Um ex-juiz da Suprema Corte da Venezuela que desertou e fugiu para os Estados Unidos pediu no domingo que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não assuma um novo mandato no dia 10 de janeiro, considerando que foi reeleito em uma votação que não foi livre e que não teve garantias legais.
Christian Zerpa, que foi membro da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, abandonou o cargo em meio a uma crescente pressão internacional contra Maduro, dias antes do presidente da Venezuela assumir novo mandato após processo eleitoral rejeitado por diversos países.
“Decidi junto com a minha família sair da Venezuela para negar, de uma forma ou de outra, o governo de Nicolás Maduro”, disse Zerpa em entrevista ao canal EVTV Miami, transmitido pela internet ou por TV a cabo.
“Eu considero que o presidente Nicolás Maduro não merece uma segunda oportunidade uma vez que a eleição da qual ele supostamente saiu eleito não foi uma eleição livre, não foi uma eleição competitiva”, acrescentou.
O governo venezuelano ratificou na sexta-feira que Maduro assumirá seu segundo mandato e tomará posse em 10 de janeiro ante o Supremo Tribunal de Justiça, e não no Congresso. Zerpa deveria participar dessa cerimônia.
A principal corte do país afirmou no domingo, em comunicado publicado em redes sociais, que Zerpa, que chamou de ex-juiz, está sendo investigado desde 2018 por “assédio sexual, atos obscenos e violência psicológica”.
Zerpa disse que não denunciou as eleições de maio de 2018 antes pelo risco de ser perseguido e preso e, por isso, esperou para fazê-lo quando já havia deixado a Venezuela com sua família.
Durante anos, Zerpa foi uma figura-chave do governo Maduro no Supremo Tribunal, que tem apoiado o governante Partido Socialista em todas as disputas legais desde que o sucessor de Hugo Chávez chegou ao poder.
O ex-juiz afirmou nos Estados Unidos que não há separação de poderes na Venezuela e que algumas decisões são ordenadas direto do palácio do governo.
“O TSJ não atua com nenhum tipo de independência e, por isso, é um apêndice do Executivo”, disse Zerpa na entrevista.
O Ministério de Comunicação e Informação da Venezuela não respondeu de imediato a pedido de comentários sobre o assunto.
Reportagem de Brian Ellsworth e Deisy Buitrago
Christian Zerpa, que foi membro da Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, abandonou o cargo em meio a uma crescente pressão internacional contra Maduro, dias antes do presidente da Venezuela assumir novo mandato após processo eleitoral rejeitado por diversos países.
“Decidi junto com a minha família sair da Venezuela para negar, de uma forma ou de outra, o governo de Nicolás Maduro”, disse Zerpa em entrevista ao canal EVTV Miami, transmitido pela internet ou por TV a cabo.
“Eu considero que o presidente Nicolás Maduro não merece uma segunda oportunidade uma vez que a eleição da qual ele supostamente saiu eleito não foi uma eleição livre, não foi uma eleição competitiva”, acrescentou.
O governo venezuelano ratificou na sexta-feira que Maduro assumirá seu segundo mandato e tomará posse em 10 de janeiro ante o Supremo Tribunal de Justiça, e não no Congresso. Zerpa deveria participar dessa cerimônia.
A principal corte do país afirmou no domingo, em comunicado publicado em redes sociais, que Zerpa, que chamou de ex-juiz, está sendo investigado desde 2018 por “assédio sexual, atos obscenos e violência psicológica”.
Zerpa disse que não denunciou as eleições de maio de 2018 antes pelo risco de ser perseguido e preso e, por isso, esperou para fazê-lo quando já havia deixado a Venezuela com sua família.
Durante anos, Zerpa foi uma figura-chave do governo Maduro no Supremo Tribunal, que tem apoiado o governante Partido Socialista em todas as disputas legais desde que o sucessor de Hugo Chávez chegou ao poder.
O ex-juiz afirmou nos Estados Unidos que não há separação de poderes na Venezuela e que algumas decisões são ordenadas direto do palácio do governo.
“O TSJ não atua com nenhum tipo de independência e, por isso, é um apêndice do Executivo”, disse Zerpa na entrevista.
O Ministério de Comunicação e Informação da Venezuela não respondeu de imediato a pedido de comentários sobre o assunto.
Reportagem de Brian Ellsworth e Deisy Buitrago
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