6 de jul. de 2013

INFLAÇÃO SOBE 6,7% EM 12 MESES E SUPERA O TETO DA META DO GOVERNO

Em junho, o IPCA avançou 0,26%, após ter registrado alta de 0,37% em maio; índice subiu 3,15% no ano

Mônica Ciarelli, da Agência Estado - RIO - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em junho, após ter registrado alta de 0,37% em maio, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam taxas entre 0,29% e 0,38% (mediana de 0,33%).

Até o mês passado, o IPCA acumula altas de 3,15% no ano. E, no período acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 6,70%, o que situa o indicador oficial de inflação no País acima do teto da meta de 4,5% estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com margem de tolerância entre 2,5% e 6,5%.

A desaceleração registrada no ritmo de alta do taxa do IPCA foi puxada pelo grupo alimentação e bebidas, que registrou no período a menor variação desde julho de 2011. O grupo subiu 0,04% em junho, contra uma alta de 0,31% no mês anterior. De acordo com o IBGE, essa é a quinta desaceleração consecutiva de alimentos e bebidas no IPCA. Veja abaixo quanto foi a variação de cada grupo:

Apesar do movimento, o grupo terminou o primeiro semestre com uma variação positiva de 6,02%, acima dos 3,26% apurados nos primeiros seis meses de 2012. Dento do grupo alimentos, os destaques ficaram com a queda de 18,53% da cenoura e de 7,21% do tomate.

Já os gastos com transportes e que puxaram o índice. O segmento saiu de uma deflação de 0,25% em maio para uma alta de 0,14% em junho.

No grupo saúde e cuidados pessoais, que desacelerou a inflação, a principal influência segundo o IBGE veio dos remédios. Em maio, os preços subiram 1,61%, após o reajuste de 4 de abril. Em julho, os preços ficaram estáveis.

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