3 de set. de 2013

COM ACESSO RESTRITO, SINDICALISTAS E POLICIAIS ENTRAM EM CONFRONTO EM FRENTE À CÂMARA

BRENO COSTA
TAI NALON
FOLHA/UOL  DE BRASÍLIA

No primeiro dia de vigência de novas regras para restringir a entrada de manifestantes na Câmara, dezenas de sindicalistas entraram em confronto com policiais legislativos e com a Polícia Militar, em uma das entradas da Casa. Ao menos um policial legislativo ficou ferido, supostamente atingido por uma pedrada.

Do lado de dentro, um grupo de cerca de 20 manifestantes conseguiu invadir a sala da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Houve novo confronto com seguranças da Câmara. Um manifestante foi detido.

A polêmica envolve a votação do projeto de lei 4.330, que permite a terceirização de atividades-fim. As centrais sindicais são contrárias à medida. Nesta terça-feira, o projeto seria votado na CCJ, mas a sessão foi cancelada depois da invasão da sala da comissão.

Com a adoção de novas regras para o acesso às dependências da Câmara, em decorrência da invasão do plenário da Casa, semana passada, por manifestantes, houve a determinação, pela presidência da Câmara, de que um número limitado de pessoas tivesse acesso às comissões, como forma de evitar tumulto. No caso da CCJ, segundo seguranças da Casa, esse limite é de 30 pessoas.

Sindicalistas e policiais se enfrentam na Câmara

No 1º dia de vigência das regras que limitam o acesso à Câmara, sindicalistas entram em conflito com policiais na Casa
No entanto, cerca de 300 manifestantes ficaram do lado de fora da Câmara, impedidos de entrar. Um cordão de policiais militares e da Polícia Legislativa servia de barreira contra os manifestantes.

Por volta das 14h, os sindicalistas, em sua maioria da CUT (Central Única dos Trabalhadores), aglomeravam-se do lado de fora de um dos acesso da Câmara. Embora gritassem palavras de ordem, a situação estava sob controle. Ao menos cinco carros da Polícia Militar faziam a guarda do outro lado da rua que dá acesso ao anexo da Casa.

Porém, diante da exaltação dos sindicalistas, houve uma primeira confusão. Policiais jogaram gás de pimenta nos manifestantes, mas acabaram afetando também servidores e jornalistas que estavam no interior do prédio. Cerca de 20 minutos depois, mais confusão. Um manifestante arremessou um objeto, supostamente uma pedra, e acabou atingindo um policial. Em seguida, outros objetos foram arremessados, provocando a reação dos policiais, que atacaram os manifestantes com cacetetes e mais spray de pimenta.

Dentro da Câmara, novamente, o gás de pimenta afetou servidores, que tossiam muito.

Um sindicalista avisou aos manifestantes concentrados na porta da CCJ da confusão com a polícia. Imediatamente, decidiram forçar a entrada, empurrando os seguranças e quase derrubando a porta de vidro da comissão. Um manifestante foi detido neste momento.

Coube ao presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vágner Freitas, comunicar aos sindicalistas, dentro da CCJ, que o objetivo havia sido alcançado: a sessão que votaria o projeto de lei foi suspensa.

"A militância de vocês conseguiu essa vitória", disse o presidente da CUT aos sindicalistas.

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