da BBC Brasil
Enquanto os haitianos lutam por sobrevivência após o devastador terremoto da semana passada, os Estados Unidos, a França e o Brasil estão "brigando pela predominância" no país, diz um artigo publicado no site da revista alemã "Der Spiegel".
O artigo, assinado pelo correspondente da revista em Londres, Carsten Volkery, diz que o governo haitiano acompanha esse desenrolar "desfalecido".
Como exemplo da disputa pela predominância no país, a revista cita a decisão do presidente haitiano, René Préval, de passar o controle do aeroporto de Porto Príncipe para os americanos, o que causou uma "chiadeira internacional" e levou o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a dizer que os Estados Unidos praticamente "anexaram" o aeroporto.
França e Brasil protestaram formalmente em Washington "porque aviões americanos receberam prioridade para pousar em Porto Príncipe enquanto aviões de organizações de ajuda eram desviados para a República Dominicana", segundo a revista.
A "Spiegel" diz que o Brasil, que lidera as forças da missão de paz no Haiti, "não pensa em abrir mão do controle sobre a ilha" e que, se depender da vontade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de reconstrução do Haiti "deve permanecer um projeto latino-americano".
A disputa diplomática em andamento "lembra o passado político da ilha", diz a revista, "quando constantemente os 8 milhões de haitianos se tornavam um joguete de interesses internacionais".
Colônia
Por causa da situação precária no país e da fragilidade do governo, vários analistas ouvidos pelo artigo preveem que o país mais pobre das Américas pode voltar a se tornar uma "espécie de colônia".
"Desde 2004, a ilha é um protetorado da ONU (Organização das Nações Unidas)", diz a revista, lembrando que as tropas de paz zelam pela ordem e segurança no país, treinam a polícia local e até organizam as eleições.
Henry Carey, especialista em Haiti da Georgia State University, diz no artigo que o mandato da ONU deverá ser estendido e que o país voltará a ser uma colônia, "dessa vez da ONU".
Para o analista, isso seria "positivo", se for mantida a recente tendência de estabilização econômica e política verificada no país.
O artigo, assinado pelo correspondente da revista em Londres, Carsten Volkery, diz que o governo haitiano acompanha esse desenrolar "desfalecido".
Como exemplo da disputa pela predominância no país, a revista cita a decisão do presidente haitiano, René Préval, de passar o controle do aeroporto de Porto Príncipe para os americanos, o que causou uma "chiadeira internacional" e levou o ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, a dizer que os Estados Unidos praticamente "anexaram" o aeroporto.
França e Brasil protestaram formalmente em Washington "porque aviões americanos receberam prioridade para pousar em Porto Príncipe enquanto aviões de organizações de ajuda eram desviados para a República Dominicana", segundo a revista.
A "Spiegel" diz que o Brasil, que lidera as forças da missão de paz no Haiti, "não pensa em abrir mão do controle sobre a ilha" e que, se depender da vontade do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o projeto de reconstrução do Haiti "deve permanecer um projeto latino-americano".
A disputa diplomática em andamento "lembra o passado político da ilha", diz a revista, "quando constantemente os 8 milhões de haitianos se tornavam um joguete de interesses internacionais".
Colônia
Por causa da situação precária no país e da fragilidade do governo, vários analistas ouvidos pelo artigo preveem que o país mais pobre das Américas pode voltar a se tornar uma "espécie de colônia".
"Desde 2004, a ilha é um protetorado da ONU (Organização das Nações Unidas)", diz a revista, lembrando que as tropas de paz zelam pela ordem e segurança no país, treinam a polícia local e até organizam as eleições.
Henry Carey, especialista em Haiti da Georgia State University, diz no artigo que o mandato da ONU deverá ser estendido e que o país voltará a ser uma colônia, "dessa vez da ONU".
Para o analista, isso seria "positivo", se for mantida a recente tendência de estabilização econômica e política verificada no país.
Fonte: Folha on line
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