O vulcão Puracé mantém o alerta alaranjado devido à emissão persistente de cinzas e gases, acompanhada por atividade sísmica que já afeta vilarejos próximos com a queda de material e mudanças na cor do Rio San Francisco
Rádio Nacional da Colômbia/Camila Rivera - O vulcão Puracé permanece em alerta laranja devido à persistente atividade sísmica e às emissões de cinzas que impactaram comunidades próximas no departamento de Cauca, informou o Serviço Geológico Colombiano (SGC) na segunda-feira.
Desde o fim de semana, a agência ligada ao Ministério de Minas e Energia registrou sinais sísmicos relacionados ao movimento de fluidos dentro do vulcão, especificamente do tipo Tremor e Longo Período, localizado sob a cratera Puracé. Esses sinais estão associados à emissão contínua de gases vulcânicos e pequenas quantidades de cinzas.
As colunas de gases e cinzas atingiram alturas superiores a 500 metros acima do cume do vulcão, embora condições climáticas adversas tenham tornado impossível calcular sua altura total. Nas últimas 24 horas, a aeronáutica civil recebeu sete alertas, destacando o emitido em 1º de dezembro às 23h27 por uma coluna que se dispersou para o sudeste.
Os efeitos da atividade vulcânica já estão sendo sentidos nas cidades próximas. No domingo, às 14h, a vila de San Juan de Puracé relatou queda de cinzas.
Além disso, moradores da vila de Pululó relataram às 10h30 do mesmo dia uma mudança na coloração do Rio São Francisco para um tom marrom, fenômeno que o SGC atribui ao arrasto de cinzas acumuladas na parte superior do vulcão devido às chuvas recentes.
O Serviço Geológico esclareceu que, embora o vulcão permaneça em alerta laranja, é normal que ocorram flutuações temporárias nos níveis de atividade. Uma diminuição momentânea não significa necessariamente que o vulcão voltou à estabilidade. Para reduzir o nível de alerta para amarelo, é necessário um longo período de avaliação para confirmar tendências estáveis em todos os parâmetros monitorados.
As autoridades recomendam que a população não se aproxime da cratera ou de seus arredores, que esteja atenta aos boletins oficiais do SGC e que siga as instruções das autoridades locais e departamentais e da Unidade Nacional de Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD).

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