7 de jun. de 2019

Acordo Brasil e Argentina, tem transferência de Submarinos IKL 209 e compra do KC 390 como pautas


Submarino S-31 Tamoio no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro - Foto: Anderson Gabino

Após realizar a primeira visita de Estado do presidente Jair Bolsonaro à Argentina, os governos dos dois países assinaram um memorando de entendimento em Defesa que prevê, entre outras iniciativas, possibilidades de transferência de submarinos IKL 209 da Marinha do Brasil (MB) à Armada Argentina.

No final de 2017, a Argentina viveu uma tragédia com o submarino Ara San Juan , que explodiu no Atlântico e matou 44 tripulantes. O acidente provocou uma enxurrada de críticas ao governo de Mauricio Macri pela falta de manutenção dos submarinos locais e, em geral, de todo o equipamento militar argentino.

Segundo o ministro da Defesa brasileiro, general Fernando Azevedo e Silva, “o memorando foi um primeiro passo, muito importante, para aprofundar a cooperação em matéria de Defesa”.

O ministro comentou que também abriu-se a porta para que a Argentina compre aviões militares fabricadas no Brasil, entre eles o KC 390, modelo de transporte de carga que será lançado em breve pela Embraer.

” O KC 390 tem vários componentes fabricados na Argentina, quem sabe a Argentina pode comprar aeronaves nossas”, declarou o ministro, após participar de um seminário com empresas dos dois países, que terminou com a assinatura do acordo.

Os dois governos se comprometeram a “aprofundar as iniciativas de pesquisa e estudos para desenvolvimento e intercâmbio de tecnologias aplicadas à área de defesa em sistemas de armas para a Marinha, o Exército e a Força Aérea de cada país (…) estudar oportunidades de cooperação combinadas para a vigilância e controle do Atlântico Sul e aprofundar a cooperação binacional na área de submarinos convencionais”.

O memorando prevê, ainda, “trabalhar em uma abordagem combinada sobre as fronteiras comuns, mediante o uso compartilhado de informação, e fomentar intercâmbios entre Instituições Acadêmicas e Centros de Formação Militar em matéria de investigação estratégica complementar para desenvolver uma postura binacional em ciberdefesa, espaços comuns globais e missões de paz”.

Com agências nacionais

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