Ano foi influenciado por inflação elevada, crédito ao consumidor caro e desaceleração da massa de rendimentos.

“O ano de 2014 foi particularmente delicado para o varejo brasileiro em razão da coincidência de diversos fatores desfavoráveis como inflação elevada, crédito ao consumidor em níveis recordes e desaceleração da massa de rendimentos”, afirma Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) . A entidade estima o crescimento das vendas em 2,6% no ano passado e projeta alta de 3,0% em 2015, principalmente em função da desaceleração, já em curso, dos preços no varejo.
Varejo ampliado cresceu
Considerando-se os resultados das vendas do comércio automotivo (+5,5%) e de materiais de construção (+0,4%), o varejo ampliado oscilou +1,2%. O resultado da venda de veículos e peças refletiu o comportamento da taxa de juros nesse segmento, única modalidade de crédito a registrar queda na taxa de juros para pessoas físicas. Regionalmente, o acréscimo real das vendas adveio do maior dinamismo na região Nordeste (+1,9%). No plano estadual, destacaram-se as variações de +3,5% nos Estados da Bahia e do Rio Grande do Norte.
Na comparação interanual, houve expansão de 1,0% em relação a novembro de 2013, especialmente em decorrência dos ramos de artigos de uso pessoal e doméstico (+9,3%) e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+5,9%). Os preços no varejo voltaram a desacelerar. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a alta de 6,0% foi a menor dessa base comparativa desde maço de 2014 (+5,8%). Em relação a outubro, os segmentos de móveis e eletrodomésticos, bem como o de artigos de informática e comunicação, registraram deflações de 0,8% e 0,7%, respectivamente.
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