Os advogados de Cesare Battisti não tiveram sucesso em seu pedido à corte de apelações de Milão para a redução da pena do terrorista italiano de prisão perpétua para 30 anos, segundo informações da mídia italiana.
O jornal La Stampa afirma que o advogado de Battisti, David Steccanella, baseou o pedido de diminuição da pena "no acordo de extradição vigente entre a Itália e o Brasil". Pelas leis brasileiras, a pena máxima de prisão é de 30 anos.
O tribunal porém, entendeu que o acordo de extradição não se aplicava mais ao italiano, já que Battisti fugiu para a Bolívia e foi expulso do país após ser preso lá, em janeiro deste ano.
Condenado na Itália por quatro assassinatos, Cesare Battisti ficou 37 anos refugiado, principalmente na França e no Brasil. Ele viveu no Rio de Janeiro de 2004 a 2018 e chegou a ficar preso por mais de 4 anos. Seu pedido de extradição para a Itália, porém, foi negado pelo presidente Lula, em 2010, dando a ele status de refugiado político.
Com a chegada de Michel Temer ao poder, esse entendimento muda e, em dezembro de 2018, o presidente assina o decreto de extradição. Depois disso, o italiano foge e passa a ser procurado pela Interpol.
Battisti sempre negava participação nos atos pelos quais foi condenado à revelia em 1993. Em março, porém, ele admitiu a um procurador envolvimento nos crimes cometidos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo.
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