Possuo uma lanterninha daquelas bem baratinhas de camelô que não tem valor material algum. Mas para mim tem um valor imenso, pois essa “lanterninha” já salvou minha vida.
O ano era 1995. Fazia um voo Rio Branco/Eirunepé/Tarauacá e pegando um vento de proa fortíssimo, cheguei à cidade e foi impossível pousar já que já era noite e o município não dispõe de balizamento noturno nem muito menos NDB ou VOR, instrumentos que auxiliam em um pouso por instrumentos. Para completar entrou um CB (cumulonimbus) que dificultou deverás nossa situação.
Depois de algumas tentativas de pouso mesmo nessas condições tomamos a proa de Cruzeiro do Sul, pois lá tem todos os equipamentos acima citados o que nos garantiria melhor condição de pouso e já que constava realmente como alternativa. Só que assim que nivelamos tivemos uma pane elétrica e graças a essa lanterninha podemos enxergar alguns instrumentos que não dependem de energia elétrica.
Apesar das precárias condições reinantes lá também e o combustível rareando, depois de algumas tentativas conseguimos pousar.
Mas por que estou contando
isso? Simplesmente pelo fator afetivo que tenho por essa lanterna fui procurar outra lâmpada para trocar, ou melhor, bico de rosca como chamam aqui. O que eu achei interessante foi a maneira de Dona Valina, a proprietária de um pequeno comércio aqui testar a lâmpada.
Com duas colheres e uma pilha (fotos), ela não tem o menor problema em assegurar um primordial controle de qualidade para seus clientes.
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