Apesar do dia histórico, as trocas diárias entre britânicos e europeus continuarão da mesma forma até o fim deste ano
Três anos e meio — ou 1.317 dias — depois da aprovação do referendo, o Reino Unido está oficialmente fora da União Europeia. O chamado Brexit entrou em vigor às 20h (23h no horário de Londres).
Com isso, a UE perde pela primeira vez um Estado membro, marcando também a saída de 66 milhões de habitantes do bloco europeu, que passa a contar agora com cerca de 446 milhões de habitantes. Além disso, o território do grupo de países acaba de diminuir em 5,5%.
Apesar do dia histórico, as trocas diárias entre britânicos e europeus continuarão da mesma forma até o fim deste ano. Serão 11 meses de transição, onde muitos pontos da futura relação entre os países serão acertados.
Entre as primeiras medidas que serão tomadas, a bandeira britânica deixará o Parlamento Europeu, localizado em Bruxelas, tornando o Reino Unido um “país terceiro”. Com isso, 73 eurodeputados britânicos deixam os cargos, sendo que 46 assentos ficarão reservados para futuros Estados membros e 27 serão redistribuídos.
O primeiro-ministro Boris Johnson também não será mais convidado para as cúpulas europeias, nem os membros do governo participarão de reuniões ministeriais. Apesar disso tudo, o Reino Unidos seguirá contribuindo no orçamento da UE até o fim da transição.
Já no caso dos cidadãos, segundo o acordo feito, os expatriados estabelecidos em qualquer dos lados antes do fim da transição manterão seus direitos de residir e trabalhar no país anfitrião.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 1,2 milhão de cidadãos britânicos vivem em países da UE, enquanto de acordo com o escritório de estatística britânico, 2,9 milhões de nacionais dos 27 países da UE vivem no Reino Unido.
Para seguirem em território britânico, os cidadãos europeus deverão se registrar, enquanto para os britânicos que vivem na UE, os procedimentos diferem de país para país.
A partir deste sábado, as negociações entre Reino Unido e UE entram em uma nova fase, dando início à transição. A partir de agora até o fim de 2020, porém, os britânicos seguem sujeitos à legislação do bloco europeu ao Tribunal de Justiça da UE.
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