21 de fev. de 2014

VÍDEO DA NTN24 RESUME A NOITE DE CAOS NA VENEZUELA

FELIPE MOURA - Este vídeo da emissora NTN24 resume boa parte do meu “plantão” da madrugada no Facebook – cujas informações atualizo em seguida e do qual meu sono está se recuperando até agora – sobre o caos na Venezuela na noite de ontem, quarta-feira, 19 de fevereiro. Assista:



O homem a que nenhum “uniformado” prestou socorro foi identificado como Roberto Ulises González, de 37 anos, comerciante e estudante do nono semestre de Direito da Universidad Santa María, baleado à queima-roupa na virilha por um provável guarda nacional bolivariano por volta das 22 horas e levado para o Hospital Miguel Perez Carreño, após ficar estirado na esquina de Brisas de Gamboa com Av. Panteón.


Hector Carden morto Venezuela

Está vivo, mas em situação delicada, e os familiares pedem por doadores de sangue. Seu tio, Marco González, afirmou que Roberto tentava intermediar negociações entre manifestantes e um grupo de 12 guardas quando um deles disparou. O vídeo estarrecedor dos disparos e da indiferença subsequente ao homem ferido no chão circulou avulso nas redes sociais com o título “Guardias Nacionales matan a joven en Av Panteon“, que supunha erradamente sua morte.


José Alejandro Marquéz, inicialmente confundido com Roberto nas redes sociais, também teria sido baleado na cidade e, correndo para se proteger, teria caído e ferido a cabeça. Está em coma no Centro Médico de Caracas, segundo comunicado de Carlos Julio Rojas.

O homem perseguido por guardas nacionais a partir de 1min52seg do vídeo “CARACAS. 19F GNB Dispara a civil en La Candelaria” – cujo começo aparece na matéria da NTN24 a 1min15seg, com a chegada do veículo policial na rua obstruída por manifestantes – foi identificado como Francisco Garcia. Ele levou um tiro de suposta arma de fogo 9 mm no pé esquerdo, mas já recebeu alta. A Guarda Nacional Bolivariana, em tese, não pode usar armas de fogo nas manifestações.

Geraldin Moreno Orozco, 23 anos, estudante do 6º semestre de Citotecnologia da UAM (Universidad Arturo Michelena), ferida no rosto à bala de chumbo durante protesto no bairro de Tazajal, na cidade de Naguanagua, no estado de Carabobo, foi levada para a Clínica Metropolitana.


A mobilização nas redes sociais em busca de um cirurgião maxilofacial e um oftalmologista que pudessem operá-la se somou imediatamente a outra por contribuições para arcar com as despesas. O prefeito de Naguanagua, Alejandro Feo LaCruz, falou com a mãe da estudante e ofereceu apoio. Geraldine passava por tratamento de desinflamação na UCI (Unidad de Cuidados Intensivos) para que pudesse ser operada, até que entrou de emergência na sala de cirurgia por volta do meio-dia de hoje com suspeita de derrame cerebral. Seu estado é grave.

Um tuíte de Alejandro Marin descreveu assim a situação na Venezuela ontem: “Valencia parece un infierno, Puerto Ordaz y Maracaibo un campo de guerra, Táchira un ring de boxeo y Caracas una cámara de gas.” Há vários outros vídeos da noite caótica de 19 de fevereiro [como este; e este] que dão uma ideia ainda maior da licença que tupamaros, milícias e demais forças do Estado parecem ter para atirar contra a população, naquele país onde a vida já não vale mais do que o rolo de papel higiênico faltante. É que, segundo a nota oficial do PT, “o Governo Venezuelano está empenhado na manutenção da paz”. Pois é. Imaginem se não tivesse.


Resumo dos protestos no mundo
Meme de Zé Oswaldo. Como vínhamos dizendo…

PS: Já imaginaram a repercussão que PSOL, Mídia Ninja, Black Blocs e companhia dariam a imagens como essas (acima e abaixo) se a Guarda Nacional Bolivariana fosse a PM?

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