Sven Hedin foi um dos mais famosos cientistas suecos. No começo do século XX ele explorou a Ásia Central e a Mongólia, tornou-se um cartógrafo internacional, hidrógrafo, fotógrafo e autor de populares livros de viagem, como “A Conquista do Tibet” e “Através do Deserto de Gobi”. Entre os cerca de 150 livros que ele escreveu está um atlas multi-volume da Ásia Central.
Em 1905 Hedin foi designado um dos 18 juízes do Comitê do Prêmio Nobel. Ele continuou votando e nomeando até 1949.
Na década de 1930, ele se tornou um admirador de Adolf Hitler e frequentemente o visitava. “Quando eu queria ver Hitler eu ligava para o Príncipe Wissen, da embaixada alemã em Estocolmo, um bom sujeito, na segunda-feira. Ele então ligava para Berlim no mesmo dia, me ligava horas depois e dizia que Hitler almoçaria comigo na sexta. Eu partia na quinta para não me atrasar, e então via Hitler”.
“Ele era um orador hipnótico, uma pessoa fascinante. Também fiz amizade com Goebbels, Himmler, Goering e Doenitz”.
Pode-se pensar que juízes do Prêmio Nobel sejam os mais justos, isentos e incorruptíveis do mundo, mas em entrevista de 1946, Hedin disse ao escritor americano William Irving que os membros do Comitê eram preconceituosos, irracionais e vaidosos como todos nós.
Hedin explicou que o anti-semitismo de um dos juízes impediu que Albert Einstein ganhasse o prêmio quando era esperado que ganhasse. O juiz disse que a Teoria da Relatividade não era exatamente uma descoberta, nunca tinha sido provada e não tinha valor.
Então eles impediram que Einstein ganhasse o prêmio por sete anos, até que a influência do ressentido juiz se esvaecesse, e Einstein foi premiado em 1921.
Outro juiz odiava tanto os russos que impediu que Tolstoy, Chekhov Andreyev e Gorky ganhassem o prêmio. H. G. Wells? “Insignificante e jornalístico”. Somerset Maugham? “Popularesco e sem distinção”. James Joyce? Hedin ficou confuso: “Quem é esse?”
A maioria dos membros do Comitê eram preconceituosos com novelistas americanos porque as esposas tentavam conseguir a nomeação dos maridos. O francês Gide e o italiano D’Annunzio tiveram os prêmios negados por comportarem-se imoralmente.
Hitler outorgou muitas honras a Hedin nos anos 1930 e o convidou para fazer um discurso pró-nazista nos Jogos Olímpicos de 1936. Por seu 75º aniversário, ele foi agraciado com a Ordem da Águia Alemã.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Hedin foi um dos poucos proeminentes suecos que advogavam o abandono da neutralidade sueca e o apoio à Alemanha Nazista. Mesmo quando a Alemanha perdeu a guerra, Hedin pressionou os americanos a juntar forças para ressuscitar o país numa terceira guerra mundial contra a Rússia.
Após a guerra, Hedin tornou-se um embaraço para o Comitê do Nobel, mas nunca renunciou de sua posição pró-nazista. Ele disse que sua linha direta com Hitler e Himmler permitiu-o libertar muitos intelectuais judeus e suas famílias do campo de concentração de Sachsenhausen.
Contudo, sua ciência continua viva. O governo chinês ainda usa seus velhos mapas, de 80 anos de idade, para construir ferrovias e canais, e para mapear depósitos minerais.
Fonte: Stuff.co.nz, 28 de dezembro de 2009/ Sala de guerra
Em 1905 Hedin foi designado um dos 18 juízes do Comitê do Prêmio Nobel. Ele continuou votando e nomeando até 1949.
Na década de 1930, ele se tornou um admirador de Adolf Hitler e frequentemente o visitava. “Quando eu queria ver Hitler eu ligava para o Príncipe Wissen, da embaixada alemã em Estocolmo, um bom sujeito, na segunda-feira. Ele então ligava para Berlim no mesmo dia, me ligava horas depois e dizia que Hitler almoçaria comigo na sexta. Eu partia na quinta para não me atrasar, e então via Hitler”.
“Ele era um orador hipnótico, uma pessoa fascinante. Também fiz amizade com Goebbels, Himmler, Goering e Doenitz”.
Pode-se pensar que juízes do Prêmio Nobel sejam os mais justos, isentos e incorruptíveis do mundo, mas em entrevista de 1946, Hedin disse ao escritor americano William Irving que os membros do Comitê eram preconceituosos, irracionais e vaidosos como todos nós.
Hedin explicou que o anti-semitismo de um dos juízes impediu que Albert Einstein ganhasse o prêmio quando era esperado que ganhasse. O juiz disse que a Teoria da Relatividade não era exatamente uma descoberta, nunca tinha sido provada e não tinha valor.
Então eles impediram que Einstein ganhasse o prêmio por sete anos, até que a influência do ressentido juiz se esvaecesse, e Einstein foi premiado em 1921.
Outro juiz odiava tanto os russos que impediu que Tolstoy, Chekhov Andreyev e Gorky ganhassem o prêmio. H. G. Wells? “Insignificante e jornalístico”. Somerset Maugham? “Popularesco e sem distinção”. James Joyce? Hedin ficou confuso: “Quem é esse?”
A maioria dos membros do Comitê eram preconceituosos com novelistas americanos porque as esposas tentavam conseguir a nomeação dos maridos. O francês Gide e o italiano D’Annunzio tiveram os prêmios negados por comportarem-se imoralmente.
Hitler outorgou muitas honras a Hedin nos anos 1930 e o convidou para fazer um discurso pró-nazista nos Jogos Olímpicos de 1936. Por seu 75º aniversário, ele foi agraciado com a Ordem da Águia Alemã.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Hedin foi um dos poucos proeminentes suecos que advogavam o abandono da neutralidade sueca e o apoio à Alemanha Nazista. Mesmo quando a Alemanha perdeu a guerra, Hedin pressionou os americanos a juntar forças para ressuscitar o país numa terceira guerra mundial contra a Rússia.
Após a guerra, Hedin tornou-se um embaraço para o Comitê do Nobel, mas nunca renunciou de sua posição pró-nazista. Ele disse que sua linha direta com Hitler e Himmler permitiu-o libertar muitos intelectuais judeus e suas famílias do campo de concentração de Sachsenhausen.
Contudo, sua ciência continua viva. O governo chinês ainda usa seus velhos mapas, de 80 anos de idade, para construir ferrovias e canais, e para mapear depósitos minerais.
Fonte: Stuff.co.nz, 28 de dezembro de 2009/ Sala de guerra
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