11 de jul. de 2025

Zé Filho agradece a Deus e celebra conquista histórica com liberação do SIF, da unidade BMG Foods Tarauacá.

É com o coração cheio de gratidão que me dirijo a cada um de vocês, amigos e amigas de Tarauacá, da regional Feijó, regional Purus,  do Juruá e de todo o nosso estado do Acre. Primeiramente, agradeço a Deus por nos conceder força, coragem e sabedoria para seguirmos firmes nesse propósito que nasceu em 2012.

Hoje, com grande alegria, anuncio a liberação do SIF (Serviço de Inspeção Federal), um passo fundamental que nos permitirá avançar com responsabilidade e segurança na missão de transformar a realidade do nosso povo. Essa conquista não é só minha. É fruto da dedicação, do trabalho incansável e da fé de todos que acreditaram nesse projeto desde o início.

Parabenizo todos os colaboradores, diretores e parceiros da BMG Foods. Mas principalmente os nossos  pecuaristas,  essa vitória é de vocês! Foi com empenho coletivo que conseguimos dar esse importante passo rumo a um futuro melhor a nossa classe.

Nossa meta sempre foi clara: desenvolver uma empresa que traga dignidade e prosperidade para Tarauacá, mas que vá além, beneficiando também Feijó,  Purus e  regional do Juruá e o estado do Acre como um todo. Essa indústria não pertence a uma pessoa ou a um grupo — ela é do povo acreano. E o que podemos fazer agora é valorizar e fortalecer essa empresa, que é instrumento de crescimento para nossa região.

Com a BMG Food em plena atividade, iremos fomentar a pecuária, gerar empregos, movimentar a economia e fortalecer diversos setores produtivos. O que lá atrás parecia um sonho distante, hoje começa a se tornar realidade.

Seguimos juntos, com fé em Deus, acreditando no potencial do nosso povo e com a certeza de que o Acre tem um futuro promissor pela frente.

Zé Filho Empreendedor e defensor do desenvolvimento regional.

DiárioCast - Entrevista com Pedro Valério

 

“Tempestade na Amazônia”: Um Mergulho Perturbador em um Brasil Desconhecido


Entre o som das armas e o silêncio profundo da floresta, Tempestade na Amazônia explora o limite entre medo e bravura, entre razão e instinto. Uma história vibrante que faz o leitor sentir o peso de cada decisão e o impacto profundo de cada vitória e sacrifício. Seeeeeeeelva!!!

Prepare-se para desafiar suas percepções sobre a realidade brasileira. Em “Tempestade na Amazônia”, o leitor é convidado a uma jornada sem precedentes por um Brasil que a maioria prefere ignorar ou desconhece por completo. Prefaciada por Alexandre Garcia, esta obra literária se aventura em um território onde a ficção se entrelaça visceralmente com fatos pouco explorados, revelando as intrincadas camadas de uma Amazônia em constante ebulição.

A trama, que culmina no surpreendente ataque de um destacamento do Exército Brasileiro pelas FARCs nas margens do Rio Traíra, em 26 de fevereiro de 1991, é o ápice de uma série de eventos que se desenrolam ao longo de uma década. Os autores, com maestria, transformam uma complexa teia de acontecimentos reais em uma “ficção realista”, desenrolando uma narrativa que explora as raízes profundas que levaram a essa confrontação com a guerrilha colombiana.

Mais do que um simples relato de combate, “Tempestade na Amazônia” é um painel multifacetado. Tendo como pano de fundo as operações militares na selva brasileira entre os anos 1980 e 1990 – como as notáveis Operação Uaupés, Operação Traíra e Operação Kid Preto, que cobrem o arco de fronteira do Pico da Neblina até Tabatinga – a obra descortina uma realidade chocante e multifacetada.

Temas sensíveis e urgentes, como narcoguerrilha, a complexa relação com populações indígenas, a corrupção endêmica, o submundo do garimpo ilegal, a tragédia da prostituição infantil e os meandros da traição, são abordados sem rodeios. São problemas críticos que, lamentavelmente, persistem e ecoam na realidade brasileira até os dias de hoje, tornando a obra atemporal em sua relevância.

O que torna “Tempestade na Amazônia” uma leitura indispensável é a profundidade de sua pesquisa e a expertise de seus criadores. O Coronel Fernando Montenegro, veterano das Forças Especiais e renomado guerreiro de selva, dedicou-se por mais de 30 anos na realização de entrevistas. Ele consultou cartas topográficas e conversou com seus companheiros de missões: operadores de forças especiais, guerreiros de selva, policiais e agentes inteligência; transformando sua vasta experiência profissional e uma investigação histórica minuciosa em um enredo cativante. Ao seu lado, o museólogo e pesquisador Leo Melo, coautor, utilizou seu profundo conhecimento em geopolítica e sua notável habilidade literária para conferir fluidez à narrativa e construir um contexto histórico preciso, imergindo o leitor na atmosfera da época.

“Tempestade na Amazônia” não é apenas um livro; é um convite à reflexão sobre as cicatrizes de um passado recente que ainda moldam o presente. É uma obra que promete desafiar o leitor a confrontar um Brasil desconhecido, repleto de desafios e realidades que exigem nossa atenção. Para quem busca uma leitura intensa, reveladora e que se aprofunda nos dilemas de nossa fronteira amazônica, este livro é uma janela para um cenário que precisa ser compreendido.


Para compra e mais detalhes sobre Tempestade na Amazônia acesse o site da Editora Griffos

https://editoragriffos.com/produto/tempestade-na-amazonia/

Banana no Acre: transporte deve seguir normas sanitárias para manter produção livre de pragas


Com a cultura da banana cada vez mais consolidada no Acre, tornando-se importante para as áreas social e econômica da região Norte, e sendo cultivada por grandes, médios e pequenos produtores, especialmente pela agricultura familiar, o governo do Acre, por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), está reforçando o alerta sobre a Instrução Normativa nº 17, de 31 de maio de 2005, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que proíbe o transporte de bananas em cacho em todo o território nacional.

De acordo com o artigo 6º da normativa, fica vedado o trânsito desse tipo de carga como medida preventiva para o controle de pragas que afetam a produção de banana, como a sigatoka negra, uma das principais ameaças à cultura da bananeira no Acre, considerada uma das doenças mais destrutivas em nível mundial.

As bananas devem ser transportadas após serem retiradas dos cachos, ou seja, despalmadas e acondicionadas em caixas. No momento do acondicionamento é fundamental que estejam livres de folhas de bananeira ou quaisquer outras partes da planta. Essas práticas reduzem o risco de contaminação, facilitam o manuseio e contribuem para uma inspeção sanitária mais eficaz.

Segundo a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal do Idaf, Gabriela Tamwing, a cadeia produtiva da banana é muito importante para o Acre, por isso é fundamental cumprir essas medidas sanitárias: “A banana é a principal fruta produzida no Acre, abastecendo o mercado interno e sendo também exportada para outros estados. Nesse contexto, o cumprimento das medidas sanitárias é fundamental para garantir a comercialização, pois reduz o risco de disseminação de pragas, assegura a qualidade do produto e contribui para a manutenção e a abertura de novos mercados”.

Para o transporte interestadual da fruta, é obrigatória a emissão da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), expedida por profissionais do Idaf habilitados, mediante solicitação prévia. Esse documento atesta a origem e as condições fitossanitárias da carga, autoriza o trânsito dos vegetais conforme as normas de defesa sanitária vegetal e contribui para a rastreabilidade e a exportação dos produtos.

O Acre possui o status fitossanitário de área sem ocorrência do moko da bananeira, praga quarentenária presente em outras regiões do Brasil, que impõe restrições aos estados onde está presente, além de causar severos danos à cultura. Essa designação como área sem ocorrência favorece a comercialização e agrega valor aos produtos, ao garantir a produção e a qualidade dos frutos.

Adicionalmente, são realizados levantamentos para a detecção da fusariose raça 4 tropical, considerada a principal ameaça à bananicultura mundial e ainda ausente no território brasileiro. No Acre, a equipe técnica do Idaf realiza o monitoramento das áreas produtoras e promove ações educativas voltadas à prevenção dessa praga.

“O Idaf tem obtido êxito na contenção de pragas restritivas ao trânsito, graças ao trabalho de educação sanitária junto ao produtor rural e nas escolas, e ações de monitoramento em campo”, ressalta Sandra Tereza Teixeira, chefe da Divisão de Educação e Comunicação do Idaf.

No Acre, pesquisa desenvolve curativo biodegradável a partir de bambu amazônico

O projeto, que utiliza nanotecnologia, será apresentado na prévia da COP30, que acontece em Belém (PA)


Já imaginou usar um curativo que além de auxiliar na proteção de ferimentos, também protege o meio ambiente, sendo absorvido pela pele em questão de segundos? Estudantes do Instituto Federal do Acre (Ifac), do campus Sena Madureira, em conjunto com o professor de Química, Marcelo Ramon, desenvolveram os “Curativos Biodegradáveis Nanotecnológicos”. O projeto está entre os selecionados que irá representar o Ifac na prévia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém (PA). 

O produto, que tem formato arredondado e é transparente, foi feito a partir da taboca, uma espécie de bambu amazônico, que muitas vezes é considerado praga para a agricultura e pecuária por conter espinhos. O curativo, que foi desenvolvido a partir de nanotecnologia, em contato com a água ou composições aquosas, se dissolve em poucos segundos, formando um gel que é absorvido pela pele.

Além disso, por ser feito com produtos naturais, sem quaisquer materiais plásticos derivados de petróleo, como no caso de bandagens que são comercializadas em farmácias, o curativo biodegradável criado pelo Ifac conta ainda com nanopartículas de prata, que atuam como bactericida, e nanoemulsões de óleos de copaíba e andiroba, conhecidos por suas propriedades anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas. “É um produto 100% natural, 100% biodegradável, com nanotecnologia e feito a partir de um material presente em nossa região Amazônica”, afirma o professor Marcelo Ramon.   

Confira abaixo o processo de produção do Curativo Biodegradável Nanotecnológico, descrito pelo docente Marcelo Ramon:


Passo 1: Retirada da taboca presente nas regiões de Floresta Amazônica;

“O primeiro passo é ir até a floresta para coletar a taboca, que é uma espécie de bambu mais fino e espinhento. Diferente do bambu gigante, bastante utilizado em construções, por exemplo, a taboca muitas vezes é considerada uma praga pelos agricultores, não tendo tanta utilidade”.

Passo 2: Transformação da taboca, através de processos químicos, em carboximetilcelulose para produção de gel;

“Após a coleta, fazemos um processo com várias etapas químicas até que a taboca se transforme em um pó branco bastante fino, chamado de carboximetilcelulose (CMC). Esse material, ao entrar em contato com a água se transforma em um gel que, inclusive já pode ser utilizado como uma espécie de pomada para ser aplicada em feridas na pele. Essa aplicabilidade é possível, pois o CMC é, por si só, um agente regeneralizante, que auxilia na cicatrização de tecidos”.


Passo 3:  Adição de nanoemulsões de copaíba e andiroba, e nanopartículas de prata;

“Após a transformação em gel, é feita a inserção de alguns aditivos: nanoemulsões essenciais de óleo de copaíba e andiroba, que anti-inflamatórias, antissépticas e antimicrobianas, e nanopartículas de prata, que têm efeito bactericida. Quando transformamos esses óleos em nanoemulsões, ou seja, mínimas gotículas de copaíba e andiroba, conseguimos potencializar os efeitos dessas duas substâncias”.


Passo 4: Desidratação do CMC aditivado e formação do curativo biodegradável;

“A etapa seguinte constituiu em pegar esse gel já produzido, colocar em plaquinhas de vidros redondas e inseri-las em estufas para desidratação, durante 24h a 40°C. Quando toda a água presente no gel evapora é formada uma película ao fundo da plaquinha de vidro. Ao retirarmos esse produto, com auxílio de bisturis, temos uma película transparente, que já pode ser utilizada como curativo”.

Passo 5: Aplicação na pele;

“A CMC ao entrar em contato com alguma substância aquosa, seja a própria água, soro fisiológico, ou até mesmo sangue ou pus, como no caso de feridas mais recentes, ela irá dissolver e voltar a forma de gel, que será absorvido pela pele. No caso de feriadas que já estão mais secas, por exemplo, o que fazemos é borrifar um pouco de soro fisiológico para que essa adesão seja feita pela pele”.



Nanotecnologia a nosso favor

A nanotecnologia é um campo científico que estuda e desenvolve soluções tecnológicas em escalas nanométricas, fazendo com que substância cheguem muito próximo a níveis moleculares e atômicos.  

1 milímetro ÷ 1000 = 1 micrômetro

1micrômetro ÷ 1000 = 1 nanômetro*

*O olho humano só enxerga até 300 micrômetros. Abaixo dessa medida a visualização só é possível por meio de microscópio.

De acordo com o professor Marcelo Ramon, o nanômetro é uma unidade de medida bastante próxima da estrutura de átomos e moléculas. Nesse tamanho, as matérias são potencializadas e desenvolvem todos os seus efeitos, e até mesmo novos efeitos que não possuem quando estão apresentadas em tamanhos maiores.

“Imagine que você tem um anel de prata: um objeto simples que está presente no nosso dia a dia, na ordem dos centímetros. Porém, se você pegar esse anel de prata e tritura-lo, até que ele fique muito pequeno, teremos nanopartículas de prata. Essa pequenina partícula de prata, na ordem nanomêtrica, além de conduzir corrente elétrica 1000 vezes mais do que quando está em tamanhos maiores, também passa a apresentar efeitos bactericidas. Ou seja, em sua forma minúscula, temos uma substância que será muita mais potente e eficaz. Toda matéria na ordem nanomêtrica desempenha funções extremamente potencializadas, chegando a apresentar até mesmo novas funções”, destaca o professor do Ifac.

É por meio da nanotecnologia que diversos produtos e materiais têm sido desenvolvidos nas áreas da medicina, cosmetologia, indústria de alimentos, computação e outras.

“Há 20 anos, quando comecei meu curso de Química, já se falava em televisões com telas planas e celulares com telas dobráveis. E apesar de ser da área, eu era um pouco desacreditado que essa tecnologia chegaria de forma tão rápida e em tão pouco tempo. Via imagens de laboratórios, protótipos, e achava aquilo muito fantasioso, que eram coisas que não dariam certo. Hoje temos esses equipamentos em nosso cotidiano e tudo isso graças a nanotecnologia. É uma ciência que tem revolucionado nossos dias, apresentando muito mais eficiência em espaços cada vez menores”, explica Ramon.

Marcelo Ramon, junto com o professor e engenheiro químico Fernando Escócio, que foi seu orientador no curso de Doutorado em Biodiversidade e Biotecnologia (Bionorte/Ufac), estão entre os pioneiros nos estudos da nanotecnologia no Acre. Durante os anos 2019 a 2023, no decorrer dos estudos para sua tese, Marcelo Ramon desenvolveu uma tecnologia para auxiliar no diagnóstico e tratamento de cânceres, a partir de nanopartículas extraídas da taboca, que submetidas a luz ultravioleta ficavam fluorescentes, contribuindo assim para uma identificação mais facilitada da doença.

A bagagem científica adquirida ao longo do doutorado tem refletido em novas produções. Junto ao Ifac, Marcelo Ramon tem levado os conhecimentos da nanotecnologia para sala de aula e em projetos científicos realizados com os estudantes do campus Sena Madureira. Exemplo disso, é o próprio curativo biodegradável nanotecnológico que já chegou a ser premiado em competições de empreendedorismo.

Além do professor, a equipe desenvolvedora do curativo biodegradável nanotecnológico conta também com a participação de cinco estudantes do campus Sena Madureira: Alini Silvino da Silva, Arquelio da Silva Coutinho e Maria Ivanieli Oliveira Nery, graduandos de Licenciatura em Física, além de Jordana Raica Batista de Mel e João Augusto Do Nascimento De Queiroz, que são discentes do 3º ano dos cursos técnicos em Informática e Agropecuária, respectivamente.

Vídeo da entrega dos primeiros quatro de seis A-29 Super Tucanos à Força Aérea do Paraguai

 

10 de jul. de 2025

PGR arquiva pedido para investigar Lupi e Queiroz por escândalo do INSS

Paulo Gonet rejeitou pedido de Damares Alves por não haver "indícios suficientes de autoria e materialidade" para abertura de investigação


O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, arquivou uma representação da senadora Damares Alves (Republicanos) que solicitava a investigação do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do atual titular da pasta, Wolney Queiroz, e do ex-presidente do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, por prevaricação no âmbito do escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

No pedido, a parlamentar alegava que os três colaboraram para que o esquema de corrupção tivesse continuidade na máquina pública, gerando um prejuízo bilionário aos cofres da União, apesar de terem sido alertados a respeito dos descontos indevidos durante reunião do Conselho Nacional da Previdência Social em 2023.

Gonet, porém, afirmou que Damares não apresentou elementos suficientes que configurassem “ato imputável a nenhuma autoridade com prerrogativa de foro.”

“Para que haja o deslocamento da competência no caso de investigações iniciadas em primeiro grau, não basta, no entanto, que seja identificada a simples menção ao nome de autoridades detentoras de prerrogativa de foro em depoimentos prestados por testemunhas ou investigados, ou na captação de diálogos travados por alvos de escuta telefônica judicialmente autorizada”, diz trecho da manifestação do PGR.

“De modo semelhante, a simples existência de informações fluidas e dispersas a respeito de autoridades com prerrogativa são insuficientes para o deslocamento da competência para o juízo hierarquicamente superior”, acrescentou.

O PGR destacou ainda a existência de uma investigação em curso na primeira instância.

Segundo ele, a atribuição da supervisão do INSS às funções de Wolney Queiroz e Lupi, enquanto ministros,“não constitui individualização mínima da conduta dos representados, não havendo indícios suficientes de autoria e materialidade que justifiquem o início de uma investigação ou a sua inclusão na investigação já em curso”.

O Brasil tem as terras raras que EUA e China querem. Mas quem leva primeiro?

Com a China restringindo exportações e os EUA em busca de fontes, Brasil vira aposta na oferta de um insumo-chave para energia e defesa


Por Rikardy Tooge - Até pouco tempo atrás, terras raras soavam como um assunto técnico demais para o grande público. Mas basta olhar para os últimos movimentos dos Estados Unidos para perceber que esse conjunto de minerais estratégicos virou prioridade para a maior economia do mundo.

 

 Prova disso é que, na semana passada, o governo americano assinou um acordo com a Ucrânia para explorar jazidas desses minerais — essenciais para veículos elétricos, turbinas eólicas e a indústria bélica. Soma-se a isso uma ordem recente do presidente Donald Trump para autorizar a mineração no fundo do oceano. Tudo isso em menos de um mês.

O sprint dos EUA é uma corrida contra a China, que praticamente controla a produção global de terras raras. A disputa está em campo.

Mas enquanto os americanos firmam alianças em territórios instáveis, como o Leste Europeu ou o fundo do mar, o Brasil é terreno firme – e com uma reserva enorme de terras raras. “Ucrânia e oceano profundo ainda são promessas. O Brasil é o que já está de pé”, resume Rafael Marchi, diretor-executivo para infraestrutura da Alvarez & Marsal no país.

Nós, brasileiros, temos a segunda maior reserva do mundo, mas produzimos menos de 0,01% da oferta global no ano passado: 20 toneladas. Enquanto isso, a China entregou 270 mil toneladas de óxidos de terras raras  — forma refinada e padrão de comercialização desses minerais – das 390 mil toneladas produzidas em 2024.



A questão brasileira é que ainda faltam investidores que topem o risco de um projeto de mineração, em que apenas um terço sobrevive, e que demora cerca de dez anos para entrar em operação e começar a gerar caixa.

Existem australianos e canadenses que estão colocando dinheiro, como já mostrou o InvestNews, mas tem espaço para muito mais. E é aí que o Brasil pode surfar.


Nem tão raras

Caso você não seja um conhecedor da mineração, cabe aqui uma explicação sobre as terras raras. São 17 elementos químicos. 

Os de número atômico menor formam o grupo das terras raras leves. Mais abundantes, elas vão em telas, vidros, e baterias. No jargão do setor, são agrupados como LaCePmSm – referência a lantânio (La), cério (Ce), promécio (Pm) e samário (Sm), os elementos mais utilizados entre as leves. 

O outro grupo, é o das terras raras pesadas: caso do disprósio (Dy) e do térbio (Tb), que reforçam a resistência térmica dos ímãs permanentes de motores e armamentos. Também se destacam o neodímio (Nd) e o praseodímio (Pr), base dos ímãs de alto desempenho usados em veículos elétricos. Nesse contexto, são dois grupos: DyTb e NdPr.

Terras raras produzidas pela Aclara (Divulgação)

Apesar do nome, esses elementos não são exatamente raros na crosta terrestre — o desafio está em encontrá-los em concentrações economicamente viáveis e separá-los com eficiência. A China domina quase 70% da produção global e, no caso das terras raras pesadas, 100% da tecnologia de refino.

É como se, no caso do petróleo, um único país tivesse os equipamentos necessários para transformar o líquido preto em gasolina. Ou seja: se você produz terras raras pesadas, seu cliente será necessariamente da China.  

Como retaliação às tarifas impostas pelos EUA, o governo chinês anunciou em abril restrições à exportação de sete metais de terras raras pesadas refinadas. A medida compromete a fabricação de motores industriais, carros elétricos, aerogeradores, mísseis…


Terras brasileiras

E é nesse contexto que o Brasil passou a chamar atenção. Com cerca de 25 milhões de toneladas em reservas, o país possui um ativo em operação, a Mineração Serra Verde, em Goiás, e dezenas de projetos em estágios avançados conduzidos por empresas como Aclara, Meteoric Resources e Brazilian Rare Earths (BRE) – todas elas controladas por investidores estrangeiros.



A Serra Verde, em operação desde o final de 2023, é hoje a única fora da Ásia com produção comercial relevante. Mesmo assim, sua produção ainda vai para a China. O problema não está só na origem dos minérios, mas no destino: sem infraestrutura de agregação de valor no Ocidente, a dependência segue viva. 

Outra coisa: já na concepção do projeto de Serra Verde, a produção futura havia sido comprada pelos chineses. Essa aquisição antecipada, chamada de offtake, é considerada hoje o passo mais crítico para viabilizar qualquer projeto de terras raras. 

Como esses minerais não possuem tanta liquidez (diferentemente de petróleo ou minério de ferro), o desenvolvimento de uma mina depende da formalização de demanda firme, com contratos de longo prazo. Sem isso, não há financiamento, nem escala.

“Sem comprador, não tem mina”, diz Murilo Nagato, diretor-geral da Aclara no Brasil. A mineradora, controlada pela britânica Hochschild Mining e a chilena CAP, ainda não fechou seu contrato de offtake e viu a procura crescer. A inauguração de seu projeto piloto em Goiás, no fim de abril, contou com representantes do governo dos Estados Unidos. “A corrida não é só geológica. É geopolítica”, prossegue o executivo.

Nagato conta que a Aclara está em busca de um sócio estratégico para garantir viabilidade financeira, escala de produção e, futuramente, a verticalização da cadeia – com a produção de óxidos de terras raras e ímãs de alto desempenho no Brasil. 

Ainda em fase pré-operacional e listada na Bolsa de Toronto, a empresa prevê início das operações em 2028, com capacidade de 191 toneladas por ano de DyTb e 1,4 mil toneladas anuais de NdPr. O investimento estimado é de US$ 599 milhões, com retorno potencial de US$ 2,2 bilhões. Além da mina em Goiás, a Aclara conta com um projeto menor no Chile, cuja previsão de início das atividades também está previsto para daqui três anos.

 

 Embora a Aclara tenha reservas menores que as concorrentes — com 298 Mt inferidas — seu foco em terras raras pesadas e em uma planta piloto funcional lhe garante vantagem técnica. Já a Meteoric e a Brazilian Rare Earths têm reservas expressivas em Minas Gerais, mas ainda estão em fases iniciais de exploração ou licenciamento. 

O tempo para um projeto começando do zero hoje até chegar no mercado (o “time to market”, no jargão) hoje é de oito anos, nos cálculos de Rafael Marchi, da Alvarez & Marsal.

Em paralelo, o governo brasileiro vem tentando investir nos minerais estratégicos por meio do BNDES. O banco de fomento já criou dois fundos de investimento: um em parceria com a Vale (de R$ 1 bilhão) e outro de R$ 5 bilhões para fomentar a cadeia de minerais críticos.

Mas os desafios ainda são relevantes: licenciamento ambiental demorado, ausência de um mercado consumidor interno robusto e escassez de capital de risco (venture capital) em nosso ambiente de juros altos.


No tabuleiro global

Sem alarde, investidores e diplomatas começam a tratar as jazidas brasileiras como ativos estratégicos. A disputa já ocorre de forma silenciosa há anos. Para atrair capital dos EUA ou de seus aliados, empresas brasileiras têm evitado fechar acordos com a China à espera de novos investidores. 

Um relatório do Parlamento Europeu apontou a América Latina como novo campo de batalha pelos minerais críticos. Segundo o estudo, 98% dos investimentos chineses em mineração na região entre 2015 e 2021 foram para metais estratégicos, entre eles as terras raras


A União Europeia vê o acordo comercial com o Mercosul como chave para garantir acesso a essas matérias-primas. “É um setor em que geologia, diplomacia e finanças estão se misturando. Cada contrato pode definir o alinhamento de um projeto por décadas”, completa Marchi.

Alertas soam na Bolívia sobre possível falta de combustível de aviação e risco de suspensão de voos

Imagem: Boliviana de Aviación


Carlos Ferreira -  Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) emitiu um alerta ao governo boliviano sobre a irregularidade no fornecimento de combustível de aviação, que pode paralisar os voos internacionais no país.

Em uma carta enviada ao Ministro de Obras Públicas, Edgar Montaño, a entidade expressou sua preocupação com a atual crise de abastecimento de combustível e advertiu que, sem a restauração do fornecimento, as companhias aéreas poderiam “cancelar seus serviços”. A situação é particularmente crítica no Aeroporto Internacional Viru Viru, em Santa Cruz.

A comunicação foi enviada em junho, durante um período em que a logística de distribuição de combustível foi interrompida devido a bloqueios realizados por apoiadores do ex-presidente Evo Morales, que duraram 15 dias.

A IATA, que representa mais de 330 companhias aéreas em todo o mundo, também reclamou da exigência de pagamento em dólares pelo combustível, devido às limitações na Bolívia para a obtenção dessa moeda. A entidade solicitou uma reunião com o governo para discutir soluções para os desafios que afetam a indústria em meio à crise econômica que o país enfrenta.

Na semana passada, foi anunciado que houve uma reunião entre a Associação de Linhas Aéreas (ALA), o Ministério e a YPFB Aviación (empresa estatal responsável pelo fornecimento de combustível de aviação), na qual foi alcançado o compromisso de garantir o fornecimento necessário até o final do ano.

A gerente geral da ALA, Yanela Zárate, afirmou em entrevista ao canal Red Uno: “Temos o compromisso do Ministro de Obras Públicas. Através da maior autoridade em assuntos de aviação, que é a Direção Geral de Aeronáutica Civil, conseguimos agendar uma reunião com a YPFB Aviación, que confirmou que o fornecimento normal de combustível seria garantido, pelo menos até o final do ano, fazendo o máximo de esforços.” Zárate também mencionou que foi acordado manter os pagamentos em moeda nacional e que esses acordos seriam comunicados à IATA.

Essa não é a primeira vez que a IATA apresenta reivindicações ao governo boliviano. Em dezembro de 2024, o país foi criticado por bloquear fundos de companhias aéreas no valor de 42 milhões de dólares, uma situação resultante da dificuldade em repatriar receita de vendas de passagens e outras atividades. A IATA pediu a remoção das limitações para que as companhias aéreas possam acessar seus fundos.

De acordo com a mídia local, há oito companhias aéreas internacionais que operam na Bolívia, além da estatal Boliviana de Aviación (BoA), que também cobre rotas domésticas.

A crise de combustível na Bolívia é um reflexo da crise econômica que o país enfrenta há dois anos, resultado da queda na arrecadação de receitas de petróleo, o que gerou escassez de dólares e a emergência de um mercado paralelo de câmbio, onde a moeda americana é cotada a cerca de 16 bolivianos, mais do que o dobro da taxa oficial mantida pelo governo em 6,96 bolivianos.

9 de jul. de 2025

Dois indígenas idosos morrem em Terra Yanomami em pouso forçado de Helicóptero

Saúde confirma duas mortes em pouso forçado em Terra Yanomami

3 sobreviveram

Aeronave decolou com três pacientes indígenas


Paula Laboissière/Agência Brasil - O Ministério da Saúde confirmou a morte de dois pacientes, de 78 anos e de 80 anos, que estavam a bordo de um helicóptero a serviço do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami na última segunda-feira (7).

Segundo a pasta, a aeronave decolou com três pacientes indígenas das aldeias Mokorosik e Kahusik com destino à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) de Parima quando precisou fazer um pouso forçado.

Em nota, o ministério informou que uma criança de 10 anos teve queimaduras leves e suspeita de luxação na perna e foi transferida para o Centro de Referência da Saúde Indígena em Surucucu, onde recebeu atendimento inicial e está estável.

“A criança foi removida para o Hospital da Criança Santo Antônio, em Boa Vista, onde está sob cuidados complementares. Os demais ocupantes da aeronave foram resgatados e estão bem. Todos os ocupantes também foram removidos para Boa Vista.”

Bombeiro de MG dá dica importante de como é possível até reduzir as perdas da sua residência em caso de incêndio

 

Projeto de hidroponia possibilitará plantação de morangos e de alfaces em Cruzeiro do Sul


              Com informações da Ascom UFAC


O projeto de hidroponia da Ufac (Hidrofac), coordenado pelo professor André Luiz Melhorança Filho, foi aprovado e contemplado com R$ 654 mil por emenda parlamentar que resultará na instalação do Centro de Tecnologia em Hidroponia, no campus Floresta, em Cruzeiro do Sul.

O centro viabilizará, por exemplo, o cultivo de morango e alface, em sistema hidropônico, consorciado com criação de tilápia e camarão, proporcionando a produtores rurais de pequenas propriedades do Vale do Juruá alternativas de culturas de alto valor agregado, com capacitação técnica para produção de alimentos sustentáveis e estímulo ao empreendedorismo regional.

O projeto pretende fomentar a criação de uma cooperativa para aquisição de insumos e tecnologia de forma mais eficiente, além de identificar alternativas econômicas sustentáveis, demandadas pelas comunidades agroextrativistas, como produção de morango e outras culturas que não são comuns na região, por limitações ambientais, mas que podem ser viáveis com o uso de novas tecnologias produtivas.

Ciro Nogueira critica Lula por resposta a Trump: “Soberania só vale quando interessa”


O senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (8), após o petista reagir a uma declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em recente manifestação, Trump pediu que “deixem Jair Bolsonaro em paz”, em referência aos processos enfrentados pelo ex-presidente brasileiro. Lula, por sua vez, respondeu dizendo que não aceitará “interferência externa”.

Em vídeo publicado no Instagram, Ciro classificou como “incoerente” o posicionamento de Lula e acusou o presidente de adotar dois pesos e duas medidas quando o assunto é soberania nacional. O senador lembrou que o petista já se envolveu em questões de outros países, como no caso da ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que enfrenta investigações judiciais no país vizinho.

“Soberania nacional só vale quando interessa ao Lula, até para defender criminoso. Na Argentina, Lula não tem problema de se meter no país dos outros e dizer que uma ex-presidente está sendo perseguida pela justiça”, declarou Nogueira. “Mas aqui, quando Trump mostrou a realidade que todo mundo assiste, que é a perseguição ao presidente Bolsonaro, aí o Lula diz que é violação da soberania. É muita cara de pau”, completou.

8 de jul. de 2025

Ministro das Relações Exteriores do Peru diz que país não foi convocado, mas o incluem em acordo para ferrovia bioceânico

 

Brasil clama por um estadista

 

Presidentes do Congresso e STF usam jatinho da FAB para ir a Parintins e anunciam reforma de pista

Divulgação – FAB


Carlos Martins - Diversas autoridades do alto escalão brasileiro utilizaram aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para comparecer ao Festival de Parintins, no Amazonas, e a festas juninas em diferentes estados. O uso das aeronaves, apesar de legal, tem gerado questionamentos devido à natureza recreativa dos compromissos.

Entre os passageiros estavam o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), como aponta o jornal Folha de São Paulo.

Os registros da FAB mostram que eles voaram a bordo do VC-99B (Embraer Legacy 600), avião do Grupo de Transporte Especial, entre os dias 29 e 30 de junho, mais especificamente a aeronave de matrícula FAB2585.

Durante o festival, o grupo foi recebido pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) e pelo prefeito de Parintins, Mateus Assayag (PSD). Em entrevista a uma rádio local, Braga afirmou ter garantido, com apoio das autoridades visitantes, R$ 17 milhões para obras de recapeamento na pista do aeroporto local, atualmente sob risco de interdição pela ANAC.

Além do evento em Parintins, o presidente da Câmara, Hugo Motta, utilizou aeronaves da FAB para uma série de compromissos juninos. No dia 13 de junho, embarcou rumo à abertura do São João de Petrolina (PE), acompanhado de Davi Alcolumbre e do prefeito do Recife, João Campos (PSB). O trajeto incluiu ainda paradas em Salvador (BA) e Campina Grande (PB), cidade natal de Motta, onde ele participou de evento ao lado de senadores da Paraíba.

A assessoria do presidente do Senado defendeu o uso das aeronaves com base em recomendações de segurança e nas prerrogativas legais concedidas a chefes de Poder. Motta, por sua vez, não se manifestou sobre os voos nem explicou os motivos das escalas intermediárias.

Já o ministro Celso Sabino também utilizou o mesmo jato FAB2585 que, anteriormente, foi usado por Hugo Motta em uma viagem a Lisboa para um evento de natureza privada.

O decreto que regulamenta o uso de aeronaves da FAB por autoridades permite os voos em situações de emergência médica, segurança ou viagens a serviço. Apesar disso, compromissos recreativos ou sem menção nas agendas oficiais têm sido motivo de debate sobre o uso adequado dos recursos públicos.

A FAB informa, em seu portal, apenas a autoridade atendida, o número de passageiros, os locais de partida e destino e os horários dos voos, sem divulgar os nomes dos acompanhantes nem o propósito da viagem.

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Preço da arroba recua 19% no Acre: Criadores estão preocupados e devem procurar alternativas


Por Wanglézio Braga - O fechamento da cotação da arroba no Acre, divulgado pela página especializada Pecuária Acre, acendeu o alerta entre os produtores. Dados fechados quarta-feira (02), o boi gordo recuou cerca de 19% em relação ao levantamento anterior, reflexo direto do aumento na oferta de animais prontos para abate nas praças do estado. Segundo a nova tabela, o valor à vista é de R$ 247,00, enquanto a prazo (30 dias) chega a R$ 250,00.

A vaca gorda também apresentou baixa e mantém o posto de menor valor do país, com R$ 232,50 à vista e R$ 235,00 a prazo. A diferença entre os pagamentos à vista e a prazo é pequena — apenas R$ 2,50 no caso da vaca e R$ 3,00 no do boi —, o que, segundo analistas, indica vantagem em negociar com pagamento imediato.

“Os dados são baseados em negócios reais realizados entre produtores e frigoríficos, com atualização de consultorias como a Scot Consultoria e levantamento direto das praças locais”, informa a mídia.


Com a pressão da oferta e pouca firmeza nas escalas dos frigoríficos, o mercado segue desafiador para quem lida com gado terminado. Em meio ao cenário, o produtor deve redobrar atenção no manejo, no custo de produção e, principalmente, nas negociações. A recomendação é buscar alternativas como venda direta, escalonamento da terminação e, se possível, retenção estratégica dos lotes até sinais de melhora nos preços.

7 de jul. de 2025

Com sua rota aérea reduzindo os prazos de entrega, Total Express destaca Manaus e Belém como hubs estratégicos

Boeing 737-300SF – Imagem: Divulgação – Total Express


Murilo Basseto - A Total Express, uma empresa com mais de três décadas de atuação em soluções logísticas no Brasil, informa que está consolidando sua presença na Amazônia ao transformar Manaus e Belém em hubs logísticos de alta performance para o crescente mercado de e-commerce regional.

Em Manaus, a proximidade ao Polo Industrial e os incentivos da Zona Franca impulsionam um fluxo contínuo de mercadorias, respaldado por processos aduaneiros ágeis. Desde dezembro de 2023, a abertura da rota aérea entre Guarulhos e Manaus reduziu o tempo de transporte de 14 para apenas 3 dias, elevando em cinco vezes a volumetria atendida na capital amazonense.

Em Belém, as obras de dragagem do canal do porto, com conclusão prevista para novembro de 2025, permitirão a chegada de navios de maior porte, gerando economia de escala e maior rapidez na movimentação de carga. A integração entre os modais rodoviário, hidroviário e aéreo cria uma malha eficiente para alcançar municípios isolados da região, diversificando alternativas de transporte conforme a urgência e o perfil de cada entrega.

Para o last mile, o trecho final da entrega de um produto até o consumidor, a companhia investe em centros de distribuição locais e uma rede de pontos PUDO (Pick‑Up & Drop‑Off), além de veículos leves adaptados às ruas urbanas e ribeirinhas. Um sistema de inteligência artificial otimiza roteiros em tempo real, assegurando transparência e cumprimento rigoroso dos SLAs (Acordos de Nível de Serviço) mesmo em períodos de pico, como Black Friday.

A empresa explica que, ciente dos desafios ambientais da Amazônia, adota monitoramento climático avançado e prioriza o uso de modais menos poluentes, equilibrando eficiência operacional e respeito ao ecossistema. Essa abordagem sustentável minimiza riscos de atrasos por fatores climáticos e fortalece o compromisso da Total Express com práticas responsáveis.

“Nosso compromisso é ampliar o acesso logístico de ponta a ponta no Brasil, respeitando as particularidades regionais. A Amazônia é uma prioridade e, com essas iniciativas, conseguimos reduzir prazos, otimizar custos e, ao mesmo tempo, contribuir para o desenvolvimento econômico local”, destaca Marcus Vinicius Tadim, Head Comercial da Total Express.a

Em parceria com a Suframa, prefeituras e associações locais, a empresa expande sua infraestrutura de armazenagem e promove treinamentos para equipes regionais. Clientes contam ainda com dashboards em tempo real e webinars informativos, garantindo visibilidade plena das operações e ajudando marcas a planejar estoques e campanhas com base em dados precisos.


Informações da Total Express