31 de jan. de 2025

Colômbia fica sem voar helicópteros Black Hawk após sanções dos EUA

Petro desembarca de helicóptero Black Hawk | Foto: Polícia Nacional de Colombia

Carlos Martins - O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, ordenou a suspensão da operação helicópteros Black Hawk utilizados pela Polícia e pelo Exército da Colômbia em operações contra o narcotráfico.

Essas 22 aeronaves do modelo Sikorsky UH-60L Black Hawk, são de propriedade dos EUA e foram cedidas à Colômbia em pacotes de ajuda para combate ao tráfico de drogas. Agora elas ficarão fora de serviço por tempo indeterminado, como informa o portal parceiro Aviacionline.

A decisão ocorre no contexto da recente crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos, envolvendo a deportação de colombianos que estavam ilegais nos EUA, que segundo o presidente colombiano Gustavo Petro, estavam sendo mal tratados durante o transporte de volta para o seu país natal.

Além disso, a medida faz parte da política de restrição de fundos para assistência externa implementada por Trump, com exceções para programas de ajuda alimentar emergencial e assistência militar a Israel e Egito.

Os helicópteros, também empregados no transporte de tropas colombianas, estão localizados em Mariquita (Tolima), Putumayo e Bogotá. Além da suspensão do uso, também não serão fornecidas peças de reposição, manutenção ou combustível para sua operação.

Com isso, as forças de defesa e segurança da Colômbia ficarão sem nenhum helicóptero de médio ou grande porte, já que os russos Mil Mi-8 e Mi-17 de propriedade do governo também estão sem voar, pelo mesmo motivo: falta de peças.

Porém, no caso das aeronaves russas, o problema é a falta de suporte de Moscou, que tem destinado toda sua produção de componentes para as forças nacionais, no contexto de invasão da Ucrânia. Com isto, a Colômbia contará apenas com helicópteros pequenos, dos modelos Bell 206 JetRanger, UH-1/212 Huey e 412 Twin Huey para operações policiais, principalmente contra traficantes na região de selva do país.

Segundo o Noticias Caracol, a cooperação aérea dos Estados Unidos em operações antidrogas na Colômbia será reduzida, o que pode impactar as estratégias de segurança em diversas regiões do país.

UH-60 Black Hawk | Foto: Polícia Nacional de Colombia

Escola João Ribeiro entra em processo de tombamento


Por Reginaldo Palazzo – O Governo do Estado do Acre através da Fundação Elisa Mansour (FEM ), abriu o processo de tombamento para fins de inscrição em livro de Tombo, como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Acre para a Escola João Ribeiro situada na Av. Antônio Frota.

A escola João Ribeiro foi a 1ª Escola fundada no município de Tarauacá em 20/04/1921, no Governo Epaminondas Jácome.

Com o nome de Grupo Escolar João Ribeiro, era situada na R. Generalíssimo Deodoro.

A primeira diretora foi a Profª Ernestina de França Cardoso. 

Em 1952, a sede mudou para Av. Antônio Frota no Centro, onde se encontra até os dias de hoje. 

Em 1930 em um palco improvisado, foi representada a primeira peça teatral de autoria do Dr. José Potiguara da Frota e Silva, intitulada “Alma Acreana”, fantasia de costumes desta região.

RecriaTech: Criado no Acre, software pode revolucionar a pecuária de recria e engorda


Por Wanglézio Braga - A revolução digital chegou à pecuária acreana! Daniele de Souza Macedo é uma das criadoras do RecriaTech, um software inovador que visa oferecer soluções tecnológicas para pecuaristas de pequeno e médio porte que trabalham com recria e engorda intensiva. A proposta da ferramenta é otimizar o controle de peso do gado, gerar relatórios detalhados e auxiliar na tomada de decisão sobre o melhor momento para venda ou suplementação dos animais.

Daniele e sua equipe identificaram uma grande dificuldade dos pecuaristas em monitorar os ganhos de peso do gado e calcular se vale a pena manter o animal no pasto ou arrendar a terra para outra finalidade. O software também promete estabelecer conexões com frigoríficos, fornecendo tabelas de valores e informações sobre ofertas no mercado.

“Nós conseguimos, através do nosso software e aplicativo, trazer o máximo de clareza possível para quem vai utilizá-lo. Informamos o ganho médio diário dos animais, o tempo necessário para alcançar determinado peso e o custo diário para manter cada cabeça de gado”, explica Daniele.

No ano passado, durante a Expoacre, o grupo apresentou ao público que foi à feira. A sede do projeto fica em Rio Branco e há planos para incluir consultorias especializadas no futuro, ajudando os pecuaristas a aprimorarem o manejo do pasto, da alimentação e da hidratação dos animais.

A estudante de agronomia conta que a ideia surgiu da própria necessidade de sua família. Criada no meio agropecuário, Daniele percebeu que a atividade, antes vista apenas como lazer, precisava se tornar mais lucrativa. Hoje, com um rebanho de mais de 200 cabeças de gado e apoio de colaboradores, ela busca transformar a realidade da pecuária por meio da tecnologia.

Com o Recria Tech, a pecuária de recria e engorda intensiva ganha uma nova ferramenta para aumentar a eficiência e a rentabilidade dos pequenos e médios produtores. O software promete revolucionar a forma como os pecuaristas tomam decisões estratégicas, garantindo maior previsibilidade e controle sobre seus investimentos.

Avion Express anuncia que completou os voos para sua certificação como nova empresa aérea brasileira

Imagens: Divulgação – Avion Express


Murilo Basseto - A Avion Express, empresa do Grupo Avia Solutions, anunciou nesta sexta-feira, 31 de janeiro, a conclusão bem-sucedida dos voos de certificação, etapa final do processo para obtenção do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Avion Express Brasil. Com isso, a companhia aguarda agora a emissão oficial do documento pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que permitirá o início de suas operações no país.

Em comunicado, a empresa expressou entusiasmo com o marco alcançado e agradeceu à equipe envolvida no processo.

“Estamos animados em compartilhar que concluímos com sucesso os voos de certificação, a etapa final do processo de obtenção do Certificado de Operador Aéreo (COA) da Avion Express Brasil. O próximo passo? Receber oficialmente nosso COA, abrindo caminho para o início das operações no Brasil. Um enorme agradecimento à nossa dedicada equipe que tornou essa jornada possível. Fiquem atentos para mais atualizações emocionantes à medida que nos aproximamos do nosso lançamento oficial!”, destacou a empresa.

Conforme reportado pelo AEROIN, os voos de certificação foram iniciados na segunda-feira, dia 27 de janeiro, utilizando um Airbus A320 de matrícula PR-MLD. Após partir de São José dos Campos (SP), base de manutenção, para reposicionamento no Aeroporto de Campinas/Viracopos (SP), o jato passou pelos aeroportos de Salvador (BA), Rio de Janeiro/Galeão (RJ), Curitiba/Afonso Pena (PR), Belo Horizonte/Confins (MG), Brasília (DF) e Florianópolis (SC), retornando a São José dos Campos ontem, 30 de janeiro, após a conclusão dos testes.

Os voos de certificação são uma etapa crucial no processo de autorização de novas companhias aéreas, servindo para verificar os procedimentos operacionais e a conformidade com as normas regulatórias. Com a conclusão dessa fase, a Avion Express está próxima de se tornar oficialmente uma operadora aérea no Brasil, ampliando sua presença no mercado global de aviação.

Vale lembra que a empresa não oferecerá voos próprios de transporte de passageiros ou cargas, mas sim, será uma operadora ACMI, ou seja, que aluga aeronaves para outras empresas aéreas, incluindo tripulação, manutenção e seguro.

Explosão no preço da banana em Rio Branco: aumento de 216,9% no valor chama atenção


Por Wanglézio Braga - O mercado de banana em Rio Branco enfrenta um cenário alarmante. De acordo com o Boletim Hortifrutigranjeiro da Conab, os preços da fruta dispararam 216,9% nos entrepostos atacadistas da Ceasa/AC em dezembro de 2024, em comparação ao mês anterior. Esse aumento exponencial reflete a conjunção de fatores como a forte redução da oferta e o crescimento da demanda.

Em termos de volume, a oferta de bananas no Acre apresentou uma queda significativa ao longo do período analisado. Em dezembro de 2023, a Ceasa/AC registrou a entrada de 480.985 quilos da fruta. Esse número caiu para 275.725 quilos em novembro de 2024 e despencou ainda mais, alcançando apenas 244.565 quilos em dezembro de 2024.

A situação de Rio Branco acompanha uma tendência observada em outras regiões do país, como Belo Horizonte (18,31%), Rio de Janeiro (23,89%) e Recife (15%), que também registraram aumentos expressivos nos preços da banana. No entanto, a elevação em Rio Branco é, de longe, a mais significativa, colocando o Acre no centro das preocupações sobre a estabilidade do mercado da fruta.

Os dados nacionais reforçam o desafio: Minas Gerais, maior produtor entre os estados, liderou a oferta com 12.636.800 quilos em dezembro de 2024, enquanto o Acre contribuiu com apenas 232.815 quilos.

Especialistas apontam que a queda na oferta pode estar relacionada a fatores climáticos adversos e dificuldades logísticas, que impactam diretamente a produção e distribuição da banana. Com a situação atual, consumidores e comerciantes precisam buscar alternativas para enfrentar os altos custos. A população local está sentindo o peso no bolso, enquanto agricultores e distribuidores enfrentam o desafio de equilibrar a oferta com a demanda em um cenário econômico incerto.

Submarino Tonelero realiza imersão dinâmica


                 Guilherme Wiltgen 

Por Evellyn Sousa - A Itaguaí Construções Navais (ICN) alcançou ontem (30/01) mais um marco do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), com a realização da imersão dinâmica do Submarino Tonelero (S 42), o terceiro submarino de propulsão diesel-elétrica.

A Imersão Dinâmica tem como principal objetivo validar a capacidade de ocultação, permanência e recarga de baterias no mar, além de avaliar a operacionalização da guarita de salvamento e o controle atmosférico interno do submarino. Esse procedimento representa um importante marco industrial e precede entregas ainda mais desafiadoras.

A imersão dinâmica de um submarino ocorre quando o mesmo utiliza em conjugado, a sua propulsão e seus lemes horizontais, aliados ao seu casco hidrodinâmico, vencendo a resistência e o atrito com o meio líquido, direcionando o casco para baixo e mergulhando com o submarino sem a dependência dos seus tanques de lastro.

Para garantir a segurança e a precisão da manobra, diversos testes preparatórios foram conduzidos pela ICN para assegurar o sucesso da imersão. Além disso, a Marinha do Brasil, com o apoio do Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché (CIAMA), realizou uma rigorosa Inspeção de Segurança para reforçar a confiabilidade da operação e a preparação da tripulação.

Com a conclusão bem-sucedida da 1ª Imersão Dinâmica, a próxima fase será a Imersão em Grande Profundidade (IGP). Esse teste avaliará a resistência do casco às pressões exercidas em profundidades operacionais máximas, bem como o funcionamento de sistemas essenciais para a segurança e eficiência do submarino.

A previsão para a incorporação do submarino Tonelero à Marinha do Brasil é para o segundo semestre de 2025.

Déficit de 2024 fica em R$ 11 bi, excluindo gastos com o RS – formalmente dentro da meta

Rombo é de 0,09% do PIB. Incluindo o esforço contra as enchentes, são 0,36%. Margem de erro da meta permite até 0,25%

Foto: Getty Images/DNY59

O governo registrou um superávit primário de R$ 24 bilhões em dezembro, acumulando um saldo negativo total de R$ 43 bilhões em 2024, ou 0,36% do PIB, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional.

O dado inclui despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, como os gastos para mitigar efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Excluindo essas despesas, o déficit do ano cai a R$ 11 bilhões, segundo o Tesouro.

Lula chegou a dizer, pela manhã, que “se não fosse o Rio Grande do Sul, seria superávit”. Não é o caso, como se vê.

Os números dizem respeito à diferença entre receitas e despesas do governo, ou seja, o déficit primário. Não entra na conta o gasto com juros da dívida pública – que compõe o déficit nominal.

A meta fiscal de 2024 é déficit primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. Com o resultado, excluindo os gastos com o RS, o rombo ficou em 0,09% do PIB. A meta, então, foi formalmente cumprida.

As despesas totais de 2024 tiveram queda real (descontando a inflação) de 0,7% em relação a 2023, a R$ 2,2 trilhões.

Já a receita líquida do governo central, que desconta transferências a Estados e municípios, subiu 8,9% em termos reais sobre 2023, a R$ 2,16 trilhões.

30 de jan. de 2025

Especialista do Agro de SC gaba potencial do Acre: “Tem tudo para ser a porta de entrada do Brasil pelo pacífico”


Por Wanglézio Braga - O ex-prefeito de São Lourenço do Oeste (SC), Rafael Caleffi, esteve no Acre para palestrar para sindicatos rurais e saiu impressionado com a evolução do agronegócio no estado. Em entrevista exclusiva ao Portal Acre Mais, ele destacou o potencial agrícola local e criticou a burocracia que trava o crescimento do setor.

“Vim ao Acre há três, quatro anos e já vejo uma grande evolução. O associativismo e o assessoramento aos produtores estão cada vez mais fortes. Acredito que, unidos, os agricultores podem fazer a diferença”, afirmou.

Caleffi ressaltou que o Acre sofre as consequências ambientais de um passado de desmatamento no Sul e Sudeste do Brasil. “A Europa praticamente destruiu suas florestas e agora quer cobrar da Amazônia. Mesmo assim, os 20% de área explorável que o Acre tem são suficientes para desenvolver o agro”, declarou.

Um dos principais entraves para o agronegócio, segundo Caleffi, é a burocracia excessiva. Ele citou um modelo que deu certo no Sul do Brasil, onde consórcios municipais assumiram parte dos licenciamentos ambientais, reduzindo drasticamente o tempo de espera para autorizações. 

“No nosso caso, um processo que antes demorava até dois anos passou a ser resolvido em uma semana. O município é o elo mais próximo do produtor e precisa ter autonomia para acelerar as demandas do campo”, destacou. 

O ex-prefeito também compartilhou sua experiência com desburocratização no Sul do país e sugeriu que os municípios tenham mais autonomia para acelerar processos. “Criamos um consórcio intermunicipal que reduziu de dois anos para uma semana a emissão de licenças ambientais. O Acre pode seguir esse caminho para destravar o setor produtivo.”

Para Caleffi, o estado tem vantagens estratégicas que o colocam como peça-chave para o crescimento do agronegócio nacional. “O Acre tem um potencial gigante, tanto no café quanto no gado de corte e de leite. A ligação com o Pacífico através do Peru é um diferencial que pode transformar a região em um polo exportador. Já me sinto acreano, e saio daqui acreditando que este estado tem um futuro promissor”.

Governador Gladson Cameli reafirma compromisso com a proteção dos povos indígenas na 5ª Conferência da Ayahuasca

Encontro com Gladson Cameli foi apontado como de grande importância para as políticas públicas indígenas. Foto: Felipe Freire/Secom

Carlos Alexandre - Resgatando a autoestima e o orgulho de diversos povos indígenas, na última semana, a Terra Sagrada Yawanawa recebeu pessoas do Acre, Brasil e do mundo para a realização da 5ª Conferência Indígena da Ayahuasca. Realizado na aldeia no Alto Rio Gregório, de 25 a 30 de janeiro, a conferência é um espaço de deliberação dos povos indígenas sobre os usos, costumes e compartilhamento de conhecimentos sobre as medicinas tradicionais.

O governador Gladson Cameli esteve presente no último dia da conferência para recebimento da carta de recomendação elaborada pelos povos indígenas ao longo dos últimos dias. O chefe de Estado conheceu as imediações do evento e conversou com as lideranças indígenas presentes: “É uma honra retornar aqui na Aldeia Sagrada. Com atenção ouvi a carta e as reivindicações das lideranças, e como governador busco tornar um Acre melhor para todos que aqui vivem”, afirmou.

Na ocasião, o governador do Acre também agradeceu a participação de todos engajados na realização da conferência e na construção do documento reivindicador. Foto: Felipe Freire/Secom

O anfitrião da 5ª Conferência, cacique Ubiraci Brasil, destacou a importância do evento para os povos indígenas e reforçou a necessidade de um debate amplo sobre a regulamentação e proteção das medicinas tradicionais. Ele também expressou sua gratidão pela presença do governador Gladson Cameli e das autoridades de segurança pública: “Acompanho sua trajetória há muito tempo, e mais do que um gestor público, reconheço sua sensibilidade e respeito pela nossa cultura”.

Governador do Acre foi recebido pelo cacique da Aldeia Sagrada. Foto: Felipe Freire/Secom

Um dos principais requerimentos levantados pela conferência foi sobre a necessidade de maiores providências para o enfrentamento ao crime organizado, prezando por uma maior fiscalização nos territórios indígenas, combatendo ações criminosas que atentam contra a saúde da população e ao respeito às lideranças indígenas.

Carta de recomendação foi elaborada com a participação de diversos povos indígenas. Foto: Felipe Freire/Secom

Em resposta, Cameli reforçou o seu compromisso como governante: “Vamos reforçar cada vez mais a atuação da nossa segurança, buscando estar presente em todos os lugares. Com isso garantimos a honra dos povos originários que ajudaram a construir a nossa história”.

Governante acreano defende o respeito às tradições dos povos originários. Foto: Felipe Freire/Secom

Com a presença de membros da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Gladson Cameli também agradeceu o apoio fornecido pelo presidente da República e levantou: “Precisamos proteger a Ayahuasca, esse bem que só deve ser utilizado por aqueles que realmente o conhecem. Vamos tornar o Acre pioneiro na defesa dos povos da floresta, efetivando leis de proteção aos povos indígenas”.

O encontro também contou com a presença do secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, o qual agradeceu a receptividade das lideranças indígenas: “Os debates aqui abordados são fundamentais para os indígenas e para todo o nosso Brasil. Nossa missão é fazer segurança pública nos quatro cantos do país, e temos direcionado um olhar dedicado para a proteção das terras indígenas”.

Ele finalizou reconhecendo a participação estadual: “O governo do Acre é um grande parceiro da nossa República e sei que com o nosso financiamento e articulação conseguimos proporcionar mais paz para todos”.

O evento é realizado pela Coopyawa, Instituto Cultural Nixiwaka e o Instituto Yorenka Yasorentsi. E durante os cinco dias mobilizou cerca de 400 pessoas, com as perspectivas de povos indígenas do Brasil e de outros países como Colômbia, Peru, Guatemala, México, Estados Unidos, Egito e Indonésia.

O encontro foi enriquecido com diversos debates, com mesas temáticas que discutiram assuntos como o uso e a devida regulamentação das medicinas tradicionais fora das comunidades; o uso da Ayahuasca e demais medicinas indígenas para o tratamento de dependência química e o patrimônio genético indígena.

Torre avisou ao helicóptero sobre avião da American Airlines; o que se sabe do acidente nos EUA até agora

CRJ-700 da American Eagle | Foto: DepositPhotos


Por Juliano Gianotto - Na noite de quarta-feira (29), quase no final do dia no Brasil, um trágico acidente aéreo ocorreu em Washington, Estados Unidos, envolvendo uma aeronave de passageiros da American Airlines e um helicóptero militar. Ambas as aeronaves colidiram no ar e caíram no Rio Potomac, que estava parcialmente congelado, conforme noticiou o AEROIN logo nos primeiros momentos após o ocorrido.

O acidente envolveu o Bombardier CRJ-700, de matrícula N709PS, operado pela American Eagle, subsidiária da American Airlines e operado pela PSA Airlines, e o helicóptero militar Sikorsky Black Hawk, pertencente ao Exército dos EUA, com o indicativo de chamada PAT-25.

Informações de plataformas de rastreamento de voo, como AirNav Radar, ADS-B Exchange e FlightRadar24, indicam que o jato CRJ-700 da American Eagle foi registrado pela última vez a 350 pés de altitude (aproximadamente 100 metros), enquanto cruzava o meio do Rio Potomac, já em fase de aproximação para o Aeroporto Nacional Ronald Reagan de Washington.

Imagens e vídeos de câmeras de segurança captaram o momento da colisão no ar, seguida por uma grande explosão, com destroços em chamas caindo sobre o rio. 

De acordo com uma gravação de áudio, a Torre de Controle do Aeroporto Reagan informou aos pilotos do helicóptero Black Hawk sobre a aproximação do jato da American Eagle. Os militares confirmaram que visualizavam o avião e que iriam manter a separação por conta própria.


O que se sabe até o momento:

– Até o momento, sabe-se que o jato transportava 60 passageiros e quatro tripulantes, partindo de Wichita, Kansas, com destino a Washington. No helicóptero, estavam pelo menos três soldados dos EUA, mas nenhum líder sênior estava a bordo.

– O Aeroporto Nacional Reagan foi fechado imediatamente após o acidente, conforme informado pela Administração Federal de Aviação (FAA) e deve se manter inoperante até as 11h00 locais desta quinta-feira (30). Os voos foram desviados para o Aeroporto Internacional Marshall de Baltimore-Washington.

– As condições climáticas na hora do incidente, por volta das 20h53 (horário do leste), não eram incomuns, com céu limpo, visibilidade de 10 milhas (aprox. 16 km) e ventos sustentados de noroeste a 25,75 km/h, com rajadas de até 42 km/h.

– Na mais recente atualização, o helicóptero foi encontrado de cabeça para baixo na água, enquanto o jato foi quebrado em pedaços, segundo informações de um oficial de Washington, que preferiu permanecer anônimo. O oficial confirmou que nenhum sobrevivente foi encontrado até o momento, mas que vários corpos já foram resgatados, conforme reportado pelo Washington Post.

VH-60M Gold Top | Foto: U.S. Army/Master Sgt. Will Reinier

– Cerca de 300 socorristas de toda a região de Washington estão no local do acidente, conforme informou o chefe dos bombeiros de DC, John A. Donnelly Sr., durante uma entrevista coletiva no aeroporto. Donnelly mencionou que as condições estão difíceis, com escuridão e vento fortes sobre o rio, e descreveu a operação de resgate como uma tarefa que levaria “muitas horas” e possivelmente poderia durar dias.

– Os socorristas estão trabalhando em águas com aproximadamente 2,4 metros de profundidade e repletas de pedaços de gelo. “É perigoso e difícil trabalhar lá”, afirmou Donnelly. “E, como não há muitas luzes, estamos procurando em cada centímetro quadrado de espaço para tentar encontrar alguém.”

29 de jan. de 2025

7 Projetos de Lei e uma Emenda foram votados hoje pelos vereadores


Câmara Municipal -  Os vereadores votaram hoje (29), em Sessões Extraordinárias 07 projetos de Lei, 06 enviados pelo Executivo Municipal, com pareceres das Comissões Permanentes em caráter de urgência.

Todos os Projetos de Lei foram votados a favor por unanimidade.

Também enviado pelo Executivo Municipal foi votada em dois Turnos um ‘Projeto de Emenda à Lei Orgânica’, cujo qual, “Altera os dispositivos da Lei Orgânica Municipal de 05 abril 1990, especificamente os dispositivos §2º do artigo 21, inciso IV do artigo 26, e artigos 56, 68, 69, 70, 71 e 72”.


Sobre os PL(s)

O PL de Nº 001/2025 dispõe sobre a Estrutura Organizacional do Município de Tarauacá, e assim como os outros após a sanção pelo prefeito Rodrigo Damasceno, tornar-se-ão as Leis Municipais, Nº 1112, Nº 1113, Nº 1114, Nº 1115, Nº 1116, Nº 1117 e Nº 1118/2025 respectivamente.

Os outros PL(s) versam conforme a seguir:

PL Nº 002/2025 - Dispõe sobre revogações e disposições contrárias à transferência da equipe de limpeza urbana da Secretaria de Floresta e Meio Ambiente para a Secretaria de Obras.

PL Nº 003/2025 - Dispõe sobre revogação integral da Lei nº 1.093 de 26 de junho de 2024 que autoriza o Poder Executivo Municipal a criar a Unidade de Controle e Vigilância de Zoonoses.

PL Nº 004/2025 - Dispõe sobre os cargos de Agente de Contratação, Subagente de Contratação, Comissão de Contratação e Equipe de Apoio.

PL Nº 005/2025 - Dispõe sobre o reajuste do piso salarial profissional do Magistério Público Municipal do Município de Tarauacá, em conformidade com a Lei Federal nº 11.738/2008 e Portaria Interministerial MEC/Fazenda nº 13/2024.

PL Nº 006/2025 - Atualiza os valores da tabela salarial prevista no anexo l da Lei de Gestão Democrática do Ensino Municipal, de no. 900/2017, de 12 de abril de 2017, que versa acerca da Lei de Gestão Democrática do Ensino Municipal.

A Mesa Diretora da Câmara na pessoa do presidente Rangeles Viana também apresentou um Projeto de Lei, o sétimo votado.

Trata-se do PL de Nº 001/2025 que “Altera o Artigo 3º da Lei Nº 1.050 de 13 de julho de 2023, que dispunha sobre o Plano de Classificação, Empregos e Salários do Poder Legislativo Municipal de Tarauacá” no que foi aprovado por unanimidade.

As Sessões Ordinárias estão previstas para começar dia 04/02, próxima terça-feira.

Clique AQUI  para ter acesso aso arquivos originais.

Petro Bó, o retorno!

Lá vai eu ter que entregar minha idade novamente

Foto: Diário do Estado

Por Reginaldo Palazzo – Perco o mistério, mas não perco a resenha.

O saudoso Chico Anísio tinha um personagem chamado Pantaleão, um espertinho que vivia contando mentiras.

Além de Terta sua esposa que confirmava os causos, tinham os amigos do amigo que sempre presenciavam também.

Coadjuvante a esse “personagem” havia esse amigo bonachão sempre presente que só falava besteira, chamava-se Pedro Bó.

Esse é o típico personagem que o presidente da Colômbia representa ao ter tido o disparate te tentar lacrar com o atual presidente dos Estados Unidos da América.

Para um empresário nato como Trump, resistência é nada mais nada menos que um material onde possa passar corrente elétrica, algo físico onde ele possa ganhar dinheiro.

O Pedro Bó austral que é o 2º na linha de sucessão que fala sem pensar só esqueceu de dizer que contribuiu muito para a Colômbia estar atrasada devido a sua ideologia retrógada e ultrapassada, e que até onde foi criada já acabou.

O mesmo acontece em um tal país continental na América do Sul.

Não vou nem entrar no mérito da aviação de caça colombiana estar obsoleta e consequentemente suas Forças Armadas como um todo, mas sim ao fato do alarde ter sido criado por pessoas do amplo espectro político degenerativo e de repente se verem sem visto para ir visitar a Disney.

Ah não! Isso não! Aí já é demais Petro Bó, você foi longe demais!

Não deu meia hora depois da bravata para o futuro ex-presidente (dizem as más línguas que nem seus correligionários o aguentam mais), engolir seco e dar um meio sorrisinho sem graça, após só o início das sansões serem cogitadas pelo presidente dos Estados Unidos.

Mas calma lá cara pálida, o senhor não está só.

Mais ao sul tá cheio de caudilhos se coçando igual vossa excelência pra falar e fazer besteiras.

Então meninos e meninas, qual lição podemos tirar desse exemplo?

Quem não aguenta o trote não monta no burro, como dizia Getúlio Vargas, ou quem não pode com o pote não segura na rodilha, como dizia minha saudosa sogra.

Viram como é ruim não fazer o dever de casa?

28 de jan. de 2025

Entre cerveja e petróleo, JBS prefere ovos e compra metade da Mantiqueira por R$ 920 milhões

Gigante de alimentos completa portfólio com a proteína que faltava e adquire líder do setor no Brasil

Ovos da Mantiqueira, nova empresa do grupo JBS (Divulgação)


Por Rikardy Tooge - A JBS colocou em seu portfólio a proteína que falta: o ovo. A gigante de alimentos anunciou há pouco a compra de 48,5% do capital social e 50% do capital votante da Mantiqueira, maior produtora de ovos do país, por algo em torno de R$ 920 milhões, avaliando a empresa em R$ 1,9 bilhão. A operação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Poucos dias após especulações sobre a compra do Grupo Petrópolis, dono da Itaipava, e de campos de petróleo, a J&F mostrou que ainda está mais preocupada com seu negócio principal: a produção de proteínas. A compra da Mantiqueira era negociada há mais de um ano e confirma a estratégia da J&F, da família Batista, no setor de alimentos: buscar líderes de mercado em seus segmentos.

O formato do negócio é diferente do que a JBS constuma fazer. Neste caso, a gestão será compartilhada com o fundador da Mantiqueira, Leandro Pinto. Atualmente, a Mantiqueira possui mais de 3 mil funcionários, capacidade estática de 17,5 milhões de aves e conta com capacidade para produzir 4 bilhões de ovos por ano e focada em ovos de galinhas livres.

Desde 2020, a Mantiqueira opera em seis estados brasileiros e exporta para mercados da América do Sul, Ásia, África e Oriente Médio. A empresa é responsável por marcas renomadas como Happy Eggs, que lidera o segmento de galinhas livres, e Fazenda da Toca, referência em ovos orgânicos. “Este acordo representará para a JBS o ingresso no setor de ovos e reforça sua plataforma global diversificada por geografias e por proteínas”, disse a JBS, em comunicado.


Mercado de ovos

O interesse em ovos foi impulsionado pela forte expansão do setor, tanto no Brasil, onde o mercado cresceu dois dígitos nos últimos dois anos, quanto internacionalmente, disse o CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, em uma entrevista. “Estamos entrando na categoria de ovos porque ela tem crescido em todo o mundo e tem uma penetração muito alta no consumidor.”

Os preços dos ovos aumentaram em quase dois terços nos EUA no ano passado, segundo dados oficiais. A Bloomberg Intelligence disse que é provável que eles permaneçam elevados no primeiro semestre de 2025 devido às preocupações de que a gripe aviária, que atingiu países desde a França até os EUA e a Nova Zelândia, se espalhe ainda mais. Até o momento, o Brasil conseguiu evitar qualquer surto.

A JBS é a maior produtora de frangos do mundo e tem negócios avícolas no Brasil, nos EUA, no México e na Europa. A empresa poderia aproveitar essas operações para ajudar a expandir seu negócio de ovos, disse Tomazoni.

Ainda assim, o abastecimento do mercado norte-americano não é o “foco” da aquisição, disse Marcela Rocha, diretora executiva de assuntos corporativos da JBS, na mesma entrevista.

A compra também reforçou a estratégia da JBS de se expandir além de seus negócios principais de carne, e o objetivo final é se tornar um dos dois maiores produtores de ovos do mundo, disse Tomazoni. Produtos de marca, como ovos orgânicos, também seriam um foco no mercado doméstico, disse ele.

*Com informações de agências

Prefeitura de Rio Branco rebate denúncia de vereador sobre compra de mosquitos transgênicos para combate à dengue

Rennan: “A eficácia do método já foi comprovada em outros municípios, que registraram redução de até 96% da população do mosquito” (Foto: Val Fernandes/Secom)


Luiz Cordeiro / Assecom - Uma denúncia protocolada pelo vereador André Kamai (PT) nessa segunda-feira (27), no Ministério Público do Estado e no Tribunal de Contas, gerou reações da Prefeitura de Rio Branco, nesta terça-feira (28). O parlamentar questiona a compra, no valor de R$ 4,5 milhões, feita pela gestão municipal para a aquisição de mosquitos geneticamente modificados, conhecidos como “Aedes do Bem”.

Em entrevista coletiva à imprensa, o secretário municipal de Saúde, Rennan Biths, defendeu a iniciativa, afirmando que o “Aedes do Bem™ é uma solução biológica inovadora, segura e eficaz no combate ao mosquito Aedes aegypti, principal transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika vírus.

“A eficácia do método já foi comprovada em municípios como Piracicaba e Indaiatuba, que registraram redução de até 96% da população do mosquito nas áreas tratadas”, explicou o secretário.

O secretário ressaltou ainda que o processo de contratação da remessa piloto obedeceu rigorosamente aos critérios legais e foi acompanhado pela Procuradoria-Geral do Município (PGM). Ele também informou que, em dezembro de 2024, diante da ameaça iminente de surtos de arboviroses, foi realizada uma reunião de alinhamento com a empresa distribuidora do material, com o objetivo de repactuar as entregas em lotes, respeitando as datas de validade do produto.

“As compras foram realizadas por meio de um distribuidor autorizado, e não diretamente com o fabricante”, enfatizou.

O secretário também rebateu acusações que circulam nas redes sociais, as quais, de acordo com ele, induzem a população a acreditar que houve irregularidades no processo. Em dezembro, a Prefeitura de Rio Branco e o Governo do Estado anunciaram, em coletiva de imprensa, uma série de ações de combate ao Aedes aegypti, incluindo a adesão à mobilização nacional contra o vetor. Desde o dia 15 de janeiro, equipes do governo do Estado também acompanham os trabalhos realizados na capital. O próprio governo federal, como estratégia, adotou o uso de insetos estéreis em comunidades indígenas.

Rennan afirmou que a saúde da população é prioridade para a gestão municipal e que a prefeitura seguirá comprometida em implementar medidas efetivas e responsáveis para enfrentar os desafios impostos pelas arboviroses. Ele também garantiu que o material ainda não foi exposto ao meio ambiente.

“Esse material não foi ainda exposto ao meio ambiente. Nós estamos trabalhando com um cronograma porque é uma tecnologia nova, um controle biológico. Então requer que a gente tenha uma dinâmica tecnicamente robusta para que ele apresente os resultados esperados. Esse processo foi realizado no ano passado, obedecendo todo o rito legal. Foi dada a ordem de entrega do produto e o pagamento foi realizado pela gestão na época”, concluiu Rennan.

Brasil embarca pela primeira vez suínos de alta genética em voo especial com destino à Colômbia

Em 2023, país passou a importar animais do topo da pirâmide genética para consolidar a criação nacional; Mapa ajustou processo de olho no bem-estar animal e segurança agropecuária


Ministério da Agricultura e Pecuária - No último domingo (19), o Brasil exportou, pela primeira vez, suínos reprodutores de alta genética para a Colômbia via aérea por meio de voo com a Avianca Cargo. A operação foi feita pela Granja Elite Gênesis, empresa da Agroceres PIC, localizada em Paranavaí (PR), mas exigiu, nos últimos dois anos, ajustes nos procedimentos de importação e exportação que foram articulados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

O protocolo adotado foi semelhante àquele implementado pela Receita Federal e Anvisa para as vacinas e insumos contra a Covid-19, em 2021, cuja agilidade até hoje é considerada case de sucesso internacional.

Essas adequações envolveram diversos atores, como o importador, seu representante legal, os órgãos anuentes, como Receita Federal e Mapa, além do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), única porta de entrada e saída de suínos por via aérea no Brasil.

A finalidade dos ajustes foi acelerar o processo de recebimento de embarques com grandes quantidades dos animais de altíssimo valor que passariam a compor o núcleo genético brasileiro.

A preocupação do Mapa e das empresas privadas envolvidas era que esses animais selecionados, importados dos Estados Unidos e Canadá a partir de 2023, ficassem em situação confortável o mais depressa possível ao chegarem em Viracopos, o que foi coordenado pela chefia do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

A importação desses animais de elite compôs a base do plantel que agora permite que o Brasil atinja um novo patamar na criação suína.

Antes desses ajustes, o chamado “desembaraço” – processo de liberação de cargas importadas – levaria cerca de 24 horas para a quantidade de animais recebida. Agora o processo pode ser concluído em 8 horas.

“Os suínos utilizados como matrizes genéticas são animais criados em ambientes controlados, sendo sensíveis a condições climáticas desfavoráveis como exposição prolongada ao sol, altas temperaturas, frio, vento, que podem levá-los à óbito ou comprometimento do seu potencial genético. Assim, as tratativas para agilidade na conferência e liberação deste tipo de carga visam a saúde e o bem-estar animal, reduzindo o risco de mortalidade”, explica Rita Lourenço, chefe do Vigiagro de Viracopos, vinculado ao Mapa.

De março a setembro daquele ano de 2023, desembarcaram naquele aeroporto 7.500 animais desse padrão em oito voos, destinados a duas empresas: a Agroceres PIC e a Topigs.

“Nunca o país havia recebido quantidade tão expressiva de matrizes de suínos, em uma única importação, e nem tantas importações de grandes quantidades de matrizes em um mesmo ano. Daí a iniciativa de articulação para conferência e liberação diferenciada”, explicou Rita.

Ela reforça que todos os animais, sem exceção, eram provenientes de uma quarentena nos países de origem, sob controle da autoridade sanitária oficial. Ao desembarcar em Viracopos e passar pelos procedimentos oficiais, os animais foram transportados em caminhões lacrados até a Estação Quarentenária de Cananéia (EQC), do Mapa.

Ali eles ficam um período em observação, antes de serem liberados para o destino final, “ou seja, mantendo sob controle o risco sanitário”, disse a chefe do Vigiagro.

Em Cananéia, uma parceria público-privada firmada em 2016 uniu a Associação Brasileira das Empresas de Genética de Suínos (Abegs), responsável pelo aporte financeiro; a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), responsável pela avaliação genética e genealógica dos animais; e o Mapa, representando o Governo Federal. Em novembro de 2021, essa parceria permitiu ampliar e adaptar as instalações da estação quarentenária para receber os animais importados.

Graças a todas essas articulações e investimentos, as duas empresas consolidaram seus plantéis de elite de suínos reprodutores, permitindo que agora o Brasil exporte animais de altíssimo valor genético para outros países.

Se um dia precisar escapar de um incêndio em um carro elétrico, eis o que é preciso saber

Dirigir um carro elétrico em uma emergência no caso de um incêndio tem seus próprios desafios e benefícios 

Um poste de luz caído na estrada durante o incêndio de Eaton em Altadena, Califórnia, EUA. Foto: Michael Nigro/Bloomberg

Por Becky PetersonOs incêndios ocorrendo em Los Angeles testaram os veículos elétricos no mundo real. Os desafios incluem tudo, desde quedas de energia até engarrafamentos e ordens de evacuação rápidas.  

A localização dos incêndios se destaca porque a Califórnia abriga mais de um terço de todos os veículos elétricos registrados nos EUA. Alguns desses carros movidos a bateria foram destruídos nas chamas, criando obstáculos únicos para as equipes de limpeza encarregadas dos escombros.

Aqui está o que você precisa saber se estiver dirigindo um carro elétrico nessa situação: 


Que tipo de desafios os veículos elétricos enfrentam em um incêndio? 

O carregamento pode ser difícil em uma situação de evacuação. Mesmo os Superchargers da Tesla — a opção mais rápida para motoristas que desejam reabastecer rapidamente — podem levar 15 minutos para carregar a bateria o suficiente para viajar 300 quilômetros. Isso pode levar a longas filas quando todos estão com pressa para sair ao mesmo tempo.

No caso dos incêndios de Los Angeles, alguns motoristas enfrentaram apagões nos locais de carregamento ou longas esperas nas estações que permaneceram abertas. Um motivo: em estados propensos a incêndios, como a Califórnia, as empresas de serviços públicos frequentemente desligam a energia como medida de precaução para evitar que a infraestrutura elétrica pegue fogo. Essas interrupções impedem que as pessoas carreguem o carro em casa e podem fechar outras instalações de carregamento público. 

Veículo elétrico destruído pelo Eaton Fire, em Altadena, Califórnia (EUA)

A falta de energia não afeta apenas os carros elétricos. Os motoristas de veículos com motor a gasolina podem achar que não há problema, mas os postos de abastecimento também podem parar se a eletricidade acabar. 

“Se houver uma interrupção na rede, as estações de recarga ficarão offline e, em geral, os postos de gasolina também”, disse Albert Gore, diretor executivo da Zero Emission Transportation Association, grupo de defesa de veículos elétricos. 

Os motoristas de veículos elétricos devem se planejar com antecedência. Por exemplo, é preciso prestar muita atenção aos níveis da bateria de seu carro durante a temporada de incêndios e considerar investir em baterias portáteis para estender o alcance do veículo em uma situação de emergência. 

“O planejamento proativo e a conscientização podem ajudar a mitigar os riscos durante as evacuações de incêndios”, disse Greg Less, diretor do Laboratório de Baterias da Universidade de Michigan. 


Quais são as vantagens de um veículo elétrico em um incêndio? 

Quando parados em engarrafamentos, os veículos elétricos tendem a economizar mais energia do que os veículos com motor a gasolina porque usam pouca energia quando parados. 

Para quem ficar sem energia, certos carros elétricos também podem funcionar como baterias portáteis. 

Alguns modelos maiores movidos a bateria — como o F150 Lightning da Ford, o Ioniq 5 da Hyundai e o Cybertruck da Tesla — suportam carregamento bidirecional, recurso que transforma o EV em uma fonte de energia de backup quando combinado com o conversor certo. A bateria embutida pode alimentar uma casa durante um apagão ou carregar outro carro. 

E embora os motoristas de veículos elétricos possam enfrentar longas esperas em estações de carregamento públicas, eles sempre podem encontrar energia na próxima vez que estiverem perto de uma tomada.

“O benefício dos veículos elétricos é que você pode recarregar em qualquer lugar onde haja eletricidade”, disse Gore. “Você pode conectar em qualquer lugar onde haja eletricidade disponível.”


É mais difícil apagar o fogo de um veículo elétrico do que de um carro com motor a gasolina?

É verdade que os bombeiros muitas vezes lutam para apagar o fogo de veículos elétricos, que podem queimar por mais tempo e exigir equipamentos especiais. O design complexo da bateria dificulta o acesso da água à fonte do fogo.

“Jogar água no veículo não apaga o fogo. Você precisa conseguir direcioná-la para o interior do compartimento da bateria, que fica no piso entre várias camadas de metal”, disse Dalan Zartman, diretor de operações da Energy Security Agency, empresa de consultoria especializada em resposta a emergências de veículos elétricos. 


O que acontece se eu perder meu carro em um incêndio?

Quem tiver seu veículo elétrico destruído, o primeiro passo é entrar em contato com a seguradora. Esta provavelmente enviará ao proprietário um cheque para cobrir os danos, basicamente comprando o carro do segurado. Depois disso, Zartman aconselha os proprietários a entrar em contato com o corpo de bombeiros local para informá-los sobre o status do veículo, o que pode ajudar as autoridades na coordenação da limpeza. 

Os materiais altamente tóxicos usados nas baterias de carros elétricos podem representar riscos para os trabalhadores que tentam remover os destroços. Além disso, como as seguradoras geralmente são proprietárias dos carros, essas equipes geralmente não têm autoridade legal para descartar adequadamente os carros carbonizados em propriedades privadas, disse Zartman. 

“Não podemos simplesmente pegar o veículo elétrico de alguém”, acrescentou.

Escreva para Becky Peterson em becky.peterson@wsj.com