1 de jun. de 2013

CRIANÇA MORRE APÓS CAIR DE CABEÇA PARA BAIXO EM BUEIRO ABERTO NO AC

O pequeno Kelvy Ariel, de 4 anos, caiu em um bueiro aberto próximo à sua casa e morreu antes da chegada do atendimento médico (Foto: Duaine Rodrigues/G1)
Pai da vítima pulou dentro do buraco e retirou o filho já sem vida.
Acidente aconteceu no bairro Bahia Velha, em Rio Branco.

Duaine Rodrigues/Do G1 AC  - O pequeno Kelvy Ariel da Silva, de apenas 4 anos, que brincava tentando empinar uma pipa, feita por seu pai, caiu de cabeça para baixo dentro de um bueiro aberto e faleceu no local, antes da chegada do resgate. A tragédia aconteceu na tarde desta sexta-feira (31) na Rua Santa Rita, no bairro Bahia Velha, em Rio Branco, capital do Acre. Segundo a Polícia Militar, a provável causa da morte teria sido por afogamento, mas a perícia ainda será feita pelo Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com testemunhas, a criança corria olhando para a pipa no alto e não percebeu que havia um bueiro aberto quando o acidente aconteceu. Os moradores dizem que o local foi destampado por trabalhadores da empresa MAV Construtora, que seria responsável pelas obras do programa ‘Ruas do Povo’ que estão sendo realizadas naquela rua.

O pai de Kelvy, José Oliveira dos Santos, emocionado e sem acreditar no que tinha acontecido, diz que estava saindo para brincar com o filho quando foi avisado por outra criança sobre o ocorrido. Segundo ele, havia se passado cerca de dez minutos do tempo em que ele entregou a pipa para Kelvy e o trágico acontecimento.

“O pessoal deixou o bueiro aberto, aí e meu filho caiu e morreu. Tinha feito a pipazinha para ele e quando fui sair para acompanhá-lo na brincadeira, já tinha acontecido. Um menino que viu a pipa perto do bueiro veio avisar. Quando vi a linha para dentro joguei a escada, que passou direto. Então pulei dentro, ainda consegui tirá-lo, fiz respiração boca a boca, mas não consegui reanimá-lo. Quando o resgate chegou já constatou que ele tinha ido a óbito”, conta o pai ainda em estado de choque.

A mãe do garoto, que teve filho há poucos dias, estava desesperada, inconsolável. Segundo José Oliveira, no local não havia nenhuma sinalização de alerta sobre o risco de acidente, já que o bueiro estava destampado.

“Ele brincava todos os dias aqui e eles (da empresa) deixaram o buraco aberto. O funcionário da empresa ainda queria fechar o bueiro depois do acidente, mas o policial não permitiu”, relata.
Oliveira comenta que Kelvy era uma criança bastante ativa, que gostava de brincar e estava dando os primeiros passos na escola. “Ele estava começando a estudar agora. Sempre gostou de brincar. Espero que seja feita justiça, pois perdi meu filho de quatro anos”, afirma.

Encarregado da empresa de construção é detido
De acordo com o tenente da Polícia Militar Reginaldo Carneiro, que liderava a guarnição acionada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar apoio no local do acidente, o funcionário encarregado da empresa MAV foi detido e encaminhado à delegacia para prestar esclarecimentos.

“Estamos com o responsável de campo da obra detido, e vamos apresentá-lo na delegacia. Lá, o delegado vai fazer a análise dos fatos e decidir se autua ou não”, informa o oficial.

Gestor do Depasa vai ao local do acidente
Após tomar conhecimento do acidente, a assessoria do governo do Estado enviou nota informando que, a pedido do gabinete do governador Tião Viana, o responsável interino pelo Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa), Felismar Mesquita, iria ao local da tragédia averiguar a situação.

“No momento, o governo se solidariza com os familiares da criança e se for constatado que houve negligência por parte da empresa, será responsabilizada criminalmente”, cientificou o texto encaminhado pela assessoria governamental. Ainda segundo a assessoria, o dono da empresa MAV Construções é um dos preso pela Operação G-7.

O G1 procurou a empresa MAV Construções que informou por telefone, através de uma representante, desconhecer o ocorrido até o fechamento desta matéria. Ela disse ainda, que a empresa só iria se manifestar sobre o acidente, após ser notificada.

Nota do Blog: Definitivamente passa do limite o número de inconsequentes neste Estado. Lá se vai um ano do incêndio da boate Kiss e o pessoal não se exempla. Eu conheço um monte de escola que não tem extintor de incêndio em lugar crítico, ou quando tem está vencido.

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