Gina Menezes - Hoje segunda-feira (2), a Câmara de Rio Branco realizará uma audiência pública com o tema: “Transtorno do Espectro Autista – Sinais de alerta e métodos investigativos”. A audiência será fruto de um requerimento apresentado pela vereadora do PSD na Câmara da capital, Lene Petecão.
Segundo Lene Petecão, o objetivo da audiência é intensificar os debates em torno do autismo afim de conscientizar a população sobre as características do transtorno, causas e tratamentos.
“Ainda há muito desconhecimento a respeito do tema, o próprio Estado ainda não oferece uma teia de atendimento adequado e quem sofre com isso são as famílias das pessoas que tem o transtorno”, diz.
Bastante preocupada em intensificar o debate e abrir canais de diálogos com todos os setores da sociedade a respeito do tema, Lene Petecão fez questão de convidar para a audiência pública representantes do Executivo, Ministério Público e sociedade civil organizada.
“Precisamos que a sociedade, que todos nós atualizemos nossos conhecimentos e busquemos avanços para que juntos possamos enfrentar as dificuldades impostas pelo transtorno. Por isso faço questão de convidar a todos para estarem conosco na audiência de segunda-feira”, diz.
Segundo a Associação Brasileira de Autismo, em sua cartilha sobre o tema, o Transtorno do Espectro Autista caracteriza-se por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se define sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.
“A tríade é responsável por um padrão de comportamento restrito e repetitivo, mas com condições de inteligência que podem variar do retardo mental a níveis acima da média”.
As causas do Transtorno do Espectro Autista são, até hoje, desconhecidas, mas acredita-se que tem sua origem em anormalidades (de origem genética) em alguma parte do cérebro, ainda não definida de forma conclusiva. Ainda de acordo com a cartilha da ABA, o autismo pode manifestar-se desde os primeiros dias de vida, mas é comum pais relatarem que a criança passou por um período de normalidade anterior à manifestação dos sintomas.
Um dos principais problemas é o diagnóstico do transtorno. Como ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para o autismo, o diagnóstico é clínico feito por meio de observação direta de comportamentos e uma entrevista com pais ou responsáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.