11 de set. de 2019

Ruas do Povo: 8 anos depois, réus contratam advogados mais caros para evitar condenação


Há quase uma década, fraude em licitações do programa “Ruas do Povo” tem mais uma audiência suspensa. O crime aconteceu em 2011 e a denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) somente em 2015. Na semana passada, os réus Vladimir Camara Tomas, Marcelo Sanches de Menezes, Wolvenar Camargo Filho e Alcilene de Melo Monteiro seriam interrogados, mas, como faltaram algumas testemunhas, a audiência foi mais uma vez adiada. Tramitando na 1ª Vara Criminal da Justiça Federal, o inquérito apura a formação de cartel e fraude em licitações no programa “Ruas do Povo”.

Os dois primeiros são proprietários das empresas Engecal Construções LTDA, Consdutra Construtora Dutra LTDA, Ábaco Engenharia Construção e Comércio LTDA e Addin Construção LTDA. “Os réus são fortes e trouxeram um advogado de São Paulo. Ele é tão renomado que foi escolhido pela OAB de lá para analisar o Projeto Anticrime do ministro Sérgio Moro”, disse um advogado que pediu para não ser identificado.

Já os agentes públicos, também réus, são o então secretário da Habitação, Wolvernar Camargo, e a engenheira Alcilene de Melo Monteiro. Diz o MP que, em conluiou com os empresários, eles frustraram o caráter competitivo da concorrência 171/2011/SEHAB. Na denúncia constam várias interceptações telefônicas expondo contatos entre os agentes públicos os dois construtores antes mesmo da publicação do edital.

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