Ray Melo - O deputado federal e vice-governador eleito do Acre, Major Rocha (PSDB) informou na noite de segunda-feira (29), que vai acionar o Ministério Público Estadual (MPAC) e o Tribunal de Contas dos Estado do Acre (TCEAC) para acompanhar o processo de venda de imóveis públicos iniciado em outubro pela administração do governador Sebastião Viana, do PT, que lançou edital colocado à venda um prédio e um terreno que faz parte do patrimônio do Estado.
O tucano classificou a venda do prédio onde funcionou a sede da Polícia Federal e do terreno que serão os primeiros a serem colocados à disposição de quem queira fazer ofertas de maior preço, como “xepa”. “No final das feiras livres, quando os feirantes estão fechando suas barracas, é comum haver uma liquidação dos produtos que sobraram em suas bancas. É o que chamamos de xepa, que tem como uma das razões não deixar nada para o dia seguinte”.
Major Rocha considera estranho o fato de o governo com pouco mais de dois meses para encerrar, “passe a vender o patrimônio do povo acreano”. Quero manifestar minha desconfiança dessa xepa de privatizações de imóveis promovida no apagar das luzes. Lembro dos arroubos da ptralhada quando o assunto é privatizar. Quer dizer que no final do governo pode? Quer dizer que no final do governo o discurso muda? Ou será que o PT pode privatizar?”, questiona.
Segundo Rocha, o episódio da venda dos imóveis de propriedade do Estado pode ser uma tentativa de “cobrir o rombo da irresponsabilidade fiscal de um governo que deve do caçambeiro ao terceirizado, do fornecedor ao prestador de serviço. Vender o patrimônio para cobrir o rombo dos muitos cargos comissionados, boa parte deles apenas para acomodar interesses políticos. Poderia citar muitas outras coisas estranhas, como 3,5 bilhões de endividamento”, ressalta.
O parlamentar promete que após assumir o cargo de vice-governador poderá iniciar também uma investigação de obras de qualidade duvidosa e com indícios de corrupção. Rocha destaca ainda todas as suspeitas de desvios em pastas como a educação, saúde e segurança serão aparadas. “Isso será levantado no momento oportuno. A partir de janeiro, falo por mim e por muitos, quero reavaliar todas as possíveis privatizações oriundas desse processo suspeito de privataria ptralha”.
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