19 de jun. de 2025

Lituânia escolhe o C-390 Millennium da Embraer para fortalecer sua prontidão militar

 - Decisão estratégica, que abre caminho para a aquisição de três C-390, marca um passo significativo no aprimoramento da prontidão operacional e da interoperabilidade da Lituânia com outros membros da OTAN

- O acordo incluirá cooperação industrial que fornecerá capacidades de MRO (Manutenção, Reparo e Revisão), co-produção de peças e parcerias com institutos de pesquisa


O Ministério da Defesa Nacional da Lituânia anunciou a seleção do Embraer C-390 Millennium (NYSE: ERJ/B3:EMBR3) como a aeronave de transporte militar de próxima geração do país.

Esta seleção marca um passo significativo no aprimoramento da prontidão operacional e da interoperabilidade da Lituânia dentro da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e abre caminho para o processo de aquisição que seguirá todos os procedimentos legais de acordo com a legislação lituana.

"Estudamos cuidadosamente diversos modelos de aeronaves de transporte militar disponíveis no mercado e nossa avaliação mostrou claramente que o C-390 Millennium é a plataforma ideal para atender aos nossos requisitos operacionais militares. Portanto, a Lituânia selecionou a Embraer para avançar nas negociações e esperamos finalizar o contrato de aquisição nos próximos meses", disse Loreta Maskaliovienė, Vice-Ministra da Defesa Nacional, da Lituânia.

"Estamos honrados por termos sido selecionados pelas autoridades lituanas. Esta seleção reflete o compromisso da Embraer em fortalecer as capacidades de defesa de seus parceiros na Europa. Nesse sentido, o C-390, com sua versatilidade, desempenho e interoperabilidade com a OTAN, é a plataforma ideal — prontamente disponível para realizar as missões mais exigentes”, afirma Bosco Da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O C-390 Millennium é uma aeronave de última geração projetada para operar em ambientes austeros e sob condições exigentes, oferecendo velocidade e capacidade de carga útil superiores, e flexibilidade de missão.

Este acordo posiciona a Lituânia entre o crescente número de aliados europeus e da OTAN, incluindo Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca, Suécia e Eslováquia, que também escolheram o C-390 para modernizar suas forças aéreas. Ao adotar o C-390 Millennium, a Lituânia aprimorará significativamente suas capacidades operacionais, ao mesmo tempo em que se beneficiará do ecossistema e das sinergias presentes na Europa em termos de suporte e treinamento.

Desde que entrou em operação com a Força Aérea Brasileira em 2019, com a Força Aérea Portuguesa em 2023 e, mais recentemente, com a Força Aérea Húngara em 2024, o C-390 Millennium provou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A frota atual em operação demonstrou uma taxa de capacidade de missão de 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%.

O C-390 Millennium pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de carga e tropas, evacuação médica, busca e salvamento (SAR), combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas temporárias ou não pavimentadas, como terra batida, solo e cascalho. A aeronave configurada com equipamento de reabastecimento aéreo (AAR), com a designação C-390, já provou sua capacidade tanto como reabastecedora quanto como receptora, neste caso recebendo combustível de outro C-390, utilizando pods instalados sob as asas.

Corte do Governo Federal cancela carteiras de pescadores e afeta acesso ao seguro-defeso

Foto: Ilustrativa da internet


Mais de 200 pescadores de Sena Madureira, no interior do Acre, perderam o acesso ao seguro-defeso após o cancelamento de suas carteiras profissionais. A medida foi confirmada recentemente pelo Ministério da Pesca e Aquicultura, ligado ao Governo Federal, e atinge, ao todo, 260 trabalhadores da pesca na região. Ainda não foram divulgadas as causas detalhadas para os cancelamentos.

Sem a carteira ativa, os pescadores ficam impedidos de acessar benefícios federais, entre eles o seguro-defeso — pagamento anual equivalente a um salário mínimo durante o período de proibição da pesca de determinadas espécies em fase de reprodução.

Diante da situação, o presidente do Sindicato dos Pescadores de Sena Madureira, conhecido como “Fefinha”, anunciou a realização de um mutirão a partir da próxima segunda-feira, 16 de junho. O objetivo é reunir os pescadores afetados, elaborar um relatório com os casos e encaminhar a documentação a Brasília. “Peço aos pescadores que tiveram suas carteiras canceladas que me procurem. Nós vamos fazer um relatório e encaminhar para Brasília a situação de cada um. Preciso saber o que aconteceu e, mais do que isso, pedir que o Governo Federal reveja essa situação”, declarou o sindicalista.

Em Sena Madureira, os pescadores são representados por duas entidades: o Sindicato dos Pescadores e a Colônia Z3. Esta última concentra mais de mil pescadores cadastrados, muitos dos quais dependem exclusivamente da atividade para garantir a subsistência da família.


Nova emissão de GPS

Na próxima semana, também será iniciada a emissão das Guias da Previdência Social (GPS), etapa obrigatória para que os pescadores possam futuramente receber o seguro-defeso. Para ter direito ao benefício, é necessário estar regularizado junto aos órgãos federais e cumprir os critérios estabelecidos pela legislação previdenciária.

O caso acende alerta entre trabalhadores da pesca no Acre, já que o cancelamento em massa das carteiras pode impactar diretamente na renda de famílias que vivem da atividade tradicional nos rios da Amazônia.

18 de jun. de 2025

Aprovado reajuste salarial dos servidores de apoio da educação municipal


Câmara Municipal de Tarauacá – A Sessão Ordinária de hoje foi pautada pela votação em caráter de urgência do Projeto de Lei Nº 022/2025 que dispõe sobre o reajuste do piso salarial dos servidores do quadro de apoio administrativo da Secretaria de Educação do Município, tendo como base o salário mínimo vigente.

Após ter entrado em apreciação por unanimidade, o presidente Rangeles Viana suspendeu a Sessão por tempo indeterminado para a assinatura dos pareceres pelas respectivas Comissões Parlamentares.

Acompanharam a votação a prefeita em exercício Marilete Vitorino, o Secretário de Educação Carlos Souza e o presidente do Sindicato da Educação João Maciel.

Destarte, a Mesa Diretora colocou novamente o PL Nº 022/2025 para votação final na qual foi aprovada novamente por unanimidade e assim que sancionada pelo executivo municipal tornar-se-á Lei Municipal Nº 1132/2025.

Ainda hoje à noite às 18:00h, acontecerá uma Sessão Solene em comemoração aos 33 anos da rádio difusora do município de Tarauacá com a presença dos servidores daquela entidade.



Para ter acesso ao Projeto de Lei é só clicar (aqui).

Secretário executivo Gustavo Ponce da 'Presidência da República' promete dar resposta em 48h sobre ações truculentas do ICMBio

 Governo Lula está sendo cobrado pela bancada federal do Acre.


Reza Pahlavi, do Irã, diz que plano de transição de 100 dias está em vigor se Khamenei cair

Pahlavi também dirigiu sua mensagem aos militares, policiais e funcionários do Estado, muitos dos quais, segundo ele, o contataram nos últimos dias

Reza Pahlavi, ativista, defensor e filho mais velho do último Xá do Irã, fala na Biblioteca e Museu Presidencial Richard Nixon em Yorba Linda, Califórnia, em 22 de outubro de 2024.

(crédito da foto: PATRICK T. FALLON / AFP via Getty Images)

                   Por EQUIPE DO JERUSALEM POST


Reza Pahlavi, o filho mais velho do último xá do Irã e ex-príncipe herdeiro, disse que há planos para um período de transição de 100 dias se o regime da República Islâmica entrar em guerra com Israel.

Em uma declaração em vídeo na terça-feira em farsi, Pahlavi procurou tranquilizar os iranianos de que as forças da oposição têm um plano para o futuro do país.

"O Irã não entrará em guerra civil ou instabilidade", disse ele. "Estamos preparados para os primeiros cem dias após a queda, para o período de transição e para o estabelecimento de um governo nacional e democrático - pelo povo iraniano e para o povo iraniano."

Pahlavi também dirigiu parte de sua mensagem aos militares, policiais e funcionários do Estado, muitos dos quais, segundo ele, o contataram nos últimos dias.

"Não se posicionem contra o povo iraniano por causa de um regime cuja queda começou e é inevitável", disse ele. "Ao ficar com o povo, você pode salvar suas vidas ... e participar da construção do futuro do Irã".

Reza Pahlavi, príncipe herdeiro e filho do falecido Mohammad Reza Shah do
Holocausto 2023 em Yad Vashem. (crédito: MARC ISRAEL SELLEM / THE JERUSALEM POST)

Pahlavi: O aiatolá Ali Khamenei é um rato assustado

"A República Islâmica chegou ao fim e está em processo de colapso", declarou Pahlavi. "Khamenei, como um rato assustado, se escondeu no subsolo e perdeu o controle da situação."

Em seu discurso, o príncipe herdeiro disse que a queda do regime era "irreversível", descrevendo o momento como um ponto de virada histórico para o povo iraniano.

"O futuro é brilhante e, juntos, passaremos por essa virada brusca na história", disse ele. "Nestes dias difíceis, meu coração está com todos os cidadãos indefesos que foram prejudicados e foram vítimas do belicismo e das ilusões de Khamenei."

Pahlavi, que há muito defende um Irã secular e democrático, enquadrou a queda do regime como iminente e necessária. Ele descreveu a República Islâmica como um sistema que travou uma "guerra de 46 anos contra a nação iraniana" e enfatizou que seu aparato de segurança e repressão estava desmoronando.

"Tudo o que é preciso agora é uma revolta nacional para acabar com esse pesadelo de uma vez por todas", disse ele.

O príncipe pediu aos cidadãos de todo o país - de Bandar Abbas a Shiraz e de Tabriz a Zahedan - que saiam às ruas e exijam mudanças.

'Agora é a hora de subir'

"Agora é a hora de se levantar; a hora de recuperar o Irã", disse ele. "Vamos todos nos apresentar ... e trazer o fim deste regime.

"Não se posicionem contra o povo iraniano por causa de um regime cuja queda começou e é inevitável", disse ele. "Ao ficar com o povo, você pode salvar suas vidas ... e participar da construção do futuro do Irã".

Ele encerrou o discurso com uma mensagem de unidade e esperança: "Um Irã livre e próspero está à nossa frente. Que possamos estar juntos em breve. Viva o Irã! Viva a nação iraniana!"

Pahlavi, filho do falecido xá Mohammad Reza Pahlavi, vive exilado nos Estados Unidos. Embora não tenha nenhum papel político oficial, ele continua sendo uma figura proeminente entre os segmentos da oposição iraniana no exterior e cada vez mais entre os iranianos mais jovens que buscam mudanças sistêmicas.

Por que o ouro sobe 50% em 12 meses – e as canadenses que dominam a produção no Brasil

Metade da produção brasileira, de 70 toneladas por ano, vem de companhias do Canadá, como Kinross e Equinox


Por Alexandre Versignassi - Logo que os primeiros mísseis israelenses choveram sobre sobre Teerã na sexta (13), o ouro começou a subir – cumprindo seu papel de ativo do apocalipse.

Mas a alta do metal amarelo não é de hoje. Nos últimos 12 meses, ele subiu 50% em dólar. Nos últimos 10 anos, 190%: de US$ 38 o grama para U$ 110 (em real, foram 410%, mas aí entra a parte cambial, e essa é outra história). 

Bom, o mercado não usa o grama como unidade quando se fala de ouro, mas a onça (31g). Temos, então que a onça saiu de US$ 1,2 mil em 2015 para US$ 3,4 mil neste ano. Um patamar recorde na história deste planeta.


O que aconteceu? Aconteceu que um dos grandes agentes do mercado global de ouro passou a comprar o metal em volumes que não eram vistos desde a década de 1960, quando o ouro ainda servia oficialmente como lastro para o dólar. Esses agentes são os bancos centrais


LEIA MAIS: Ouro ultrapassa US$ 3 mil e atinge recorde com ofensiva de Trump nas tarifas


Em 2024, os BCs mundo afora adquiriram, juntos, 1,04 mil tonelada de ouro. Foi apenas a terceira vez neste século em que essas compras somaram mais de mil toneladas. Os outros anos em que isso aconteceu? Justamente os dois anteriores: 2022 (1,13T) e 2023 (1,03T).

Antes disso, era metade. De 2011 a 2021, a média anual ficou em 487 toneladas. Mas isso já era bastante. Porque do final do século 20 até os idos de 2007, 2008 os bancos centrais vendiam mais ouro do que compravam. Vendiam para comprar dólar. Ou seja, se Silvio Santos dizia que “barras de ouro valem mais do que dinheiro”, os BCs estavam dizendo que “dólar vale mais do que ouro”. 

Ouro derretido numa mina sul-afrina. Foto: Getty Images

Banco central compra ouro para compor as reservas internacionais de seu país – junto com moeda forte de outras nações; principalmente dólar, na forma de títulos públicos americanos. É um instrumento que eles têm para segurar o valor da moeda que eles mesmos imprimem, caso role alguma crise.   

Mas aí veio a crise de 2008 e mostrou que não era bem assim. O governo dos EUA gastou os tubos para salvar o sistema bancário,  e começou a somar uma dívida colossal. 

Ela saltou de saudáveis 60% do PIB até 2007 para 95% em 2011. Dívida em alta faz credores duvidarem do poder de solvência de um país. Os títulos públicos desse país passam a ficar menos atraentes – inclusive para bancos centrais.   

Não por coincidência, foi justamente nesse intervalo que as compras líquidas de ouro dos bancos centrais saíram do negativo para quase 500 toneladas por ano.

Depois, sabemos, a tendência ganhou uma força da geopolítica. A China começou a aumentar paulatinamente a fatia do ouro em suas reservas internacionais, enquanto diminuía a de dólar – uma forma de tornar o país menos dependente do destino de seu inimigo político.

E em 2022 começou a guerra da Ucrânia, um marco na cizão entre o bloco China-Rússia e as potências ocidentais. Foi aí que os BCs dobraram o ritmo de compras, para mil toneladas por ano, com o país de Xi Jinping responsável pelas maiores fatias. 



Resultado: o ouro agora compõe 20% das reservas dos bancos centrais. Ele tirou o euro (16%) da segunda posição. O dólar? Segue na liderança, com 46%, mas em trajetória descendente. Há 10 anos, eram 59%.  

E temos que, desde março, o metal amarelo opera acima dos US$ 3 mil a onça. Uma ótima notícia para as mineradoras que operam por aqui. 


Berço explêndido

No século 18, o Brasil chegou a ser responsável por metade da produção global de ouro. Hoje, são 2%. Mas o país segue relevante: em 2024, fomos o 13º maior produtor do mundo, com 70 toneladas. 

E se o Brasil já forneceu 50% do ouro do mundo, hoje é o Canadá que explora 50% do ouro do Brasil. Mais precisamente, as mineradoras canadenses que operam por aqui.

A maior entre elas (e entre todas as outras) é a Kinross. Sozinha, ela extraiu um quarto do ouro brasileiro no ano passado: 16,4 toneladas. Em onças, 528 mil.

Tudo isso por cortesia da mina de Paracatu (MG), a maior do país, que a Kinross comprou de Eike Batista no início do século. Foi o sétimo ano seguido em que ela produziu mais de 500 mil onças. Só 18 outras minas no mundo geram acima desse patamar. 

Completam o time canadende a Equinox, a Aura Minerals, a Jaguar, a G Mining e a Pan American Silver (que, apesar do nome, faz 80% de seu faturamento com mineração de ouro). Todas estão listadas na bolsa de Toronto.



Por que o Canadá? Porque a bolsa de Toronto é o paraíso das juniors minings – empresas de mineração que nem sempre são tão juniores assim; podem faturar na casa dos bilhões, mas não se comparam a mastodontes como Vale, Rio Tinto (da Austrália) ou Anglo American (do Reino Unido).

A bolsa canadense concentra 40% das mineradoras de capital aberto no mundo. O próprio Eike abriu sua primeira companhia ali, na década de 1980. Era a TVX, uma junior mining de ouro vendida para a Kinross em 2003.

A onda começou por conta das características do próprio Canadá, um país abundante em recursos minerais. Incluindo ouro, claro; eles produzem 200 toneladas por ano, quase o triplo do Brasil.


LEIA MAIS: Junior minings: Brasil atrai nova geração de mineradoras estrangeiras


Acontece que a fartura mineral aliada a uma economia forte criou também uma fatura de capital para empreitadas de exploração. Com o tempo, grandes investidores foram desenvolvendo know how para avaliar a relação de risco/retorno de cada projeto. E o resultado foi um ecossistema próspero para o financiamento de iniciativas de exploração.


Mina de ouro a céu aberto em Waihi, Nova Zelândia. Foto: Getty Images

Tão próspero que o próprio Canadá ficou pequeno. 1,3 mil mineradoras de lá têm ativos de exploração fora do país. E a América Latina é o destino principal.

Brasil mais do que incluído, claro, Até 1995, a mineração aqui no berço esplêndido era vetada a empresas de capital estrangeiro. Quando caiu essa restrição, as juniors canadenses encontraram um terreno fértil. 

Principalmente as de ouro. As mineradoras daqui concentravam-se (e ainda se concentram) em minério de ferro e outros metais não-preciosos – o próprio Eike, lembre-se, largou o ouro para aventurar-se no ferro, numa tentativa de criar uma “nova Vale”. 

O ponto é que havia um “vazio de capital” em ouro. Aí as canadenses entraram com tudo, fizeram a festa, e nunca mais arredaram o pé.

Agora, com o ouro a mais de US$ 3 mil a onça, melhor ainda – para as canadenses e para todas as outras que apostaram na extração do metal amarelo. “O break even, vamos dizer assim, é com a onça a US$ 1 mil”, diz Rafael Marchi, diretor para infraestrutura da Alvarez & Marsal. Ou seja, mesmo se a cotação do ouro desmoronar pela metade, a mineração seguiria dando 50% de margem.

E os balanços agradecem. A receita global da Kinross cresceu 38%, entre o 1T24 e o 1T25, para US$ 1,4 bilhão. A da Equinox, segunda maior canadense por aqui, e quarta colocada no geral, 75%, para US$ 423 milhões.

Também no top 4 está a sul-africana AngloGold Ashanti cujo faturamento no mundo subiu 69% em um ano, para US$ 1,9 bilhões.

Falamos em top 4, mas só mencionamos três mineradoras. Falta uma… Qual? Ela mesma.     


E a Vale?

A Vale, que nada tem de júnior, é a segunda maior produtora de ouro por aqui. Mas a receita com ele nem aparece no balanço da gigante. Ela vem junto com o faturamento que eles obtêm de outra extração, a de cobre. 

É que a Vale não produz ouro de forma direta, digamos assim. O metal amarelo, no caso dela, é só um subproduto da extração de cobre – que acontece em duas minas do complexo de Carajás (PA), as de Salobo e Sossego.

Acontece que essas minas têm uma certa quantidade de ouro, que acaba desenterrada junto com as montanhas de cobre que saem dali. E é tanto cobre que só esse ouro residual já dá 13,3 toneladas – 19% da produção brasileira de ouro, pelos números de 2024. Multiplique isso pelo preço médio de 2024. Dá US$ 1 bilhão. Mas a conta não é tão simples.  

A Vale opera com contratos pré-pagos. Grosso modo, significa o seguinte: ele combina com algum grande comprador de ouro que vai extrair tantas mil toneladas de cobre, e que dentro dessa produção provavelmente haverá tal porcentagem de ouro. 

Aí ela deixa essa produção vendida, como uma forma de financiar a extração de cobre. E os preços nesse tipo de negócio são menores que os de mercado, já que o financiador assume uma parte do risco da empreitada – sempre pode haver menos mineral do que o previsto, afinal. 

Exemplo prático: em 2013, Wheaton Precious Metals (do Canadá, claro) contratou 75% de todo o ouro que a Salobo viesse a produzir ao longo de sua vida. O valor combinado foi de US$ 420 a onça – um terço do preço médio da onça naquele ano, com “correção monetária” de 1% ao ano. 

75% da produção de Salobo dá 8,4 toneladas. No balanço da Wheaton, consta que o lucro com a revenda desse ouro foi de US$ 1.977 por onça no ano passado. Meio bilhão de dólares para a Wheaton. Na outra ponta, a Vale extraiu 200 mil toneladas de cobre – US$ 2 bilhões a preço corrente de mercado. Esse é o jogo.

Alexandre Versignassi - Editor-executivo do InvestNews. Autor do livro "Crash – Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti. Foi diretor de redação das revistas Superinteressante e Você S/A 

“Essa operação [Suçuarana] não está respeitando o devido processo legal”, diz Comissão da OAB-AC


Por Wanglézio Braga - A atuação de órgãos ambientais na chamada Operação Suçuarana continua gerando revolta entre os produtores rurais do Acre. Durante reunião com deputados estaduais nesta terça-feira (17), na Assembleia Legislativa, a presidente da Comissão de Agronegócio da OAB-AC, Daniela Carvalho, fez duras críticas à forma como a operação vem sendo conduzida no campo.

Segundo Daniela, os produtores estão sendo surpreendidos nas propriedades, sem direito a defesa e sem acesso a advogados ou à Defensoria Pública. “Essa operação que foi deflagrada não está respeitando o devido processo legal. O que tem sido relatado é que o estado vem com toda a sua força, que as pessoas vêm sendo surpreendidas e sem poder acessar os seus advogados, nem mesmo a defensoria pública. Nós queremos que essa pessoa tenha devido acesso. As pessoas nem conseguem saber do que estão sendo acusadas, não recebem o mandado e são forçadas a assinar documentos sem entender o que está acontecendo”, denunciou.

A OAB informou que já enviou ofícios ao IMAC, Ibama e ICMBio cobrando explicações, pois nem os advogados conseguem acesso aos processos administrativos que resultaram nas autuações e embargos. “Como alguém vai se defender sem sequer saber qual o processo? Isso é muito grave”, afirmou a advogada.

Daniela também criticou o fato de uma operação desse porte ocorrer sem qualquer comunicação prévia aos órgãos de defesa dos cidadãos. “Chegam com 20, 30 pessoas nas fazendas, e o produtor fica completamente sem condição de contrapor. A OAB está tomando as providências dentro do que a lei permite”, finalizou.

Estoque nuclear da China cresce rapidamente e força de ICBMs pode igualar EUA e Rússia até 2030, diz SIPRI

A China possui pelo menos 600 ogivas nucleares e esse número “continuará crescendo na próxima década”, segundo o mais recente anuário do think tank sueco


O arsenal nuclear da China está crescendo “mais rápido do que o de qualquer outro país”, e sua força de mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs) pode potencialmente igualar a dos Estados Unidos ou da Rússia até o final da década, afirmou o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI), um centro sueco dedicado ao estudo de armamentos.

De acordo com o mais recente anuário do SIPRI, a China adicionou cerca de 100 ogivas por ano ao seu arsenal nuclear desde 2023. Atualmente, possui ao menos 600 ogivas, e esse número “continuará crescendo na próxima década”, segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira.

“A China… tem o arsenal nuclear de crescimento mais rápido do mundo”, disse o relatório.

Embora a maioria dessas ogivas esteja supostamente armazenada separadamente de seus lançadores, a China pode estar posicionando um pequeno número em mísseis — algo que os EUA e a Rússia fazem em escala muito maior. Segundo estimativas do SIPRI, 132 dessas ogivas já estão designadas a lançadores que estão em processo de carregamento.

Hans Kristensen, pesquisador sênior associado do SIPRI e diretor do projeto de informação nuclear da Federação de Cientistas Americanos, afirmou que diversos fatores podem explicar esse crescimento rápido, incluindo o apelo do presidente Xi Jinping de que a China “deve ser uma potência militar de classe mundial até meados do século”.

“[Pode ter havido] uma decisão aparente de que a dissuasão mínima anterior era insuficiente para impedir adversários potenciais, e possivelmente a conclusão de que os sistemas de defesa antimísseis cada vez mais avançados dos EUA poderiam reduzir a eficácia da capacidade de retaliação chinesa”, disse Kristensen.

O relatório apontou que, até janeiro, a China havia concluído — ou estava prestes a concluir — cerca de 350 novos silos de ICBMs em três grandes áreas desérticas no norte do país e três áreas montanhosas no leste. No entanto, ainda não estava claro se alguma dessas unidades já havia iniciado operação em prontidão de combate.

“Dependendo de como decidir estruturar suas forças, a China poderia ter pelo menos tantos ICBMs quanto os EUA ou a Rússia até o final da década, embora seu estoque de ogivas deva permanecer consideravelmente menor que o dos dois países”, afirmou o SIPRI.

Kristensen observou que, uma vez carregados e armados, os silos adicionais de ICBMs “claramente proporcionariam um poder destrutivo significativamente maior que a China poderia infligir aos EUA”.

“No entanto, ameaçar ataque com forças estratégicas centrais contra o território continental dos EUA em um cenário regional, como Taiwan, provavelmente não seria crível, pois desencadearia uma retaliação nuclear significativa dos EUA contra a China”, acrescentou.

As forças nucleares chinesas que provavelmente teriam papel em um cenário envolvendo Taiwan seriam mais regionalizadas, como os mísseis balísticos de alcance intermediário DF-26, que ameaçam instalações militares dos EUA na região. “Mas mesmo isso seria uma aposta arriscada, pois poderia escalar rapidamente para o uso de forças estratégicas”, afirmou.

Pequim considera Taiwan parte de seu território e admite o uso da força para reunificação. Os EUA, principal apoiador internacional de Taiwan, não reconhecem a ilha como independente, mas se opõem a qualquer mudança forçada do status quo e são legalmente obrigados a fornecer armas para sua defesa.

O SIPRI informou que, após a China modernizar seus mísseis DF-5 com veículos de reentrada múltiplos e independentes (MIRVs) — permitindo que um único míssil carregue várias ogivas para atingir alvos diferentes —, também passou a operar o míssil DF-41 com essa mesma tecnologia nos últimos cinco anos.

Caso a China venha a equipar todos os seus novos silos com mísseis de ogiva única, ela teria capacidade para posicionar cerca de 650 ogivas em seus ICBMs dentro de uma década. Mas se cada silo for equipado com mísseis portando três MIRVs, esse número poderia ultrapassar 1.200 ogivas, disse o SIPRI.

O aumento no número de países com programas de múltiplas ogivas poderia levar a um “rápido crescimento de ogivas implantadas” e permitir que Estados com armas nucleares, especialmente a China, “ameaçassem a destruição de um número significativamente maior de alvos”, acrescentou o relatório.

Segundo o SIPRI, a China está “no meio de uma significativa modernização e expansão de seu arsenal nuclear”, incluindo a substituição dos mísseis dos seus submarinos nucleares do tipo 094 por mísseis de maior alcance e o desenvolvimento de um novo submarino do tipo 096, além de bombardeiros estratégicos.

No entanto, o desenvolvimento do SSBN Tipo 096 parece estar enfrentando atrasos, e não está claro quantos submarinos com capacidade nuclear a marinha chinesa pretende operar.

“Os SSBNs chineses ainda não representam uma ameaça significativa ao território continental dos EUA, mesmo com os mísseis JL-3, de alcance intercontinental, lançados por submarino”, disse Kristensen. “Mas poderiam potencialmente ser usados contra alvos regionais ou contra o Alasca e o Havaí.”

Até janeiro, estimava-se que havia 12.241 ogivas nucleares no inventário global total, com EUA e Rússia juntos respondendo por cerca de 90% de todas as armas nucleares.

Quase todos os nove países com armas nucleares — além da China, EUA e Rússia, também Reino Unido, França, Índia, Paquistão, Coreia do Norte e Israel — continuaram com “programas intensivos de modernização nuclear em 2024, atualizando armas existentes e desenvolvendo novas versões”, disse o SIPRI.

Cerca de 9.610 ogivas estavam nos estoques militares com potencial de uso, das quais cerca de 3.910 estavam implantadas em mísseis e aeronaves. O restante estava armazenado em depósitos centrais.

Das aproximadamente 2.100 ogivas implantadas que permanecem em estado de alerta operacional elevado em mísseis balísticos, quase todas pertencem a EUA ou Rússia. No entanto, a China “pode agora manter algumas ogivas em mísseis mesmo em tempos de paz”, relatou o SIPRI.

“A era da redução do número de armas nucleares no mundo, que durou desde o fim da Guerra Fria, está chegando ao fim”, afirmou Kristensen. “Em vez disso, vemos uma tendência clara de crescimento dos arsenais, retórica nuclear intensificada e abandono dos acordos de controle de armas.”

Tanto os EUA quanto a Rússia lançaram extensos programas de modernização que podem aumentar o tamanho e a diversidade de seus arsenais.

Segundo o SIPRI, na ausência de um novo acordo para limitar estoques, o número de ogivas que os dois países implantam em mísseis estratégicos provavelmente aumentará após a expiração, em fevereiro do próximo ano, do tratado bilateral de 2010 sobre Medidas para a Redução e Limitação Posterior de Armas Ofensivas Estratégicas — o chamado New START. O tratado previa a redução pela metade dos lançadores de mísseis nucleares estratégicos.

Na introdução do anuário, o diretor do SIPRI, Dan Smith, alertou para os desafios que ameaçam o controle de armas nucleares e a possibilidade de uma nova corrida armamentista.

“O controle bilateral entre Rússia e EUA entrou em crise há alguns anos e agora está praticamente encerrado”, disse Smith, destacando a ausência de negociações para renovar ou substituir o New START. As exigências do ex-presidente dos EUA Donald Trump para que a China também limitasse seu arsenal nuclear “acrescentaram uma nova camada de complexidade às negociações”, afirmou.

“Os sinais indicam que uma nova corrida armamentista está se desenhando, com riscos e incertezas ainda maiores que a anterior”, alertou Smith.

Com o rápido avanço e uso de várias tecnologias na dissuasão e defesa nuclear — como inteligência artificial, capacidades cibernéticas, ativos espaciais, defesa antimísseis e tecnologias quânticas — “a ideia de quem está à frente na corrida armamentista será ainda mais difícil de medir do que na última vez”, concluiu.

“Nesse contexto, as antigas fórmulas numéricas de controle de armas já não serão suficientes.”


FONTE: SCMP

17 de jun. de 2025

Sr. Chico Rocha recebe título de cidadão tarauacaense


Câmara de Tarauacá – A Sessão Ordinária de hoje (17), foi marcada por um justo ato de reconhecimento à pessoa do Sr. Francisco Alves Rocha, mas conhecido como Chico Rocha.

Trata-se do pedido de cidadania tarauacaense solicitada pela vereadora Janaína Furtado pela dedicação e serviços prestados há anos ao município.

Acompanhado da família e após receber o título Sr. Chico emocionado proferiu algumas palavras:


“Agradeço primeiramente a Deus por poder estar presente na Câmara entre os vereadores e vereadoras e também por me permitir como nordestino sofrido ajudar a construir um pedaço do Acre, de Cruzeiro a Rio Branco. Trabalhei em tudo que foi possível na vida, portanto, meu sincero muito obrigado”.


Sr. Chico Rocha, é mais um nordestino (cearense), que veio para Tarauacá ainda jovem. 

Com apenas 21 anos de idade no início da década de 1960, foi trabalhar anos a fio em vários seringais, além de regatão, após, ingressou posteriormente no 7º Batalhão de Engenharia de Construção o conhecido (7º BEC). 

Nos dias atuais, atua na profissão de técnico em eletrônica, realizando consertos de rádios e televisores.

Ainda sobre a vereadora Janaína Furtado, a mesma apresentou para apreciação o PL Nº009/2025 para regulamentar o tempo de espera nas filas de bancos que operam no município de Tarauacá.

Outra proposta importante foi a do vereador Chagas Batista que solicitou uma 'Audiência Pública' com convite ao gestor municipal, o prefeito Rodrigo Damasceno, para debater sobre o ‘Plano Diretor’ do município. Batista disse que o próprio Plano Diretor prevê sua atualização após dez anos, tempo esse que o mesmo completa agora.

Para ele é necessário que os chamados trapiches tenham data de validade, proporcionando a população tarauacaense uma trafegabilidade mais acessível. Para isso ele propõe uma reforma urbana em que a prefeitura distribua lotes urbanizados para a população, e com a possibilidade de recursos já disponíveis do governo federal para construção dessas moradias.

Dois outros assuntos continuam sendo muito debatidos na plenária da Casa.

Um deles é sobre o trânsito da cidade de Tarauacá, sobre isso o vereador Árife apresentou um requerimento endereçado ao Diretor de Operações do DETRAN solicitando diversas providências como pode ser visto nas proposições abaixo relacionadas.

Outro assunto abordado pelos vereadores Isaac Moura e Totó tratou da demora no atendimento aos pacientes no hospital Dr. Sansão Gomes. Saúde tem sido um assunto recorrente entre os vereadores.

Para os vereadores é inadmissível em Tarauacá a população não dispor hoje de uma ultrassonografia.

DiárioCast: Os desafios de quem produz no Acre — Papo com Zé Filho

 

Plano de Israel para atacar instalação nuclear de Fordow pronto se a ordem for dada - IDF

Fordow é a instalação nuclear iraniana mais importante, que as FDI ainda não tocaram, mas apresenta desafios únicos, sendo que fica embaixo de uma montanha


O IDF disse na terça-feira que tem um plano pronto para atacar a instalação nuclear subterrânea de Fordow no Irã no momento em que o escalão político der a ordem.

Até agora, os funcionários da IDF foram evasivos quando questionados sobre quando atacariam Fordow, embora houvesse algumas negações abertas de que a IDF já havia atacado Fordow, quando tais relatórios falsos foram divulgados no fim de semana.

Fordow é a instalação nuclear iraniana mais importante, que as FDI ainda não tocaram, mas apresenta desafios únicos, pois fica embaixo de uma montanha.

Como as FDI não têm uma mega bomba destruidora de bunkers de 30.000 metros, que os EUA possuem, Israel tem tentado convencer Washington a retirar a instalação.

No entanto, apesar de não ter essa bomba, a Força Aérea tem outras técnicas para danificar ou causar desmoronamentos em Fordow, como lançar repetidamente bombas de 5.000 libras ou 2.000 libras repetidamente nos mesmos locais.

Fumaça sobe após um ataque israelense ao prédio da IRIB, a emissora estatal do país, em Teerã, Irã, em 16 de junho de 2025 (crédito: MAJID ASGARIPOUR/WANA (AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA ÁSIA OCIDENTAL) VIA REUTERS)


IDF pode terminar de eliminar as instalações nucleares mais importantes

Além de Fordow, o IDF disse que pode terminar de eliminar as instalações nucleares iranianas mais importantes dentro de mais uma semana.

As FDI dividiram o programa nuclear do Irã em três conjuntos de alvos: cientistas, instalações de enriquecimento e outras tarefas nucleares e instalações de comando.

Até o momento, as FDI atingiram dezenas de instalações nucleares, incluindo as grandes instalações de Natanz e Isfahan, duas das instalações mais proeminentes além de Fordow.

Paraguai se prepara para receber neste mês as suas primeiras aeronaves Super Tucano


Por Fernando Valduga - O Ministério da Defesa e a Força Aérea Paraguaia (FAP) estão finalizando os detalhes para a chegada das quatro primeiras aeronaves A-29 Super Tucano, prevista para o dia 27 de junho em um evento aberto ao público.

Para isso, o Ministério da Defesa está preparando um grande evento que será realizado na 1ª Brigada Aérea, em Ñu Guazú, com a presença do Presidente da República, Santiago Peña, e onde todos que desejarem ver de perto a nova aeronave serão bem-vindos.

Essas aeronaves foram adquiridas pelo Paraguai da empresa brasileira Embraer a um custo de US$ 105 milhões. Elas fazem parte de um pacote que inclui treinamento de pilotos, manutenção e garantia de um ano e um lote de peças de reposição. Elas serão utilizadas principalmente no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. A compra é financiada com um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e faz parte de um plano de modernização das Forças Armadas.


Atualmente, uma delegação liderada pelo Tenente-Coronel Fábio Crispín Candia Melgarejo está no Brasil realizando voos de teste e verificações técnicas na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, São Paulo. Essas aeronaves, amplamente utilizadas em missões de ataque leve, vigilância e treinamento avançado, começarão a operar no espaço aéreo paraguaio dias após o pouso, fortalecendo a capacidade de patrulhamento e patrulhamento de fronteiras do país contra o crime transnacional, segundo as Forças Armadas.

Os A-29 Super Tucanos são equipados com displays digitais, lançadores de flares, blindagem, designadores a laser e capacidade de lançar bombas guiadas. O Ministro da Defesa, Óscar González, afirmou que a legislação militar permite o abate de aeronaves irregulares com tiros de intimidação, por isso está confiante de que o espaço aéreo estará bem protegido.

“Serão quatro aeronaves que chegarão no dia 27 de junho, das seis que foram compradas. Teremos os portões abertos no quartel-general da Força Aérea Paraguaia para que os cidadãos possam vir e ver essas aeronaves que têm canhões incorporadas ao seu sistema de armas. Dois pilotos voarão nos Super Tucanos paraguaios, um responsável pela aeronave e o outro pelo uso do armamento. Temos condições de pousar essas aeronaves em pistas irregulares. A lei nos autoriza a disparar tiros de intimidação, e não há possibilidade de uma aeronave cruzar o território paraguaio para nos debochar”, afirmou o ministro.

As aeronaves contam com apoio logístico, peças de reposição e manutenção programada, além de estações para planejamento de missões, instruções e briefings, que fazem parte do contrato.

Além das aeronaves, a Força Aérea Paraguaia aguarda a chegada de dois radares que já pertenciam ao governo paraguaio, mas foram enviados a Israel para reparos por não estarem mais operacionais.



González reconheceu que ambos têm capacidade limitada, mas que com “boa localização e trabalho de inteligência”, os resultados serão positivos na detecção de voos irregulares. O Estado também adquiriu um radar com sistema de comando e controle dos Estados Unidos por US$ 45 milhões, com prazo de instalação de 30 meses pelo fornecedor. Isso significa que eles devem chegar em 27 meses.

Aproximadamente oito pilotos paraguaios que comandarão as novas aeronaves turboélices estão no Brasil recebendo treinamento especializado para operar essas aeronaves, que contam com tecnologia de ponta, de acordo com o Comandante da Aeronáutica, General Julio Fullaondo.

“O processo de treinamento de pilotos começou há algum tempo e continuará aqui. Quatro instrutores brasileiros virão, e o treinamento de pilotos levará aproximadamente três meses”, afirmou. Ele mencionou que, assim que pisarem em solo paraguaio, os aviões estarão operacionais.

“Eles estarão lá, voarão, mas há um período de treinamento de pilotos. Os oito pilotos que estão sendo treinados pelos instrutores brasileiros continuarão o curso aqui, e o curso levará aproximadamente três meses para ser concluído”, acrescentou.

“Essas quatro aeronaves farão parte das capacidades orgânicas de defesa do espaço aéreo da Força Aérea Paraguaia. Esses meios conferem ao nosso país a capacidade de defesa contra qualquer tipo de ameaça. E o inimigo atual que enfrentamos na região, como todos sabemos, é o narcotráfico e o crime organizado internacional”, afirmou o comandante militar sênior.

As aeronaves equiparão o Grupo Aerotático da FAP da 1ª Brigada Aérea de Luque, na Base Aérea de Ñu Guazú. A missão principal desses caças será a vigilância do espaço aéreo contra aeronaves ilegais, assistência em voo e patrulhas. Secundariamente, realizarão ataques, apoio aéreo aproximado e reconhecimento, mencionou o General Fullaondo.