30 de mar. de 2013

LUTO - FAB SE DESPEDE DO HERÓI DE GUERRA MAJOR-BRIGADEIRO MEIRA


Com a mesma garra com que combateu na Segunda Guerra Mundial, o Major-Brigadeiro do Ar José Rebelo Meira de Vasconcelos travava há cinco dias uma intensa luta no Hospital Central da Aeronáutica. Na manhã deste sábado (30/3), às 8h25, a batalha cessou aos 90 anos. A Força Aérea Brasileira perdeu, assim, um de seus maiores ícones. Herói de guerra, militar dedicado, deixou um legado inestimável para a FAB, para a aviação de caça e para o Brasil. O velório do Major-Brigadeiro Meira será realizado nesta tarde, das 13 às 16 horas, no Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR). O sepultamento está marcado para o Cemitério São João Batista, às 17 horas, no Rio de Janeiro. 

A trajetória do Major- Brigadeiro Meira iniciou-se em 1943, quando se formou na Escola de Aeronáutica no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Como Aspirante, seguiu para o Nordeste, mas logo em seguida foi convocado para servir no 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA).

O Grupo foi enviado para a 2ª Grande Guerra Mundial. No conflito, o Brigadeiro Meira tornou-se um herói. Cumpriu nada menos que 93 missões no front europeu, como piloto de caça da Esquadrilha Verde. Sua primeira missão ocorreu em 11 de novembro de 1944 e a última em 2 de maio de 1945, considerada a derradeira missão do Grupo de Caça nos céus da Itália. Em 18 de junho de 1945, o militar partiu de Pisa, na Itália, para os EUA a fim de efetuar o translado de novos aviões P-47 para o Brasil. Em sua carreira militar voou 6.000 horas entre as aviações de caça e de transporte.

Ao regressar ao Brasil, foi formar novos pilotos de caça no Grupo de Aviação de Caça, na Base Aérea de Santa Cruz. Por causa de sua grande experiência, foi convocado para transmitir a doutrina aplicada na Guerra aos oficiais, como instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica, em São Paulo. Comandou ainda a Escola de Bombardeio Médio.

Os vínculos e as amizades constituídas durante a Guerra tornaram-se perenes e renderam situações inusitadas. Durante o conflito mundial o então Tenente Meira era comandado pelo Major Nero Moura, que mais tarde assumiria o cargo de Ministro da Aeronáutica. Quando o Brigadeiro Meira, casado havia pouco tempo, chegou em Recife, foi convocado pelo Ministro Nero Moura de forma enfática: “Esteja em meu Gabinete, aqui no Rio de Janeiro, amanhã às 15 horas”. Ainda que tentasse argumentar, a confirmação do Ministro teve igual ênfase: “Esteja em meu Gabinete amanhã às 15 horas”. Foi designado então Oficial de Gabinete e Ajudante de Ordens do Ministro da Aeronáutica. Em um cenário distinto do vivido na campanha da Itália, os amigos voltavam a conviver.

Na sequência de sua carreira, o Brigadeiro Meira ocupou vários cargos de destaque. Foi Membro da Comissão Aeronáutica em Washington, EUA; Comandante e Oficial de Operações do 2º Grupo de Transporte; Chefe da Seção de Logística e de Operações do Comando de Transporte Aéreo; Instrutor da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica; Subchefe do Gabinete do Ministro da Aeronáutica; Chefe da Seção de Planejamento do Estado Maior da Aeronáutica; Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra.

Reformado em outubro de 1966 no Posto de Major Brigadeiro do Ar, o incansável Brigadeiro Meira continuou desenvolvendo suas atividades na vida civil. Entre os cargos que ocupou estão o de Superintendente Administrativo da Sondotécnica Engenharia de Solos S.A; Diretor Administrativo da Sondoplan Planejamento, Pesquisa e Análise S.A; Superintendente de Coordenação Operacional da VASP; Presidente da Cia Brasil Central Linha Aérea Regional; Assessor de Operações, Diretor Administrativo e Vice Presidente Executivo da Brinks S.A.

De temperamento afável, o Brigadeiro-Meira deixa um legado de profissionalismo e será sempre lembrado pela serenidade. Serenidade como a que exibia no Birutinha, bar do Clube de Ultra-leves que fica no Clube de Aeronáutica da Barra da Tjuca. Ouvia atentamente as histórias de seus companheiros, mas quando na roda de amigos o assunto era o Grupo de Aviação de Caça, ali estava ele para contar com riqueza de detalhes as agruras, as dificuldades e as vitoriosas missões da FAB na Segunda Guerra Mundial. Relatos que só mesmo um herói de guerra poderia fazer. 

Fonte: Agência Força Aérea

COREIA DO NORTE ANUNCIA ' ESTADO DE GUERRA' COM SUL

O líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu reunião de emergência em Pyongyang, na Coreia do Norte, na qual decidiu apontar mísseis para os EUA

Seul/KCNA/Reuters - "A partir de agora, as relações intercoreanas estão em estado de guerra e todas as questões entre as duas Coreias serão tratadas sob o protocolo de guerra", declara um comunicado atribuído a todos os órgãos do governo norte-coreano.

"A situação que prevaleceu por longo tempo na qual a península coreana não estava nem em guerra nem em paz acabou", destaca o comunicado divulgado pela agência oficial de notícias norte-coreana KCNA.

O comunicado adverte que qualquer provocação militar próxima às fronteiras terrestres ou marítimas entre o Norte e o Sul levará a "um conflito em grande escala e a uma guerra nuclear".

As duas Coreias estão tecnicamente em guerra desde o conflito de 1950-53, que terminou com um armistício e não com um tratado de paz.

O Norte já havia anunciado o fim do armistício e de outros tratados bilaterais de paz firmados com Seul para protestar contra as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul.

O anúncio do "estado de guerra" ocorre um dia após o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ordenar o início dos preparativos para atacar com mísseis o território dos Estados Unidos e suas bases no Pacífico e na Coreia do Sul.

A ordem foi emitida durante uma reunião de emergência com o Estado-Maior norte-coreano e é uma resposta direta às manobras conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul na península com bombardeiros invisíveis americanos B-2, capazes de transportar armas nucleares.

Em caso de provocação imprudente dos Estados Unidos, as forças norte-coreanas "deverão atacar sem piedade o (território) continental americano (...), as bases militares do Pacífico, incluindo Havaí e Guam, e as que se encontram na Coreia do Sul", declarou Kim, citado pela agência oficial.

Na quinta-feira, em um contexto de escalada de tensões entre as duas Coreias, dois bombardeiros invisíveis B-2 sobrevoaram a Coreia do Sul, uma maneira de os Estados Unidos ressaltarem sua aliança militar com Seul em caso de agressão do Norte.

QUANDO VÃO CRIAR A LEI MARIA DE FÁTIMA?

O BRASIL É DEVERAS UM PAÍS INTERESSANTE MESMO. AQUI A MULHER NÃO PODE APANHAR DO MARIDO, MAS PODE APANHAR DE UM MENOR QUALQUER.

STJ ACABA COM RELATIVIZAÇÃO DO CRIME DE ESTUPRO


Solange passava todos os dias por uma rua, às 23:30, para chegar em casa. Ela foi pega por três homens. Poupo o leitor de um relato mais minucioso. Fizeram o que eles próprios chamaram de “farra leve” e disseram: da próxima vez, você vai ter o que você quer.

Basicamente, Solange queria trabalhar, estudar e viver em paz. Aos 23 anos, trabalhava em uma empresa de telemarketing, das 9h às 17h30, e ingressara em um curso superior de Letras.

Ela morava com o pai, a mãe e um irmão, a duas quadras do ponto de ônibus, em um bairro nem tão afastado do centro da cidade. Essas duas quadras, entretanto, sempre pareceram para Solange um longo caminho a percorrer. Um pequeno bar funcionava em uma das esquinas. A princípio, Solange passava em frente ao bar. Além da calçada ficar mais iluminada pelas luzes do estabelecimento, imaginava que este era frequentado por pessoas do bairro, gente conhecida dela e da sua família. Ainda que por volta das 23:30, horário no qual ela passava diante do bar, os frequentadores fossem unicamente homens, ela realmente acreditava que estes a protegeriam no caso de um assalto, por exemplo.

Não foi bem isso o que aconteceu. No primeiro mês, foram brincadeirinhas. Um assobiou, depois outro. Um terceiro começou a falar grosserias. O tom inconveniente só piorou. Solange pensou em falar com seu irmão, quem sabe não fossem conhecidos dele? Talvez pudessem respeitá-la se soubessem que era irmã do amigo deles. Mas não confiava que o irmão atendesse seu pedido.

Assim, Solange resolveu atravessar a rua, caminhar pela calçada mais escura. Passaria medo de assalto, mas não estaria sujeita às humilhações dos homens do bar. A estratégia deu certo uma semana, até que os homens se deram conta de que ela passava do outro lado da calçada, escondida.

Entenderam como provocação. E começaram a insultá-la do outro lado da rua.

Solange teve como única alternativa utilizar uma rua paralela. Aumentava seu trajeto, ela se expunha a mais riscos, mas a essa altura, até o medo de assalto havia passado. Por mais ou menos um mês, Solange pôde voltar para casa sem sofrer humilhações. Mas o pessoal do bar havia invocado com ela. Não pensavam que ela era trabalhadora ou estudante, tampouco que, sendo o que fosse —até mesmo uma prostituta— tinha o direito de passar por lá sem ser molestada.

Três deles começaram a dar voltas no quarteirão no horário em que Solange passava. Não demoraram a encontrá-la. Xingaram, ameaçaram com gestos obscenos, queriam-na com medo, subjugada.

Solange pediu ao irmão que fosse buscá-la no ponto de ônibus. Ele alegou que não podia. Pediu ao pai, este disse que não a queria andando na rua à noite. Mais do que isso, alegou que com esse tipo de atitude de “mulher vadia”, Solange estava querendo mesmo era ser mira de baixaria.

Solange decidiu que nas férias de julho sairia de casa. Mas faltavam duas semanas, e era um período de provas. No dia seguinte, ligou na delegacia, explicou o caso, deu o endereço, contou a hora em que costumava passar pelo local e as ameaças que vinha recebendo. E arriscou. A polícia não apareceu. Foi quando os três homens a cercaram e ameaçaram de estupro, como se o pior já não estivesse acontecendo.

Deixou sua casa às pressas. Foi morar com algumas amigas, mais perto do trabalho e da faculdade. Ou porque se sentiu terrivelmente humilhada, ou para não correr novos riscos, nunca mais voltou para casa e, para rever a mãe, passou a marcar encontros na hora do almoço, perto do trabalho.

Se a polícia tivesse agido, poderia prender os três homens em flagrante. E então?

Pois bem. Em outubro, o Superior Tribunal de Justiça reafirmou, por unanimidade, que os crimes de estupro e atentado violento ao pudor —como esse ocorrido com Solange— são hediondos, mesmo que a ação não resulte em lesão grave ou morte. E, pelo relato acima, também é possível supor o quanto essa decisão do STJ é importante.

Para a lei, crime hediondo é aquele considerado de extrema gravidade e que, por isso, seu autor deve receber pena mais rigorosa que outras infrações. Um crime hediondo é inafiançável, não suscetível de anistia ou indulto. As penas variam de acordo com o delito e com a vida pregressa do autor, se réu primário ou não. Já atentado violento ao pudor é a tal “farra leve” —para eles, obviamente— , ou seja, Solange foi vítima de atos libidinosos e amedrontamento. Em alguns países, inclusive, nem há diferenciação entre estupro e atentado violento ao pudor.

O importante aqui é entender que dessa forma, para a lei, o que é considerado crime hediondo é o atentado à liberdade sexual. No caso de Solange, além de agressão física e verbal, há o agravante de os criminosos a privarem, inclusive, de ir e vir, um direito básico garantido pela Constituição brasileira.

Assim, se a polícia tivesse agido e pego os homens do bar em flagrante, eles seriam presos e teriam de responder por processo criminal. É verdade que, infelizmente, Solange não foi adiante com a denúncia; ou por medo ou por considerar já ter sofrido demais com a situação.

Vale dizer, ainda, que tanto o estupro quanto o atentado violento ao pudor não acontecem apenas com mulheres. Meninos, meninas, adolescentes de ambos os sexos, enfim, pessoas, independentemente de gênero, idade ou classe social são alvos de estupro.

Os agressores também não pertencem a uma classe social ou perfil específicos. Estudos recentes apontam que homens estupram não porque não sabem controlar seus apetites sexuais, mas porque, por uma falha do caráter, desejam mostrar poder, subjugar outro ser humano. O relato de Solange traz um episódio quase comum nas ruas da cidade, e de tão comum e corriqueiro, muitos se acostumam a ele. Até porque, como fez o favor de lembrar o pai do Solange, é da nossa cultura acreditar que o agressor é “levado a” estuprar.

A decisão do STJ aponta, principalmente, para uma mudança na maneira como devemos reagir a essas situações. É preciso denunciar.

28 de mar. de 2013

ENQUANTO ISSO NO PAÍS DA COPA - SP: ESTUDANTES INCENDEIAM SALA DE AULA E RISCAM CARROS DE PROFESSORES


Blog do Noblat
Chico Siqueira, Estadão - Alunos da escola estadual professor Christino Cabral, no jardim Estoril, em Bauru, danificaram oito carros de funcionários e professores e atearam fogo na cortina de uma sala de aula, na tarde da última terça-feira. Os veículos estavam estacionados em frente da escola, quando os professores foram avisados de que um grupo de alunos estava riscando seus carros.

A Ronda Escolar foi chamada, mas quando atendia a ocorrência, outro aluno ateou fogo na cortina dentro da sala de aula. O professor percebeu quando os alunos começaram a sair da sala apressados e sentiu um cheiro de fumaça. O aluno autor do incêndio disse que colocou fogo na cortina para protestar contra o fato de a PM ter entrado na escola.

PREÇO DOS REMÉDIOS PODE SUBIR ATÉ 6,31% A PARTIR DE SÁBADO


SP - Os preços dos remédios podem ser reajustados a partir deste sábado (30), de acordo com determinação do governo publicada no Diário Oficial da União em 12 de março.

Na prática, a alta dos preços só deve chegar às farmácias entre os dias 8 e 10 de abril. O consumidor deve sentir no bolso um aumento de, em média, 4,6%.

O reajuste dos preços de remédios é feito anualmente na mesma época, considerando fatores como expectativas de inflação, de ganhos de produtividade das empresas de medicamentos, e o preço dos insumos usados na produção dos remédios. Para a inflação, deverá ser usado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado entre março de 2011 e fevereiro de 2012, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento é feito sobre os preços cobrados pela indústria farmacêutica, mas normalmente o reajuste do comércio é parecido com o da indústria, afirma o presidente da Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (Abcfarma), Pedro Zidoi.

De acordo com Zidoi, o reajuste pode variar entre 2,7% e 6,31%, dependendo do tipo do remédio. Na média, a variação será de 4,59%.

Reajuste é feito sempre no dia 1º de abril
O governo controla os preços cobrados pela indústria farmacêutica para evitar abusos. De acordo com Pedro Zidoi, toda farmácia também possui uma lista com o preço máximo que pode cobrar por cada medicamento.

Uma vez por ano, na mesma época, esse preço é reajustado. No ano passado, por exemplo, o aumento máximo autorizado foi de 5,85%.

"Dessa forma, não se pode aumentar o preço do remédio da gripe, por exemplo, quando chega o inverno, e a demanda por esse tipo de medicamento é maior", diz.

Sindicato da indústria diz que cálculo do aumento é "discutível"

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) diz que o governo aplica um método de cálculo "discutível", que reduz o reajuste dos medicamentos e "prejudica muitas empresas".

Segundo o Sindusfarma, as empresas não conseguem repor o aumento de custos de produção no período.

O Sindusfarma diz que, desde 2011, a indústria farmacêutica enfrenta "fortes pressões de custo", principalmente com pessoal, insumos e matérias-primas importadas. Com a alta da cotação do dólar, os custos da indústria teriam aumentado.

Segundo o sindicato, em 2012, por exemplo, os medicamentos subiram 4,11% em média, enquanto a inflação geral foi de 5,84%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE.

TRIBUTO AO PASSADO - RIO BRANCO HÁ 84 ANOS - INAUGURAÇÃO DO MERCADO MUNICIPAL


O Mercado Municipal foi inaugurado a 15 de junho de 1929, no segundo aniversario da administração de Hugo Carneiro. Um dos primeiros prédios construídos em alvenaria.

Fonte: Relatório Hugo Carneiro - 1930
Acervo Digital: Memorial dos Autonomistas

AÉREAS VÃO SUGERIR MUDANÇAS ÀS NOVAS REGRAS SOBRE BAGAGEM

RICARDO GALLO/FOLHA DE SÃO PAULO -
É possível devolver uma bagagem extraviada no prazo de uma semana para o passageiro, no caso de voos domésticos, disse Ronaldo Jenkins, diretor técnico da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas).


Os problemas da proposta da Anac, aponta Jenkins, são com alguns destinos internacionais, com companhias que fazem voos para localidades distantes, como no caso das empresas que operam voos a países da Ásia.

Sobre a indenização que recairá sobre as aéreas no caso de extravio, ele diz que a medida não é "preocupante".

Segundo Jenkins, as empresas aéreas farão sugestões de alterações à medida no período que será aberto para consulta pública. Além dela, haverá também uma audiência presencial em 22 de abril, na sede da Anac, em Brasília.


Editoria de arte/Folhapress

As companhias eram favoráveis à redução de 32 kg para 23 kg do limite máximo de bagagem que cada passageiro podia, sem pagar taxa extra, despachar.

A agência, no entanto, decidiu não levar a sugestão da redução de peso da bagagem adiante. Jenkins discorda da medida e diz que melhor seria se houvesse a redução, pois o Brasil se ajustaria aos padrões internacionais.

De acordo com o diretor da Abear, a sugestão da agência reguladora de que as companhias aéreas ofereçam descontos aos passageiros que despacharem malas menores é "impraticável" e não deverá ser adotada por elas.

Na avaliação de Jenkins, a multa prevista, no valor de R$ 20 mil a R$ 300 mil, é uma maneira de a Anac pressionar as companhias aéreas a cumprir as regras.

A queixa das companhias contra a agência é comum; especialistas ligados às empresas dizem que a Anac cria normas "jabuticabas" -só existem no Brasil.

              Fabio Braga/Folhapress
Malas aguardam encaminhamento no setor de bagagens do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande SP

PARLAMENTAR CONDENADO À PRISÃO RENUNCIA. EM BRASÍLIA? NÃO, EM LONDRES

O político britânico Chris Huhne fala com a imprensa diante do tribunal. 
Ele assumiu que, há dez anos,tentou fraudar pontos
de sua carteira de motorista (Foto: Sang Tan/AP)
O liberal-democrata Chris Huhne achou que um pequeno pecado, cometido dez anos atrás, seria esquecido. Não foi.


ÉPOCA/ROGÉRIO SIMÕES - O público brasileiro, diante de um Congresso de escassa credibilidade, adoraria ver um deputado pagando por um crime, com a renúncia e uma sentença de prisão. Pois foi o que se viu nesta segunda-feira (4). Não em Brasília, mas em Londres. O parlamentar e ex-ministro britânico Chris Huhne, antes uma respeitável voz na discussão sobre os problemas do país, saiu da sede de um tribunal para falar rapidamente com a imprensa: “Eu me declarei culpado”, disse. “Tendo assumido a responsabilidade por algo que aconteceu dez anos atrás, a única atitude apropriada para mim é renunciar ao meu assento no Parlamento.” Huhne, de 58 anos, espera agora ser condenado à prisão. E o que aconteceu dez anos atrás que o fez renunciar? Em 2003, o carro do parlamentar foi pego em excesso de velocidade, e ele convenceu sua mulher a assumir a culpa para não ser processado. Chris Huhne perdeu o mandato e aguarda por um período atrás das grades porque tentou fraudar pontos da sua carteira de motorista.

O caso indignou os britânicos. Huhne era um importante integrante da coalizão governista liderada pelo premiê conservador David Cameron. Como titular da pasta de Energia e Mudanças Climáticas, de 2010 a 2012 foi um dos principais representantes no governo dos liberais-democratas, o menor partido da coalizão. Formado na francesa Sorbonne e na inglesa Oxford, Huhne quase chegou à liderança do partido Liberal-Democrata, uma legenda reconhecida por um passado de correção na atividade político-partidária. Parecia um parlamentar perfeito, que segue tudo como manda o figurino. Tudo, porém, foi por água abaixo por causa de alguns pontos na carteira de habilitação.
Chris Huhne chega ao tribunal com Carina Trimingham.À direita, a ex-mulher do parlamentar, Vicky Pryce, chega à corte (Foto: Sang Tan/AP)


Os presentes ao julgamento souberam também que a atitude de Huhne não deixou indignados apenas a polícia e o Judiciário. Mensagens de celular trocadas entre o parlamentar e o seu filho, Peter, revelaram que o episódio provocou uma crise familiar. Em uma mensagem enviada ao seu pai, em junho de 2010, Peter disse: “Todos nós sabemos que você estava dirigindo, mas você colocou pressão sobre a mamãe. Aceite isso ou enfrente as consequências”. Pouco mais tarde, o filho escreveu: “Você vai aceitar que é responsável ou eu terei de contatar a polícia e dizer a eles o que você me disse?”. O fato de Huhne ter iniciado na mesma época um caso com Carina Trimingham, uma militante do partido, atrapalhou ainda mais a relação com a família. Huhne acabou deixando sua mulher, Vicky Pryce, com quem foi casado por 26 anos, para ficar com Trimingham. Pryce, que arcou com os pontos por alta velocidade, também está sendo acusada de atrapalhar os rumos da Justiça. Ela alega inocência, mas será julgada separadamente. 

Há um ano, Huhne deixou o cargo de ministro para se defender das acusações. Dizia ser inocente e, nos meses seguintes, fez de tudo para tentar derrubar o processo. Dizia ser vítima de uma falsa acusação e prometia limpar o seu nome – comportamento corriqueiro entre figuras públicas, de Silvio Berlusconi a Lance Armstrong. Na semana passada, ele ainda negava ter cometido qualquer crime, o que ele admitiu apenas nesta segunda-feira, no início do julgamento. Ao falar da gravidade do crime e da pena que o parlamentar deve receber, o juiz não economizou na dose. Dirigiu-se ao ex-ministro e disse: “Você não deve ter nenhuma ilusão sobre o tipo de sentença que você provavelmente receberá. Entendeu?”. O agora ex-parlamentar balançou a cabeça, sinalizando ter entendido. Como se vê, vida de parlamentar não é tão fácil quanto se imagina. Pelo menos no Reino Unido.

CIENTISTAS ANUNCIAM CURA COM TRATAMENTO INOVADOR CONTRA LEUCEMIA

      The New York Times
       Emma com a mãe, meses após o tratamento: tratamento 
       experimental curou tipo agudo de leucemia
Reprogramação das células de defesa para combater o câncer é esperança contra uma forma aguda da doença


iG/São Paulo - Um estudo publicado esta semana lançou novas perspectivas no tratamento de uma forma de leucemia aguda e de difícil tratamento, a leucemia linfocítica aguda (LLA).

Uma equipe de médicos da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, conseguiu curar uma criança com a doença usando um procedimento ainda experimental, mas que foi capaz de reprogramar as células de defesa para combater o câncer dentro do corpo.


Emily Whitehead, Emma, foi diagnosticada com LLA em 2010, quando tinha apenas 5 anos. Como os tratamentos convencionais não estavam funcionando, os pais da menina, Kari e Tom Whitehead, concordaram em submeter a única filha ao tratamento experimental.

O experimento foi realizado em abril de 2012 e consistiu na reprogramação genética do sistema imunológico de Emma, de modo a matar as células cancerígenas.

Os pesquisadores modificaram geneticamente as células de defesa da menina com a ajuda de um vírus, fazendo com que elas passassem a atacar as células cancerígenas, combatendo a doença. O tratamento deu certo. Um ano depois, Emma segue livre da doença.

Os pesquisadores da Pensilvânia apresentaram os resultados preliminares em dezembro de 2012, em Atlanta, no encontro da Sociedade Americana de Hematologia. Agora, os dados finais foram publicados na revista científica New Engand Journal of Medicine.

Apesar dos resultados inconstantes – o mesmo tratamento foi aplicado em outra criança que faleceu – os pesquisadores creem que o novo tratamento possa, futuramente, substituir o transplante de medula óssea, um procedimento ainda mais complicado, arriscado e caro, que é atualmente a última esperança nos casos em que outros tratamentos contra a doença falham.

Os autores da pesquisa creem também que a mesma abordagem – a reprogramação do sistema imunológico do doente – poderá, no futuro, ser usada contra alguns tumores, como os de mama e próstata.

* Com informações de The New York Times e agências

26 de mar. de 2013

CÂMERA PERDIDA VIAJA 10 MIL KM E É IDENTIFICADA

Perdida em uma sessão de mergulho no Havaí em 2007, máquina é encontrada em Taiwan no mês passado com  cartão intacto

FOTO: Reprodução
ESTADÃO/Por Anna Carolina Papp - SÃO PAULO –  Em agosto de 2007, a norte-americana Lindsay Scallan aproveitou suas férias para ir ao Havaí, levando consigo uma máquina fotográfica à prova d’água para registrar a viagem. Porém, durante um mergulho noturno, Lindsay  perdeu sua câmera no oceano, e não esperava vê-la novamente nunca mais.

No entanto, teve uma surpresa: seis anos depois, a câmera foi encontrada a milhares de quilômetros do lugar onde foi perdida. E mais: o cartão de memória estava intacto, com todas as suas fotos da viagem.

A Canon PowerShot foi encontrada em fevereiro em uma praia taiwanesa, por um funcionário da companhia aérea China Airlines. A máquina estava “maltratada”, mas o cartão de memória estava intacto.

O rapaz, identificando a paisagem do Havaí nas imagens, entrou em contato com um jornal local pedindo ajuda para encontrar a dona. Rapidamente, a história se espalhou pela internet e chegou aos ouvidos de um amigo de Lindsay.

Do Havaí a Taiwan: câmera fotográfica viajou 6.200 milhas – quase 10 mil quilômetros. FOTO: Reprodução/Google Maps

“Fiquei sem palavras ao saber que era a minha câmera e que todas as minhas fotos antigas estavam lá. Foi incrível. Não conseguia acreditar que ela tenha chegado tão longe, há tanto tempo, e que o cartão de memória ainda estivesse intacto”, disse ela ao Hawaii News Now.

A companhia aérea ofereceu a Lindsay uma passagem para Taiwan para que ela pegasse sua câmera de volta. No entanto, ela teve de recusar a oferta pois acabou de começar em um trabalho novo. Mas, o que seriam mais algumas semanas ou meses para a câmera que esperou seis anos? “Isso trouxe de volta algumas boas memórias, e algumas fotos das quais tinha esquecido. Foi ótimo. Estou curiosa para ver o que mais estava lá”, disse a dona da máquina.

Veja algumas das imagens AQUI

TRIBUTO AO PASSADO - ENCHENTE EM RIO BRANCO NA DÉCADA DE 40


Vista do rio Acre, durante uma enchente. Ao fundo o Segundo Distrito.
Data: Década de 40 
Acervo: Agnaldo Moreno
Acervo Digital: Memorial dos Autonomistas

QUANTO CUSTA E O QUE GANHA UM DEPUTADO FEDERAL

Medidas anunciadas e promessa de reajuste salarial elevam custo de cada gabinete, em média, de R$ 122 mil para R$ 142 mil mensais. Confira quais são os atuais benefícios e como eles ficarão com as mudanças em curso na Câmara

POR EDUARDO MILITÃO - Parlamentares têm direito a uma série de benefícios.

Salário de quase R$ 30 mil por mês. Ajuda de custo para mudar para Brasília. Verba de aproximadamente R$ 30 mil mensais para pagar alimentação, pesquisas, aluguéis, combustível, consultoria. Até 25 funcionários, um gabinete, apartamento funcional com telefone liberado. Tudo isso e muito mais são os direitos e benefícios que cada um dos 513 deputados federais no Brasil tem à sua disposição para desempenhar suas atividades, como apresentar projetos, relatar outras propostas, votar, aprovar, rejeitar, fiscalizar o governo, apoiar o governo, representar a sociedade, ou a parte dela que o elegeu.


Como mostrou ontem (25) o  Congresso em Foco, um deputado e seu gabinete custavam R$ 122 mil por mês até o início de 2011, quando o salário tinha acabado de subir para R$ 26.723,13. Mas, agora, com medidas tomadas no final da gestão de Marco Maia (PT-RS) e outras em curso na administração de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), um gabinete deve custar R$ 142 mil por mês.


O salário dos deputados deve subir para R$ 28 mil por mês, graças à PEC da Bondade, negociada pelos parlamentares com o aval de Henrique Eduardo Alves. O “cotão”, a verba multiuso que paga da refeição à passagem de avião, vai passar de R$ 29 mil por mês em média, para R$ 33 mil.

E o auxilio-moradia vai de R$ 3 mil para R$ 3,8 mil por mês. Quem não recebe o benefício geralmente mora em um dos 432 apartamentos funcionais que ficam na Asa Sul e na Asa Norte, áreas nobres de Brasília. O presidente da Câmara tem direito a residência oficial no Lago Sul. Com os aumentos em curso, a conta final para o contribuinte será de quase R$ 1 bilhão por ano.

Carandiru e Amarelinho

Os gabinetes funcionam nos anexos III e IV da Câmara. Os primeiros têm 33,7 metros quadrados, mas não dispõem de banheiro privativo. Pela falta de conforto, os deputados apelidaram o edifício de “Carandiru”. O anexo IV é aquele prédio amarelo de dez andares, ao qual se tem acesso pelo subterrâneo por meio de uma esteira rolante. Lá tem restaurante na cobertura e vários elevadores. Os gabinetes têm banheiro próprio e possuem de 39 a 40 metros quadrados.

Carro oficial não é como no Senado, onde cada um dos 81 parlamentares daquela Casa tem direito a um. Na Câmara, só 11 deputados têm esse benefício: o presidente, os outros seis membros da Mesa, como vice-presidente e secretários, o ouvidor-geral, o procurador parlamentar, a procuradora da mulher e o presidente do Conselho de Ética.

Quer saber mais? Veja a tabela com o levantamento completo aqui.

SAIBA DECLARAR NO IR SEUS BENS, GANHOS E GASTOS DO COTIDIANO


Na hora de preencher a declaração do Imposto de Renda, é natural que apareçam dúvidas. Onde informar o dinheiro depositado na poupança? Como declarar a compra de um carro?

Para ajudar o contribuinte no preenchimento, o UOL elaborou um guia que mostra onde colocar informações sobre rendimentos, gastos e dependentes, entre outros. As orientações foram feitas sob a consultoria de Edino Garcia, consultor de IR da IOB Folhamatic, e Welinton Mota, diretor da Confirp Consultoria Contábil. VEJA AQUI.

IR 2013: saiba onde declarar seus dados - AQUI .

Ações
Ações devem ser declaradas na ficha "Bens e Direitos", com o código 31. Se o investidor vender até R$ 20 mil em ações em um único mês, deve declarar o lucro em "Rendimentos isentos e não tributáveis", item 4. Se vendeu mais de R$ 20 mil em um mês,  deverá abrir a aba "Renda variável", "Operações comuns – Day trade", "Mercado à vista – ações".

Aluguel
Quem paga aluguel de um imóvel precisa lançar esse gasto na ficha "Pagamentos efetuados", código 70. Quem recebe aluguel de pessoa física precisa colocar os dados na ficha "Rendimentos recebidos de pessoa física e do exterior pelo titular"; se for de pessoa jurídica, em "Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica pelo titular". Saiba mais sobre como declarar aluguel aqui.

Aposentadoria e pensão do INSS
Aposentadorias e pensões devem ser informadas na ficha "Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica". Quem é maior de 65 anos ganha um desconto adicional: sua parcela isenta é de até R$ 21.282,43. Quer dizer que se ganhou R$ 30 mil no ano, diminui até R$ 21.282,43 e só vai pagar imposto sobre a diferença (R$ 8.717,57). Essa parcela isenta deve ser informada em "Rendimentos isentos e não tributáveis", linha 6.

Bolsa de estudo
Se o contribuinte recebe uma bolsa que implica contraprestação de serviços (faculdade paga pela empresa para especialização, pesquisa acadêmica financiada por uma instituição ou pagamento para serviço de orientação de trabalhos de conclusão de curso), os dados devem ser declarados na ficha "Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica". Já bolsas caracterizadas como doação devem ser informadas na ficha "Rendimento isento e não tributável", linha 1. Se a bolsa foi concedida para médico-residente, a linha será a 15.  O informe de rendimentos recebido pelo contribuinte deve trazer essa diferenciação (se é doação ou rendimento tributável).

Carro - compra
Quem comprou ou possui carro precisa declarar essa informação na ficha "Bens e direitos", de acordo com o código: 21 para compra à vista, por meio de financiamento, consórcio contemplado ou leasing com opção de compra no início do contrato; 95 para consórcio não contemplado; e 96 para leasing com compra ao fim do contrato. Saiba mais aqui.

Carro - venda
Quem vendeu um carro precisa dar baixa do veículo na ficha "Bens e direitos". Saiba mais aqui.

Conta-corrente
O saldo da conta corrente deve ser informado na ficha "Bens e direitos", código 61, no campo "31/12/12". O saldo só precisa ser informado se for superior a R$ 140.

Dependentes
Existe uma ficha específica para se declarar dependentes. Lá, é preciso selecionar o código de acordo com o tipo de dependente. Marido ou mulher, por exemplo, são declarados com o código 11. O limite é de R$ 1.974,72 por dependente. Saiba quem pode ser dependente aqui.

Despesas médicas
Despesas médicas devem ser declaradas em "Pagamentos efetuados" de acordo com o código. Gastos com médicos no Brasil, por exemplo, ficam no código 10; planos de saúde, com o código 26. Saiba quais despesas podem ser deduzidas aqui.

Doação
Quem recebeu doações deve colocar a informação em "Rendimentos isentos e não-tributáveis", linha 10. Quem fez doações deve colocar a informação em "Doações efetuadas", selecionado o código apropriado (doações em dinheiro, por exemplo, levam o código 80).

Empregadas
A contribuição feita ao INSS para a empregada doméstica deve ser informada na ficha "Pagamentos efetuados", sob o código 50. O limite de dedução é de R$ 985,96. Saiba mais aqui.

FGTS
Valores recebidos de FGTS devem ser informados na ficha "Rendimentos isentos e não tributáveis", linha 3.

Indenização de seguro de carro ou casa
O valor recebido de companhia seguradora referente a sinistro, furto ou roubo deve ser declarado na ficha "Rendimentos isentos e não tributáveis", linha 24.

Imóvel - compra
A compra do imóvel deve ser informada na ficha "Bens e direitos". O código vai variar de acordo com a forma de pagamento: 11 para casa e 12 para apartamento no caso de compra à vista, financiamento e consórcio contemplado; 95 para consórcio não contemplado.

Imóvel - venda
Quem vendeu um imóvel precisa dar baixa na ficha "Bens e direitos". É preciso também apurar se houve ganho ou perda de capital no mês da venda, usando o programa GCap 2012. Veja como baixar o programa aqui.

Mensalidade escolar
Despesas com educação devem ser informadas na ficha "Pagamentos efetuados". Se forem referentes a um curso feito no Brasil, o código é 1; no exterior, 2. O limite de deduções com educação é R$ 3.091.35. Saiba quais despesas podem ser deduzidas aqui.

Mesada
Quem recebe mesada deve declarar o valor na ficha "Rendimentos isentos e não tributáveis". Quem paga a mesada para outra pessoa deve colocar a informação em "Doações e pagamentos efetuados", código 80 (doações em espécie).

Pensão alimentícia
Quem paga pensão alimentícia homologada em juízo ou por escritura pública deve informar os valores na ficha "Pagamentos Efetuados", de acordo com o código. O 30 é para pensão paga a residentes no país. A pessoa que recebe a pensão deve informar o valor na ficha "Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa física e do exterior".

Previdência privada
Resgates de planos de previdência privada PGBL devem ser informados na ficha "Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica". Já os valores pagos pelo plano deverão ser informados na ficha "Pagamentos Efetuados", código 36.

Poupança
A poupança deve ser informada na ficha "Bens e direitos", código 41. Só é preciso informar se o saldo, em 31/12/12, tiver sido superior a R$ 140.

Salário
Salários devem ser informados na ficha "Rendimentos tributáveis recebidos por pessoa jurídica".

Seguro-desemprego
Valores recebidos de seguro-desemprego devem ser informados na ficha "Rendimentos isentos e não tributáveis", linha 24.

Vale-transporte
Quem trabalha sob o regime da CLT não deve incluir vale-transporte ou vale-alimentação na declaração. Funcionários públicos que recebem o vale-transporte em dinheiro, porém, devem informar o valor na ficha "Rendimentos isentos e não tributáveis", linha 24.

Os 7 erros mais comuns na declaração de IR - AQUI

A correria para entregar o IR no prazo pode causar erros e fazer com que declaração caia na malha fina. A seguir, confira quais são os equívocos mais comuns e saiba evitá-los Arte/UOL

25 de mar. de 2013

COM LEI SECA MAIS RÍGIDA, ACIDENTES COM VÍTIMAS DIMINUEM EM SP


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - O número de casos de acidentes de trânsito com vítimas diminuiu 6,9% no Estado de São Paulo desde as mudanças na lei seca, que endureceu a fiscalização da embriaguez ao volante no país. O índice representa os casos de mortes e feridos, de acordo com os dados da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

Pelo sétimo mês seguido, SP tem aumento no número de homicídios

Nos dois primeiros meses desse ano foram registrados 20.487 casos em todo o Estado, contra 21.999 no mesmo período de 2012.

Se considerado apenas os acidentes que resultaram em mortes, a queda é ainda maior: 18,9%. Nos dois primeiros meses de 2012, São Paulo registrou 675 casos, contra 547 no mesmo período deste ano.

No caso de acidentes com feridos, a diminuição foi de 6,5%, com 21.324 casos no primeiro bimestre do ano passado, contra 19.940 deste ano.

Desde dezembro do ano passado, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) determinou que depoimentos da polícia, vídeos, testes clínicos e testemunhos podem ser usados para comprovar a embriaguez ao volante.

Já em janeiro deste ano, o órgão reduziu a margem de tolerância no teste do bafômetro. Antes o limite era de 0,1 miligrama de álcool por litro de ar, o valor caiu para 0,05 miligrama de álcool por litro de ar.

O Contran determinou também que o motorista que tiver qualquer vestígio de álcool em exame de sangue pode ser multado em R$ 1.915,40 e ter a carteira de habilitação suspensa por até um ano. Até então, a margem de tolerância para aplicação das penalidades era de 0,2 grama de álcool por litro de sangue.

FALTA DE ÁGUA DE QUALIDADE MATA UMA CRIANÇA A CADA 15 SEGUNDOS NO MUNDO, REVELA UNICEF


Carolina Gonçalves da Agência Brasil/Brasília - A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças relacionadas à falta de água potável, saneamento e condições de higiene no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28 organismos das Nações Unidas, que integram a ONU-Água.

No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a ONU-Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico.

As doenças diarreicas poderiam ser praticamente eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhão de pessoas anualmente.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.

Há poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso à agua potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço nas 100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira).

O levantamento mostrou que a política em 'grande parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água'. Os pesquisadores destacaram, porém, que existe um número expressivo de municípios de grande porte que não avançaram nesses investimentos.

De acordo com os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase 8 bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento. 'Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza'.

Os órgãos das Nações Unidas apontam que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento - em banhos, cozinha ou limpeza doméstica - vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.

Pelo ranking da Trata Brasil, o índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em 2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da coleta de esgoto em funcionamento.

Trinta e dois municípios se encontram na faixa de zero a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e 80% da cobertura de coleta de esgoto. 'Ou seja, na maioria dos municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços de coleta de esgoto', destaca o estudo.

A análise da organização não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência das diarreias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d'água. O estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreias

Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de 17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.

Edição: Tereza Barbosa

COTA NÃO GARANTE ALUNO DE ESCOLA PÚBLICA EM VESTIBULAR


ÉRICA FRAGA - DE SÃO PAULO - A falta de aulas de geografia durante seu último ano no ensino médio fez com que Monique dos Santos Pires, 21, desistisse do vestibular para as universidades públicas.

"Não tinha como competir com aluno de escola privada", diz ela, que trabalha e estuda administração na FMU, faculdade particular.

Sua situação ajuda a explicar por que o número de alunos da rede pública nos vestibulares de importantes instituições gratuitas do país caiu ou mudou pouco nos últimos anos, apesar de políticas de bônus e cotas.

Entre dez universidades que enviaram dados à Folha, USP, Unicamp, UERJ, e UFMG registraram queda no percentual de vestibulandos vindos da rede pública. Em outras três universidades, essa proporção mudou pouco.

Os alunos das escolas públicas ainda são minoria na maior parte dos vestibulares das instituições públicas, embora representem 85% dos que concluem o ensino médio no país --percentual que aumentou na última década.

As universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Rio Grande do Sul (UFRGS) estão entre as que tiveram aumento de alunos das escolas públicas em seus vestibulares.

Ainda assim, Júlio Felipe Szeremeta, presidente da comissão de vestibular da UFSC, diz que não houve o crescimento esperado. Em 2012, o percentual de candidatos oriundos da rede pública atingiu 37,5% na UFSC. "Imaginávamos que o percentual de vestibulandos de escola pública já teria chegado a 50%."

Já na Universidade Federal da Bahia (UFBA) houve queda no número de inscritos no vestibular saídos de escolas públicas após a adoção do regime de cotas em 2005. A tendência só foi revertida a partir de 2010, depois de um aumento no número de cursos noturnos de 1 para 33.

Para especialistas, a maior oferta de bolsas do governo também tem influenciado a decisão dos alunos.

"O ProUni [Programa Universidade para Todos] atraiu muitos egressos de escolas públicas para as faculdades privadas", diz Alexandre Oliveira, sócio da Meritt, empresa de consultoria em educação.

INFORMAÇÃO

Para Mauro Bertotti, assessor do conselho de graduação da USP, a falta de informação também é um fator. "Há os que não tentam porque acham que não têm chance e os que desconhecem o benefício." Já a aluna Monique conta que não tinha ouvido falar sobre as políticas de cotas e bônus. A partir deste ano, as federais foram obrigadas a ter cotas para quem fez o ensino médio em escola pública (com recortes por renda e cor da pele).