18 de set. de 2009

Por intermédio do Blog Alma Acreana tive o contato com um site a respeito de Euclides da Cunha, e lá achei essa interessante fala.

“A exploração capitalista é assombrosamente clara, colocando o trabalhador num nível inferior ao da máquina. De fato, esta, na permanente passividade da matéria, é conservada pelo dono; impõe-lhe constantes resguardos no trazê-la íntegra e brunida (...), e quando morre - digamos assim - (...) origina (...) a tristeza de um decrescimento da fortuna, o luto inconsolável de um dano. Ao passo que o operário, adstrito a salários escassos de mais à sua subsistência, é a máquina que se conserva por si, e mal; as suas dores recalca-as; as suas moléstias (...) cura-as como pode, quando pode; e quando morre, (...) ninguém lhe dá pela falta na grande massa anônima e taciturna, que enxurra todas as manhãs à porta das oficinas.”

Euclides da Cunha

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