Israel Blajberg - Por 4 vezes os pracinhas brasileiros tiveram que retroceder montanha abaixo. Combatentes de um pais pacífico e ainda rural, em meio a neve de um rigoroso inverno dos Apeninos enfrentavam inimigo experiente e conhecedor do terreno. Os nazistas estavam entrincheirados no alto do Monte Castello, a vantagem clássica da altura descrita nos manuais militares.
O Brasil se orgulha dos seus pracinhas, que enfrentaram os nazistas na neve das escarpas sob fogo de metralhadoras e morteiros do alto, levando apenas o armamento, a própria ração, e a coragem exemplar.
A cada 21 de fevereiro lembramos o sacrifício daqueles bravos soldados, a melhor homenagem que eles poderiam receber: a recordação da sua luta, nosso dever de memória.
Aqui fica a singela homenagem aos que não voltaram, pagando o pesado preço da vitória em preciosa vidas brasileiras.
“… à entrada da barra, as nuvens começaram a se abrir, e surgiu o Cristo Redentor … Era o Rio … Lembrei-me então repentinamente, daquela longinqua posição perdida nos Apeninos … muitos soldados ajoelharam-se no tombadilho orando, outros simplesmente de pé, olhando o Cristo que surgia dentre as nuvens… Rio de Janeiro … fim dessa longa estrada, onde cada encruzilhada ficou marcada por uma fileira de cruzes brancas …"
Último paragrafo de CRUZES BRANCAS – Diário de um Pracinha, de Joaquim Xavier da Silveira, BIBLIEX, 1977.
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