Por Carlos Ferreira - O escritório da companhia aérea turca, Turkish Airlines, em Teerã (Irã) foi fechado após as funcionárias turcas não usarem o véu na cabeça, em linha com as liberdades de seu país, mas em desacordo às regras do Irã. O “incidente” ocorreu poucas horas depois de uma conversa entre o presidente turco e Massoud Pezeshkian.
Como informa o Iranwire, Ibrahim Sozenchi, membro do Conselho Superior da Revolução Cultural, comentou o ocorrido em sua conta na rede social “X”: “Erdogan ligou e falou por uma hora com o presidente eleito, na esperança de melhorar as relações. Mas hoje mesmo, as autoridades foram e fecharam o escritório da Turkish Airlines por causa do véu, deve ter sido uma coincidência…”
As manifestações nacionais de “Mulher, Vida, Liberdade” que aconteceram em 1401, expandiram-se para incluir um amplo movimento civil de mulheres contra o uso obrigatório do véu. Diante disso, a República Islâmica do Irã tem tentado combater essa postura das mulheres através de uma série de medidas punitivas.
Nos últimos meses, várias notícias foram veiculadas sobre a repressão a mídias de notícias e sites econômicos, a convocação e detenção de seus gerentes, bem como o fechamento de centros de lazer e de negócios, especialmente em relação ao véu obrigatório.
Neste contexto, o Majlis (Parlamento) da República Islâmica aprovou no dia 29 de Shahrivar o projeto de lei “Castidade e Hijab”, que previa uma série de multas e penalidades pesadas para aqueles que se opusessem ao uso obrigatório do véu, após ser finalizado na comissão especial sob o artigo 85 da Constituição.
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