Guilherme L. Campos - O governo de Donald Trump anunciou hoje o envio de forças militares para a região costeira da Venezuela; entre os recursos a serem enviados estão destróieres, navios de combate costeiro, embarcações da Guarda Costeira americana, aviões-espiões e helicópteros da Força Aérea.
O anúncio foi feito durante a coletiva de imprensa diária da Casa Branca originalmente convocada para tratar do coronavírus. O presidente Donald Trump estava presente na coletiva juntamente com seu secretário de Defesa, Mark Esper e o secretário de Justiça, William Barr.
“Não devemos deixar que os cartéis de drogas explorem a pandemia para ameaçar vidas americanas”, disse Trump. “Em cooperação com as 22 nações parceiras, o Comando Sul dos EUA aumentará a vigilância, interceptação e apreensão de remessas de drogas e fornecerá apoio adicional aos esforços de erradicação, que estão ocorrendo agora a um ritmo recorde”.
A missão das forças militares americanas será a de combater o narcotráfico na região e vem uma semana após os EUA acusarem formalmente o ditador Nicolás Maduro de transformar a Venezuela em um estado narcoterrorista e de anunciarem uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levem à prisão do ditador.
O reforço vai dobrar a capacidade militar dos EUA na região. A missão faz parte do compromisso anunciado anteriormente pelos EUA de aprimorar as operações antidrogas no hemisfério.
“We're at war with COVID-19, we're at war with terrorists, and we are at war with the drug cartels . . . We're the United States military and we will defend our country." —General Mark Milley, Chairman of the Joint Chiefs pic.twitter.com/hHDPBcgf6b— The White House (@WhiteHouse) April 1, 2020
Today, President Trump announced enhanced counter-narcotics efforts in the #SOUTHCOM Area of Responsibility. “We’re deploying additional Navy destroyers, combat ships, aircraft & helicopters, Coast Guard Cutters...doubling our capabilities in the region." @DefenseDept @StateDept https://t.co/NbGuCRWo5w— U.S. Southern Command (@Southcom) April 1, 2020
Mas a estratégia ganhou maior urgência após a acusação, na semana passada, do líder socialista da Venezuela e membros de seu círculo interno e militares. Eles são acusados de liderar uma conspiração narcoterrorista responsável por contrabandear até 250 toneladas de cocaína por ano para os EUA, cerca da metade por via marítima.
A movimentação americana ocorre no mesmo momento em que Maduro intensifica ataques contra seu rival apoiado pelos EUA, Juan Guaidó, que foi intimado a testemunhar na quinta-feira como parte de uma investigação sobre uma suposta tentativa de golpe.
O legislador, que é reconhecido como líder da Venezuela por quase 60 países, não deve comparecer. Os EUA temem que Guaidó seja preso. Os EUA insistem há muito tempo que não tolerariam nenhum dano a Guaidó.
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