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Claudia Wild - Paulo Guedes explicou, com uma única frase, em Davos, a pobreza do Brasil: “We don’t like capitalism”- Nós não gostamos do capitalismo. A aversão do brasileiro ao livre mercado, traduzida por meio de uma mentalidade estatólatra, que pede Estado para tudo, é responsável pelo nosso grande atraso.
O desafio é mudar a mentalidade calcada na inveja e no fracasso de um modelo econômico desastroso. O Brasil adotou, há décadas, a derrota como meta. Nela, o papai-Estado deve servir de babá 24 horas por dia; determinar todos os passos do cidadão; regular, proibir tudo e permitir a exceção; impedir o que é inerente ao ser humano: ser livre, criar e empreender.
Enquanto essa mentalidade inexitosa e obsoleta estiver permeando o imaginário do brasileiro mediano – em que o maior sonho de vitória é ver-se aprovado em algum concurso público – não deixaremos nosso subdesenvolvimento. Será um trabalho hercúleo e de gerações.
O Brasil, ao adotar a curiosa postura de combater os males socialistas com mais socialismo ainda, confirmou sua propensão à perpetuação do fracasso. A “brilhante” fórmula nos rendeu metade de uma população sem saneamento básico, profusão de favelas, atrasos variados, enorme pobreza etc. Tudo isso é fruto de uma mentalidade ignorante e ruim trazida para a política.
Paulo Guedes tem razão! O Brasil não gosta do capitalismo. Os espertalhões criminosos conseguiram inocular na mentalidade dos brasileiros a ideia de que o capitalismo não presta, não é bom. Fizeram isso ao mesmo tempo que inocularam também a cruel mentira de que os “paraísos socialistas” são os modelos para os nossos problemas. E muitos acreditaram.
O capitalismo não é perfeito, enfrenta muitos desafios, mas é, de longe e sem concorrência, o único modelo que dá liberdade ao cidadão e proporciona melhorias à população pobre.
É preferível, mil vezes, termos as desigualdades capitalistas a continuarmos defendendo a igualdade socialista: a miséria para todos.
Como disse o saudoso Roberto Campos: “A primeira coisa a fazer no Brasil é abandonarmos a chupeta das utopias em favor da bigorna do realismo”. Ele não estava errado!
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