4 de set. de 2019

Neto do único homem que enganou Napoleão, D. Pedro II ainda no século XIX já reflorestava enquanto a França dizimava suas florestas

Império - Recuperação da Floresta da Tijuca – RJ

Mapa demonstrativo das arvores plantadas ao longo do ano de 1866, relatando o plantio de 23.518 árvores desde 1862. 
Fundo Administração da Floresta da Tijuca. BR_RJANRIO_TA_0_0_0019_m0001

Arquivo Nacional - Mirian Lopes Cardia - Ao longo de quatro séculos de ocupação, a vegetação de Mata Atlântica que recobria o Maciço da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, foi devastada para diversos fins, especialmente para cultivo de cana-de-açúcar e café, assim como para extração de madeira. 

Nas primeiras décadas do século XIX, o desmatamento do Maciço da Tijuca tornou-se um grave problema ambiental. Com o desflorestamento nas nascentes dos rios, houve sucessivos períodos de escassez de água na capital do Império. Diante disso, em 1861, D. Pedro II ordenou a desapropriação de uma extensa área e o replantio das partes degradadas com árvores de espécies nativas. 

O reflorestamento do Maciço da Tijuca foi um empreendimento monumental, executado sob a liderança do Major Manoel Gomes Archer, entre 1862 a 1874, e sob o comando de Luís Henrique Robert d’Escragnolle entre 1875 e 1888. Estima-se que entre 90 e 100 mil árvores tenham sido plantadas no Maciço, o que torna a Floresta da Tijuca a primeira da história a receber um projeto de reflorestamento de tal magnitude.

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