7 de abr. de 2014

PIORA AVALIAÇÃO DO GOVERNO DILMA, APURA DATAFOLHA

Por Paula Cleto -  De fevereiro para abril, piorou a avaliação do governo Dilma Rousseff, de acordo com a mais recente pesquisa do instituto Datafolha. A fatia dos entrevistados que considera o governo ótimo ou bom diminuiu de 41% para 36% nesse intervalo. Já os que acham o desempenho ruim ou péssimo foram de 21% para 25%. A avaliação regular ficou praticamente estável, indo de 37% para 36%.

Na pesquisa realizada pelo Datafolha em 27 e 28 de junho de 2013, época em que pipocaram as manifestações populares, a avaliação ruim/péssima do governo também era de 25%. Desde aquela época, houve uma melhora na avaliação bom/ótimo, que em junho era de 30%. No entanto, a nota média dada pela população ao governo está bem próxima daquela apurada no momento dos protestos: em junho de 2013 o governo recebia nota 5,8 e, agora em abril, ganhou 5,9.

A avaliação do governo é melhor entre eleitores com renda familiar de até 2 salários mínimos (42% de ótimo/bom) e na região Nordeste (51% de ótimo/bom). Os piores resultados foram encontrados na fatia com renda superior a 10 mínimos (22% de ótimo/bom) e na região Sudeste (28% de ótimo/bom).

Nesse quadro, a presidente Dilma viu diminuir a intenção de voto em sua candidatura à reeleição. Em uma simulação com os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) e considerando partidos nanicos, as intenções de voto na atual presidente caíram de 44% em fevereiro para 38% em abril. Aécio se manteve com 16% e Campos subiu dentro da margem de erro da pesquisa (2 pontos percentuais), indo de 9% para 10%. Os candidatos de partidos nanicos somaram 6% das intenções.

O Datafolha também testou uma opção sem os partidos pequenos. Nesse cenário, a intenção de voto em Dilma diminuiu de 47% para 43%; Aécio foi de 17% para 18% e Eduardo Campos, de 12% para 14%.

Segundo a Folha de S. Paulo, que divulgou o resultado do levantamento, a deterioração das expectativas com inflação e emprego, e um desejo de mudanças podem explicar a queda da preferência do eleitorado por Dilma Rousseff. Pelo resultado da pesquisa de abril do Datafolha, 63% dos brasileiros acham que as realizações de Dilma estão aquém do que esperavam. Além disso, 72% dos 2.637 entrevistados disseram que querem que as ações do próximo presidente sejam diferentes das de Dilma.

Questionados sobre qual dos candidatos listados seria o mais preparado para fazer essas mudanças, 32% dos consultados apontaram Lula, e 17%, Marina Silva. A própria Dilma foi citada por 16%, índice maior do que os atuais candidatos da oposição. Aécio foi apontado por 13% e Eduardo Campos, por 7%.

A pesquisa apontou crescente pessimismo do brasileiro em relação à economia. A fatia dos que esperam um aumento da inflação atingiu 65% dos consultados em abril - eram 59% em fevereiro - e, para 45%, o desemprego vai crescer (39% na pesquisa anterior). Apesar disso, 46% acreditam que sua situação econômica vai melhorar e apenas 12% pensam que vai piorar, enquanto 39% avaliam que ficarão como estão agora. Uma parcela de também 39% esperam que a situação econômica do país fique como está, enquanto 27% preveem melhora e 29%, piora.

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