Ana Cristina da Silva trabalhava em garimpos controlados por traficantes
Centro de Boa Vista, em Roraima (Divulgação) |
VEJA - Uma brasileira de 33 anos foi assassinada, mutilada e teve seu corpo exposto em praça pública em uma cidade da Venezuela, informa o jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira. O crime aconteceu em 27 janeiro na cidade de Las Claritas, região garimpeira que fica próxima a fronteira com Roraima, no norte do Brasil.
Os parentes, que moram em Boa Vista, acreditam que Ana Cristina da Silva, de 33 anos, foi assassinada por vingança. De acordo com o tio da vítima, Edivan da Silva, Ana Cristina teria testemunhado "algo ligado a execuções ou tráfico de drogas", e falado sobre o que viu para a namorada de um dos bandidos. "Ela foi executada dessa maneira para servir de exemplo aos moradores da região", informou Silva. Ele contou que sua sobrinha foi esganada com arame farpado, teve a língua cortada e o corpo foi exposto ao público.
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O governo de Roraima e o Ministério das Relações Exteriores não foram procurados pela família da vítima, informou o jornal. O caso está sendo investigado por uma delegacia em San Félix, cidade a mais de 350 Km de Las Claritas. Atraídos pelo ouro, muitos brasileiros vivem na região onde a brasileira foi assassinada e, segundo o tio de Ana Cristina, milícias e traficantes controlam os garimpos. "Ela sempre falava que uma parte do ouro extraído era entregue a policiais corruptos e traficantes", disse.
Silva informou ainda que trabalhando no garimpo Ana Cristina era paga em ouro. Seus rendimentos variavam de cinco a oito salários mínimos por mês. A família não pretende acompanhar as investigações pois considera que as autoridades venezuelanas não têm interesse em esclarecer o crime. O corpo de Ana Cristina foi levado da Venezuela para Boa Vista, onde foi sepultada.
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