iria muito longe sem os conjuntos de dados ricos de propriedade de empresas como a Bayer, que tem mais de 160 anos. 

“Em muitos casos, os cenários de IA e sua precisão são diretamente proporcionais aos dados que você tem”, disse Satish Thomas, vice-presidente corporativo de Soluções de Negócios e Indústrias da Microsoft.

O provedor de automação industrial Rockwell Automation, o provedor de tecnologia de conformidade Saifr, que faz parte da Fidelity, o provedor de análise de manufatura Sight Machine, a empresa de software automotivo Cerence e a Siemens Digital Industries Software, uma unidade da Siemens, também estão lançando seus modelos de setor hoje. A maioria estará disponível no Catálogo Azure. (No caso da Siemens, o modelo está disponível no Azure Marketplace ou diretamente por meio da empresa.)

A Saifr, startup nascida da Fidelity Labs, disse que está lançando quatro modelos voltados para a conformidade de serviços financeiros, incluindo um que pode ser usado para ajudar a sugerir linguagem compatível para conteúdo, como materiais de marketing e e-mails. O CEO, Vall Herard, disse que a Saifr aproveitou os dados e a experiência da Fidelity para desenvolver os modelos.

“A Fidelity tem um histórico de rigor de conformidade e, fora desse processo, você tem dados revisados por humanos que simplesmente não existem na quantidade necessária em nenhum outro lugar. Não dá para encontrar esses dados na internet. Não dá para comprá-los”, disse ele. 


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A princípio, a estratégia aqui quase parece contraintuitiva: desde o primeiro dia do lançamento público do ChatGPT, executivos corporativos estão empenhados em garantir que nenhuma informação comercial proprietária chegue aos dados de treinamento de um modelo que possa ser usado por concorrentes ou pelo público em geral.

A Saifr disse que nenhum dos dados representava informações sensíveis de seus clientes, mas sim de expertise no assunto.  

Herard afirmou esperar que os modelos disponibilizados no catálogo Azure sejam usados por empresas de serviços financeiros e pelas empresas de software que as atendem e, em última análise, acabem facilitando o uso da IA em uma escala mais ampla para o setor. 

Quando se trata de adoção corporativa de IA, “modelos específicos do setor e do assunto serão o divisor de águas”, disse Ritu Jyoti, gerente geral e vice-presidente de IA e dados, além de líder global de IA da empresa de pesquisa International Data Corp. 

Com esses modelos mais focados, afirmou Jyoti, as empresas podem gastar menos tempo fazendo seus próprios ajustes e obter melhor retorno da IA mais rapidamente. “Isso vai se tornar a norma”, acrescentou.

Escreva para Isabelle Bousquette em isabelle.bousquette@wsj.com

Rússia lança míssil balístico intercontinental em ataque histórico contra a Ucrânia


A Rússia disparou um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra a cidade ucraniana de Dnipro na quinta-feira, marcando a possível primeira vez que uma arma desse tipo, projetada para ataques nucleares de longa distância, é utilizada em combate. O lançamento ocorre após ataques da Ucrânia com mísseis fornecidos pelos EUA e Reino Unido contra alvos em território russo, aumentando as tensões em meio ao conflito de 33 meses.

Especialistas de segurança indicaram que o uso militar de um ICBM seria inédito. Essas armas estratégicas são parte fundamental do arsenal nuclear russo. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que as características do míssil, como velocidade e altitude, indicam que se trata de um ICBM. Uma investigação técnica está em andamento, acrescentou.

A Força Aérea da Ucrânia relatou que o míssil foi lançado da região russa de Astrakhan, a mais de 700 km de Dnipro. Embora não tenha especificado o tipo de ogiva, fontes anônimas indicaram que poderia ser um RS-26 Rubezh, um ICBM testado pela primeira vez em 2012, com capacidade para transportar uma ogiva nuclear de 800 kg. Apesar disso, não há indicação de que o míssil carregava uma carga nuclear.

O ataque em Dnipro teve como alvo infraestruturas industriais e críticas, danificando uma instalação industrial e causando incêndios. Duas pessoas ficaram feridas, segundo autoridades locais. Além do ICBM, a Rússia também utilizou um míssil hipersônico Kinzhal e sete mísseis de cruzeiro Kh-101, dos quais seis foram interceptados pela defesa ucraniana.

O uso de um ICBM gerou reações internacionais. Especialistas consideraram o evento sem precedentes e possivelmente uma tentativa de dissuasão russa em resposta aos ataques ucranianos com armas ocidentais, como os mísseis Storm Shadow e ATACMS. “Este lançamento pode ser visto como um gesto de ameaça, potencialmente em reação ao uso de armamentos avançados pela Ucrânia”, afirmou uma fonte militar europeia.

RS-26 Rubezh

Enquanto isso, a Rússia relatou que suas defesas aéreas derrubaram dois mísseis Storm Shadow na região de Kursk, na fronteira com a Ucrânia. Moscou vê esses ataques em seu território como uma escalada significativa e prometeu responder de forma proporcional. O presidente Vladimir Putin, por sua vez, reduziu o limiar para o uso de armas nucleares em resposta a ataques convencionais mais amplos.

Os recentes ataques refletem a intensificação do conflito em um momento em que ambas as partes buscam consolidar suas posições antes de possíveis negociações. O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prometeu encerrar a guerra, mas não detalhou como pretende fazê-lo, criticando os bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia durante o governo Biden.

Analistas acreditam que Trump buscará negociações de paz após assumir o cargo, o que tem levado tanto Kyiv quanto Moscou a manobrar para obter vantagens no campo de batalha. A Ucrânia argumenta que os ataques contra bases russas no interior são necessários para sua defesa, enquanto a Rússia afirma que o uso de armas ocidentais para atingir seu território agrava perigosamente o conflito.


FONTE: Reuters

Alan Rick discute desenvolvimento do Acre com diretoria da Associação Comercial


Assessoria - Nesta quarta-feira, 20, à convite do presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Marcello Moura, o senador Alan Rick (União Brasil) se reuniu com a diretoria da Associação do setor que mais movimenta a economia acreana. A proposta do encontro, que também contou com a presença do deputado federal Roberto Duarte (Republicanos) e do vereador eleito Zé Lopes (Republicanos), foi dialogar sobre os desafios para o desenvolvimento do Acre. Os presentes tiveram a oportunidade de falar sobre as demandas do setor e os parlamentares puderam prestar contas do que já está sendo realizado. 


“Estou finalizando o segundo ano do meu mandato de senador e a oportunidade de estar com o setor que gera emprego e renda para o nosso povo é muito valiosa. Pude ouvi-los e estou feliz que as demandas que eles trouxeram estão perfeitamente alinhadas com o esforço que estamos fazendo no Congresso Nacional. Desta forma, pude apresentar algumas das ações do nosso mandato desenvolvidas nestes dois anos no Senado.” - disse Alan Rick. 

O senador apresentou um vídeo com um resumo do trabalho nas mais diversas áreas, entre elas, a saúde, infraestrutura, segurança pública, logística, educação, assistência social e apoio à produção rural.

O presidente Marcello Moura aproveitou para destacar a importância do Porto de Chancay, no Peru, para o futuro da economia acreana. “Com esse porto, o Acre tem a oportunidade de assumir um protagonismo nas relações comerciais do Brasil com o mundo. O estado deixa de ser fim de trecho logístico. Passa a ser porta de entrada.” - destacou o presidente que também agradeceu o apoio do senador à comitiva de empresários que participou da inauguração do porto. 

Também fizeram falas no mesmo sentido, os vice-presidentes da Acisa, Celestino Bento e Siglia Abrahão, e o presidente da FEDERACRE, Rubenir Guerra. Eles destacaram ainda desafios como logística e segurança pública. 

Todos os presentes ainda fizeram suas menções e homenagens ao ex-prefeito de Rio Branco, ex-governador, ex-deputado federal e ex-senador Flaviano Melo, falecido nesta quarta-feira em São Paulo. 

Também participaram do encontro os diretores Jorge Neto, Jurilande Aragão, Silvio Oliveira, João Paulo Albuquerque, Raiolando Oliveira, Edinho Andrade, Nazaré Cunha, Aristides Junior, Pedro Silva e Clóvis Consoli. Além deles, os empresários Marcio Rebouças, Jucilene Nogueira, entre outros.

Com R$ 600 milhões, BNDES financia exportação de Super Tucanos da Embraer para o Paraguai

Trata-se da 1ª operação de financiamento a exportações de produtos de defesa aprovada pelo BNDES após 13 anos

Operação marca ainda a retomada do apoio a essa base industrial no Brasil

Concepção do A-29 da Força Aérea Paraguaia


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou, nesta segunda-feira, 18 de novembro, durante a Cúpula de Líderes do G20, com o Governo do Paraguai, contrato de financiamento da ordem de R$ 600 milhões para exportação de seis Super Tucanos e de pacote logístico da Embraer S.A. para Força Aérea do Paraguai. A assinatura contou com as presenças do ministro da Economia do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A operação fortalece a parceria estratégica entre o Brasil e o Paraguai e contribui para que o país vizinho reforce sua capacidade tecnológica na luta contra o narcoterrorismo. A aeronave A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 aeronaves entregues, mais de 500.000 horas de voo e utilizada por 16 Forças Aéreas. O Super Tucano é utilizado para ações de treinamento, reconhecimento e combate.

“Essa foi a primeira operação de financiamento a exportações de produtos de Defesa aprovada em mais de 13 anos pelo BNDES, marcando a retomada do Banco no apoio à Base Industrial de Defesa brasileira. É um setor estratégico da Nova Indústria Brasil por ser intensivo em tecnologia e gerador de inovações, com fabricação de produtos de alto valor agregado e geração de empregos de alta qualificação”, explica Mercadante.

Historicamente, países com indústrias aeronáuticas de ponta financiam suas respectivas fabricantes nacionais de forma perene, por meio de bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação dos seus respectivos países. No Brasil, esse papel é desempenhado pelo BNDES. Os financiamentos do Banco complementam o financiamento provido pelo mercado privado e possibilitam aos exportadores brasileiros concorrer no mercado externo em igualdade de condições com suas concorrentes.


FONTE: BNDES

Chinesa SpaceSail fecha acordo com governo Lula e se prepara para competir com Starlink, de Elon Musk

Empresa de satélites assinou acordo com a Telebras e deverá oferecer internet no Brasil em até dois anos

Foguete carregando grupo de satélites da SpaceSail que devem concorrer com a Starlink, de Elon Musk. Foto: Zheng Bin/Xinhua

      por Bloomberg


A rival chinesa de Elon Musk no mercado de internet via satélite planeja iniciar operações no Brasil em 2026, segundo informou Jason Jie Zheng, diretor da SpaceSail, empresa com sede em Xangai, em entrevista à Bloomberg News nesta terça-feira (19).

Jie Zheng assinou um memorando de entendimento com a Telebras para estudar a demanda por internet via satélite em áreas onde a infraestrutura de fibra óptica não é viável.

O acordo foi firmado durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil, onde participou da cúpula do G20 no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (20), Xi deve assinar uma série de acordos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília.

Lula busca na China uma parceria para impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil, mas essa aproximação pode gerar atritos com Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, que promete adotar uma postura mais dura em relação à China e sua expansão nas Américas.

 

 Os investimentos chineses no Brasil estão saindo do papel e se tornando realidade. Entre os exemplos estão a maior operação da BYD fora da Ásia no setor de veículos elétricos e uma parceria local com a fabricante chinesa de smartphones Oppo.

Em uma breve entrevista após o evento de terça-feira à noite, Jie Zheng afirmou que a SpaceSail começará a oferecer internet no Brasil dentro de dois anos e abrirá uma subsidiária no país até o final deste ano.

“Nosso memorando com a Telebras não é apenas uma parceria, mas também um compromisso compartilhado de capacitar as regiões menos atendidas do Brasil”, disse Zheng em discurso.

Combinando a expertise da Telebras com as soluções avançadas da SpaceSail, buscamos apoiar a iniciativa nacional do Brasil com nossos serviços de banda larga e soluções industriais digitais, ampliando o acesso a serviços essenciais, como educação, saúde pública e governo.”

Jie Zheng, diretor da SpaceSail


A SpaceSail lançou seu primeiro lote de 18 satélites em órbita em agosto, seguido por um segundo lançamento com outros 18 no mês passado. Ainda faltam mais de 600 satélites para completar a primeira fase da constelação planejada, prevista para estar operacional até o final do próximo ano.


LEIA MAIS: China responde a Elon Musk e lança satélites rivais da Starlink


O evento desta semana ocorreu após uma visita de representantes do governo brasileiro à sede da SpaceSail em outubro, logo após um embate de meses entre Elon Musk e o Supremo Tribunal Federal, que resultou em multas milionárias e no bloqueio da rede social X no Brasil.

No auge da disputa, as contas bancárias da Starlink no Brasil foram congeladas para forçar a X a cumprir ordens judiciais. Musk acabou cedendo, as contas foram desbloqueadas e o acesso à rede social foi restabelecido no país.

A Starlink é a líder no mercado de internet via satélite, com 46% de participação no Brasil. No entanto, no mercado total de banda larga, a empresa de Musk detém apenas 0,5%, com 265 mil clientes até setembro.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, negou qualquer relação de retaliação entre o conflito do Brasil com Musk e a aproximação com os concorrentes chineses.

“O Brasil está sempre de braços abertos para quem puder oferecer serviços de qualidade com preços justos e segurança para a população brasileira”, afirmou o ministro a jornalistas. “Nada é bom em qualquer setor quando só existe um único fornecedor.”

União Europeia considera exigir transferência de tecnologia da China

 

A União Europeia (UE) está considerando exigir que empresas chinesas transfiram propriedade intelectual e estabeleçam fábricas na Europa em troca de subsídios para tecnologias limpas. Essa medida, que será discutida em dezembro com um projeto piloto de 1 bilhão de euros destinado à produção de baterias elétricas, reflete uma postura mais rigorosa do bloco em relação à China e visa proteger empresas europeias de importações baratas e mais poluentes.

Inspirada na prática chinesa de exigir transferência de tecnologia de empresas estrangeiras para acesso ao mercado local, a UE busca limitar a dependência de fornecedores externos em setores estratégicos. Além disso, as medidas podem ser ampliadas para outros contratos de subsídios, embora os critérios ainda estejam sujeitos a ajustes.

O bloco também implementou tarifas de até 35% sobre veículos elétricos chineses e restringiu o uso de componentes chineses em subsídios para hidrogênio. Essas ações visam não apenas fortalecer a produção local, mas também responder à crescente pressão política internacional, incluindo possíveis medidas protecionistas do governo dos EUA sob a liderança de Donald Trump.

Com a economia europeia enfrentando desafios e metas climáticas ambiciosas, a UE busca equilibrar a proteção comercial com o avanço tecnológico. Entretanto, especialistas alertam que tais restrições podem prejudicar a competitividade europeia e encarecer produtos para os consumidores, dificultando os esforços de descarbonização.

Empresas chinesas como CATL e Envision Energy já responderam às novas regulamentações investindo bilhões de euros em fábricas na Europa. No entanto, o governo chinês expressou preocupação com os riscos políticos em Bruxelas e aconselhou suas empresas a limitar operações no continente à montagem final de produtos.

Enquanto isso, a sueca Northvolt, principal fabricante de baterias da UE, enfrenta dificuldades financeiras para aumentar a produção, destacando a fragilidade da indústria europeia diante da concorrência chinesa. A cadeia de suprimentos de baterias, essencial para veículos elétricos, representa mais de um terço do custo desses automóveis, tornando a produção local ainda mais estratégica.

Elisabetta Cornago, pesquisadora do Centro para a Reforma Europeia, apontou que uma postura rígida contra componentes chineses poderia impactar negativamente os esforços de inovação e sustentabilidade da UE. Ela destacou que proteger a indústria local pode não necessariamente reduzir os preços para os consumidores, criando incertezas para o setor automotivo europeu.

No contexto dessa transição para tecnologias mais limpas, a UE enfrenta o desafio de reforçar suas defesas comerciais enquanto equilibra suas ambições climáticas e competitividade global. As decisões tomadas nos próximos meses serão cruciais para moldar o futuro do setor automotivo e da indústria de baterias no continente.


FONTE: Financial Times

20 de nov. de 2024

Governo do Acre participa da maior feira de café da América Latina

Comitiva do Acre é composta por técnicos, produtores e extensionistas. Foto: Josciney Bastos/Secom


Andreia Nobre - Com o slogan ‘Cafés incríveis, Florestas Preservadas’ pela primeira vez na história, o Acre expõe cafés especiais robustas amazônicos na 12º edição da Semana Internacional do Café (SIC), que acontece de 20 a 22 de novembro, na Expominas, em Belo Horizonte (MG).

Com a produção de cafés de alta qualidade, alinhada à preservação da floresta, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae),  levou uma comitiva  de 54 pessoas composta por técnicos,  produtores e extensionistas ao maior evento de café da América Latina.

Durante a SIC, serão realizadas palestras e workshops, com profissionais renomados, degustações de cafés de diferentes regiões do Brasil, concursos e prêmios de qualidade em café, além da participação de mais de 170 expositores de diferentes países e novas oportunidades de negócios. A expectativa é que R$ 60 milhões sejam negociados durante o evento.

Parceria entre governo e Sebrae proporcionou o investimento para a produção do estado do Acre. Foto: Josciney Bastos/Secom

Para o secretário de Agricultura, José Luiz Tchê, a participação do Acre na SIC é um marco importante para o agronegócio do estado. “Nós iremos mostrar para o Brasil e para o mundo que o Acre produz café de qualidade e preservando sua floresta. Eu tenho a certeza de que iremos sair daqui levando um prêmio do concurso Florada Premiada com as nossas produtoras”, destacou.

De acordo com o Diretor de Finanças do Sebrae, Vandré Prado, o evento é uma oportunidade para os produtores mostrarem o seu trabalho e realizar bons negócios. “Para nós é uma oportunidade imensa trazermos os produtores para a troca de experiências, rodadas de negociações. Nesta edição, temos um estande próprio para os produtores mostrarem os seus cafés. E, sobretudo, nos alegra o empreendedorismo feminino sendo representado com as nossas produtoras”, destacou.


Para o cafeicultor da cidade de Xapuri, Lucas Santos, que participa pela primeira vez do evento, o Acre vai mostrar o potencial de produção e a qualidade dos cafés do estado. “Iremos participar de rodas de degustação para possíveis negociações, tanto agora como no futuro, e isso vai ser um grande impulso para o nosso estado, tanto para mim como produtor, como para o estado do Acre, mostrar que nós também temos um café de qualidade”, enfatizou.

Produtor de café da cidade de Xapuri, Lucas Santos, participa pela primeira vez do evento. Foto: Josciney Bastos/Secom

No último dia de evento será feito o anuncio das vencedoras do prêmio do Concurso Florada Premiada da empresa Três Corações, voltado apenas para as mulheres para valorizar o protagonismo feminino na cafeicultura, onde quatro produtoras acreanas concorrem.

O Acre possui representantes da Seagri, Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Cooperativa de Café do Juruá (Copercafé).