Parentes se despedem de soldado morto em Realengo, o segundo na mesma família este ano

— A violência está demais. Tem que fazer algo. Continuar desse jeito não dá. Onde vamos parar? Só peço paz. Vamos lutar pela paz —apelou o policial militar reformado.
Os irmãos policiais Eduardo (à esquerda) e Vinícius Os irmãos policiais Eduardo (à esquerda) e Vinícius Foto: Reprodução
Ainda abalada, a mãe do soldado não quis dar declarações. Em maio ela havia perdido outro filho, o também PM Eduardo Ferreira Dias, de 37 anos, morto durante um ataque de bandidos no Morro da Mangueira, na Zona Norte da capital. Já o irmão dos dois soldados, Vitor Hugo Ferreira, disse ser um absurdo o policial precisar esconder a farda até onde mora, com medo de morrer.
—Tem de lavar e esconder a farda dentro de casa, porque ninguém pode ver. Temos nossa honra e orgulho deles — disse.
Colegas de farda levam até a sepultura caixão do soldado morto Colegas de farda levam até a sepultura caixão do soldado morto Foto: Marcio Alves / Extra
Vinícius trabalhava no Centro de Recrutamento e Seleção de Praças.Ele havia sido atingido na barriga e no peito ao ser rendido na Rua Marechal Marciano por um um homem armado. O policial estava acompanhado da mulher, que nada sofreu. Além do carro, os criminosos fugiram levando a arma do agente e documentos.
Já seu irmão, Eduardo foi alvo de disparos quando dirigia uma patrulha pela Rua Visconde de Niterói, num dos acessos ao Morro da Mangueira. Bandidos em motocicletas passaram atirando. O agente chegou a ser socorrido para o Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão, na Zona Norte, mas não resistiu aos ferimentos. Eduardo estava na corporação desde 2013. Ele era casado e tinha dois filhos.
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