Apenas no 4º trimestre de 2019, o lucro líquido da estatal ficou em R$ 8,153 bilhões, uma alta de 287,87% sobre o mesmo período do ano anterior
Anderson Figo - A Petrobras (PETR3 ; PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 40,137 bilhões em 2019, um crescimento de 55,7% sobre o valor registrado em 2018. A cifra também representa o maior lucro nominal da história das empresas de capital aberto, segundo a Economatica.
Apenas no quarto trimestre de 2019, o lucro líquido da estatal ficou em R$ 8,153 bilhões — uma alta de 287,87% sobre o mesmo período do ano anterior. O valor, no entanto, veio abaixo das estimativas de analistas consultados pela Bloomberg, que previam ganho de R$ 11,288 bilhões nos três últimos meses de 2019 para a companhia.
O Ebitda ajustado da companhia (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ficou em R$ 129,249 bilhões em 2019, um aumento de 12,54% sobre 2018.
Apenas no quarto trimestre, a cifra foi de R$ 36,529 bilhões, um avanço de 25,27% sobre o valor registrado entre outubro e dezembro do ano anterior. O dado, porém, ficou um pouco abaixo dos R$ 37,970 bilhões projetados pelos analistas ouvidos pela Bloomberg.
Já a receita de vendas da estatal caiu 2,58% em 2019, na comparação com 2018, totalizando R$ 302,245 bilhões. No último trimestre do ano passado, a receita de vendas ficou em R$ 81,771 bilhões, ligeira queda de 1,22% sobre o mesmo período de 2018 e abaixo das estimativas de R$ 85,434 bilhões do mercado.
Segundo a Petrobras, em termos da composição da receita de vendas, o diesel continua sendo o produto mais relevante, representando 48% das receitas com vendas de derivados no mercado interno, seguido da gasolina, com 22% das vendas.
“As receitas líquidas caíram 2,6% em 2019, apesar do aumento expressivo das exportações de óleo e derivados e do aumento de receita de gás natural, devido à redução de 2% do Brent em reais, o menor volume de derivados vendidos a preços menores, com destaque para gasolina e nafta”, explicou a estatal em seu balanço.
A Petrobras afirmou ainda que “também contribuíram para a queda nas receitas a redução da receita das unidades no exterior, refletindo a venda dos ativos de E&P [exploração e produção] na Petrobras America, distribuidora no Paraguai e refinaria de Pasadena.”
Dívida
A dívida líquida da estatal teve um avanço de 4,56% desde o fim do terceiro trimestre de 2019, chegando a US$ 78,861 bilhões em dezembro, também acima dos US$ 69,378 bilhões apresentados um ano antes (+13,67%).
“A dívida líquida aumentou 4,6% devido ao uso de recursos para pagamento de bônus referente ao leilão do excedente da cessão onerosa no mês de dezembro de 2019”, disse a Petrobras.
“A desalavancagem é uma prioridade para a Petrobras, cujo objetivo é reduzir a relação dívida líquida/Ebitda ajustado para 1,5x em 2020, considerando os efeitos do IFRS 16. Em 31 de dezembro de 2019, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado era de 2,41x considerando os efeitos do IFRS 16, um aumento em relação ao índice de 2,40x em 30 de setembro de 2019. Excluindo os efeitos do IFRS16, a relação dívida líquida/Ebitda ajustado reduziria de 1,96x para 1,95x”, completou a empresa.
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