5 de nov. de 2024

“Primo” do açaí, Patoá ganha força nos mercados de Rio Branco no período da entressafra


Por Wanglézio Braga - Com a alta no preço do açaí em Rio Branco, os consumidores buscam alternativas para driblar o aumento e continuam apreciando polpas regionais. Segundo Rose Araújo, vendedora de polpas no Mercado Elias Mansour, na capital, a chegada dos primeiros carregamentos de patoá — uma fruta similar ao açaí — entre setembro e outubro alivia o impacto da elevação de preços.

Os principais produtores de patoá vêm de Cruzeiro do Sul e da região do Envira, garantindo o abastecimento na cidade nesse período de entressafra do açaí.

Além do patoá, outra opção que tem se destacado entre os consumidores é a bacaba, cujas polpas oferecem sabor e textura similares. Enquanto o litro do patoá custa, em média, R$ 15, o preço do açaí, que vem de plantios na região do Abunã, em Rondônia, subiu de R$ 15 para R$ 20 e até R$ 23 reais.


Legenda: Patoá serve como alternativa de consumo nessa entressafra (Foto: Wanglézio Braga)

Para garantir o mínimo do açaí no mercado local, algumas empresas de polpas têm contratos com fazendas da região de Rondônia para garantir o fornecimento durante o ano, sendo esse açaí chamado de “nativo”. No entanto, a preferência dos acreanos é pelo açaí “da mata”, conhecido por ter um sabor mais forte e tradicional, mas que fica escasso durante a entressafra.

“Nós trouxemos quase 100 litros de patoá da regional de Cruzeiro do Sul, mas, quando chega aqui, não demora três dias e já tem acabado”, contou Rose. A entressafra do açaí deve terminar no final de janeiro, e, até lá, o patoá e a bacaba se destacam como opções para quem busca alternativas locais e acessíveis.

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