Igarapés e valas entupidas, um problema crônico em Tarauacá

Transtorno I

Não foi nem uma, nem duas nem três vezes que eu já presenciei essa cena em Tarauacá, foram dezenas.

É inadmissível que em pleno século XXI a gente se depare com cenas desse tipo.

Não estou aqui defendendo governo A ou B, tampouco Prefeito ou Prefeita, mas é notório o incessante trabalho de desobstrução manilhas (bueiros), de valas ou qualquer outro tipo de drenagem pluvial porque a população não coopera.

Reiterados prefeitos e secretários de obras tentam em vão manter o mínimo de drenagem possível da cidade.

Vale lembrar que na época de chuva (Inverno amazônico), com a cheia do rio Tarauacá esse problema se multiplica exponencialmente devido à cheia do rio.

Pra completar a “saga aquática” da cidade, pra quem não sabe, Tarauacá foi criada para ser um entreposto de carga para o atual município do Jordão justamente depois do encontro de dois rios, o que dá nome à cidade e o rio Muru.

Transtorno II

Uma agravante é que todo esse plástico chega ao mar atingindo todo um ecossistema que não faz parte do nosso bioma.

Foto: Revista Planeta

O litoral já tem seu próprio povo sem noção não precisam de parcerias.

Foto: Revista Planeta

Apesar dos trabalhos ecológicos dentro de sala de aula a “sujeirada” só aumenta mostrando que não está surtindo efeito, orientar muito menos.

Sugiro dentre algumas medidas que a rede de ensino tanto municipal quanto estadual incremente esse tipo de aula com ênfase ao trabalho de campo.

O jovem precisa ver em loco o que está acontecendo. O Jovem precisa explicar para o pai e a mãe que eles estão errados em fazer isso e que eles mesmos serão os maiores prejudicados, tendo em conta que, quem tem dinheiro pode se mudar para um lugar melhor.

Defendo que outras medidas devam ser tomadas pelo poder público com apoio da população com multas pesadas a quem não toma conta direito do seu próprio lixo. 

Confesso que aqui em Tarauacá até a forma dos churrasquinhos de rua serem acesos me incomoda.

Da mesma forma quem deixa seu cachorro em casa cruzar e depois joga na rua, tem que ser responsabilizado. A parte mais sensível do corpo humano é o bolso.

O fato de você colocar o lixo na frente de sua casa, não o isenta de responsabilidade. 

Em fim, as pessoas de noção e principalmente de educação, tenham o direito de viver em um ambiente limpo e civilizado, e isso depende de todos.

Que a imprensa também levante essa bandeira.

Imagens cedidas pelo Secretário de Meio Ambiente Deugilson.