23 de out. de 2019

OEA denuncia violações e pede segundo turno na Bolívia

“Toda eleição deve ser regida pelos princípios de certeza, legalidade, transparência, equidade, independência e imparcialidade”, afirmou a OEA


Tarciso Morais - Em reunião na manhã desta quarta-feira (23), o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) debateu a situação das eleições presidenciais da Bolívia.


Gerardo de Icaza, responsável pelo departamento para observação eleitoral da OEA, afirmou que vários princípios que regem uma eleição democrática foram violados.

Diante da margem apertada indicada até agora nas urnas, a organização entende que a melhor opção é assegurar um segundo turno eleitoral.

“Toda eleição deve ser regida pelos princípios de certeza, legalidade, transparência, equidade, independência e imparcialidade. A Missão verificou que vários desses princípios foram violados por diferentes causas ao longo deste processo eleitoral”, afirmou Icaza.

Com quase 100% das urnas apuradas, o atual mandatário Evo Morales tem uma margem de pouco mais de nove pontos porcentuais sobre o seu maior opositor, Carlos Mesa.

“Devido ao contexto e aos problemas evidenciados neste processo eleitoral, continuaria sendo a melhor opção convocar um segundo turno”, acrescentou Icaza, segundo o jornal Estadão.

Mais cedo, Morales afirmou que a direita estava tentando dar um golpe de Estado no país ao denunciar fraudes nas eleições do último domingo (20).

“Denuncio ante o povo boliviano: está em processo um golpe de Estado. Ele foi preparado pela direita, com apoio internacional”, disse Morales, como noticiou a RENOVA.

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