A Romênia pode ser o primeiro país a restaurar a monarquia no século XXI

Folha da Puba /Raimundo Feitosa - 61 % da população romena ainda se declara republicana, mas admira sua realeza, outros defendem que uma consulta popular é necessária para que o povo decida o regime político a ser adotado no país. A crescente corrupção na República da Romênia abre os olhos de seu povo a uma possível restauração monárquica, a reiterada inconformidade com o sistema republicano no país faz cada vez mais com que o povo volte seus olhos ao antigo regime deposto pelo comunismo na primeira metade do século XX.

Alguns dias atrás a Rainha Anne da Romênia veio a falecer, em seu velório era possível perceber a presença de várias pessoas que apoiam uma Monarquia Constitucional, estes ostentavam os símbolos da monarquia deposta, hastearam a bandeira e cantaram seu hino.

A Monarquia foi extinta na Romênia em 1947 pelo Governo comunista, em 1989 ocorre uma revolução no país que restabelece a democracia, pois, até então se encontrava nas mãos do ditador comunista Nicolae Ceaușescu. O país mesmo após a redemocratização assim como o Brasil foi tomado por inúmeros casos de corrupção em diferentes instituições do Estado. O advogado de 23 anos Ruxandra Rovania, afirmou ao Jornal El Confidencial que a Casa Real foi a única instituição que não se deixou corromper, e acredita que iria amar viver em uma Monarquia Constitucional.

O El Confidencial também afirmou em reportagem que dois terços acreditam que teria sido melhor restabelecer a monarquia no momento após a revolução que os livrou do comunismo em 1989 de acordo com um levantamento de março deste ano. 62 % dos que escolheram a República sete em dez não sabem responder o motivo da escolha e 61% confiam na Casa Real para a chefia do Estado. Em outras pesquisas apontam que 30 % são favoráveis a restauração da Monarquia. Os lideres da Causa Monárquica apoia a realização de uma consulta popular ainda este ano para determinar o regime que o país deve adotar.

A Romênia mantem um sentimento ainda íntimo com seu antigo regime devido o reconhecimento pela população das instituições monárquicas e sua realeza. Membros da família real mantem a oficialidade em questões diplomáticas para estabelecer acordos com outros países da Europa como, por exemplo, o ingresso à União Europeia. Todo esse sentimento cultural, respeito e inconformismo com o atual sistema fazem da Romênia a República mais próxima de se tornar uma monarquia, acompanhada por Portugal que mantem os títulos de Duque de Bragança e reconhece seu importante papel na cultura do país e na representação do povo em questões internacionais, onde o Duque de Bragança possui passaporte diplomático e representa o país em eventos oficiais.

O movimento Monarquista brasileiro é uma força crescente, e o que tem em comum com os movimentos de outros países é a insatisfação e fracasso do Republicanismo que tombam em corrupção, disputas políticas partidárias, e mantem privilégios a classe política que impede o desenvolvimento da maioria das repúblicas que existem no mundo, levando as nações a serem governadas por meio de corrupção, ou como já vi aqui nos Jusbrasil o professor Luiz Flávio Gomes falar, as “Kleptocracias”. Acreditamos que assim como outros sistemas que um dia caíram por terra, as repúblicas como conhecemos também caíram, como isso, a humanidade passará pelas eras buscando o aprimoramento do convívio social e da democracia que ainda é considerada o melhor sistema para seguir, seja em uma Monarquia Constitucional bem desenvolvida em sua participação popular como a Noruega ou em uma República como a Suíça que adota um sistema totalmente diferenciado da maioria.

O momento que o Brasil enfrenta requer mudanças robustas para enfim encontrar seu caminho, já foram 6 Constituições republicanas, ou seja, 6 erros com o mesmo resultado.

Leia a reportagem do Jornal El Confidencial.

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