Aliados dizem que o governo precisa reagir para contornar momento político
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), acredita que os protestos são um reflexo da insatisfação dos brasileiros em relação ao governo atual
Paulo de Tarso Lyra /Correio Braziliense , Julia Chaib
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Aliados do Planalto, oposicionistas e analistas políticos afirmaram que a presença de milhares de pessoas nas ruas ontem força o governo a manter-se em estado de alerta. “É preciso ter humildade, pé no chão e trabalhar cada vez mais para reverter essa situação. Tinha uma música cantada pelo Simonal e escrita por Carlos Imperial que dizia: ‘Para ter fonfon (aplausos), trabalhei, trabalhei”, disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).
Para Delcídio, apesar da expressiva quantidade de manifestantes que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, as pessoas começaram a perceber que o país não poderia embarcar em “uma aventura golpista”. “Isso significa que o governo está bom? Não. Mas é um claro sinal de que elas também estão dispostas a seguir as regras democráticas. Sabem que temos apenas oito meses de governo e que a presidente Dilma foi eleita para um mandato de quatro anos”, completou o petista.
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino (RN), acredita que os protestos são um reflexo da insatisfação dos brasileiros em relação ao governo atual. “O que eu ouvi hoje (ontem) nas ruas, frente a frente com milhares de pessoas, resume fielmente o sentimento de 71% dos brasileiros que querem o fim deste governo”, afirmou. Mesmo assim, Agripino destacou que a atual crise trouxe mais desgaste para um personagem que ronda o imaginário popular e da oposição para 2018: “No mesmo plano do ‘fora, Dilma’ e do ‘fora, PT’, entra agora o ‘fora, Lula’”, completou.
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