29 de jul. de 2019

Parceria entre Brasil e Portugal na área da defesa possibilitou escolha portuguesa pela compra de aviões da Embraer


Anderson Gabino - No início de julho, o governo português de transporte aéreo multimissão, modelo KC390, da brasileira Embraer como parte do processo de modernização das capacidades da Força Aérea Portuguesa.

As aeronaves serão utilizadas como apoio às operações das Forças Armadas de Portugal e servirão também para aumentar a prontidão em missões de interesse público. As entregas estão programadas para começar em 2023.

De acordo com fonte do governo brasileiro, a opção de Portugal pelas aeronaves brasileiras acontece num momento importante em que o país europeu procura modernizar a sua capacidade de operação.

“Portugal está a estudar aumentar a sua frota de defesa há algum tempo. As conversações com a Embraer avançaram durante o governo Bolsonaro e foi possível fechar um acordo Embraer apresenta capacidades técnicas únicas no mercado atual e, após parceria entre Brasil e Portugal, a escolha por essas aeronaves foi um caminho natural. A Força Aérea Portuguesa revelou ter grandes expectativas em relação ao aparelho”, comentou essa mesma fonte, que armou que a iniciativa lusitana tem também um viés estratégico.

“A Embraer mantém instalações em Portugal e isso ajudou e muito na tomada de decisão por parte dos portugueses”, nalizou essa fonte que preferiu não se identicar. Para a Embraer, a venda dessas aeronaves para Portugal fortalece o comércio entre os dois países.

“A parceria industrial entre Portugal e a Embraer contribui para o desenvolvimento da engenharia e da representando mais de 300 milhões de euros em exportações por ano e milhares de empregos altamente qualificado”, defendeu Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Ele resalta ainda que “Portugal é o maior parceiro internacional do Programa KC-390 e a sua participação no desenvolvimento e na produção da aeronave é reconhecida como tendo tido um impacto econômico positivo na geração de empregos, novos investimentos, aumento de exportações e avanços tecnológicos”.

Recentemente, o governo português garantiu que a aeronave “cumpre os requisitos da Força Aérea Portuguesa”.

Investimento

Informações do governo de Portugal dão conta de como forma de “substituir os C-130 Hércules”, num investimento na ordem dos € 827 milhões, já previstos na Lei de Programação Militar (LPM) aprovada há algumas semanas. Conforme apurado, o “contrato inclui a aquisição de um simulador de voo e a manutenção das aeronaves com motores a jato – que vão operar a partir da base aérea do Montijo – nos primeiros 12 anos de vida”.

Modernidade e agilidade

De acordo com especialistas da área de defesa no Brasil, o KC-390 estabelece “novos padrões de eciência e produtividade na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado”.

Além disso, completam os para realizar “diversas missões militares e civis, incluindo apoio humanitário, evacuação médica, busca e salvamento e combate a incêndios orestais”, bem como apresenta “capacidades superiores de transporte e lançamento de carga e tropas, e reabastecimento em voo”.

Na opinião de Schneider, a compra dessas aeronaves por parte do governo de Portugal “é um passo muito relevante para consolidar a aeronave no mercado”.

“O KC-390 de Portugal atenderá a novos requisitos de interoperabilidade nas áreas de navegação segura, transmissão de dados e voz que permitirão ao KC-390 integrar operações conjuntas em alianças multinacionais nas quais Portugal está integrado. Estes requisitos, Aérea Portuguesa, permitirão ao KC-390 atender às necessidades de muitas outras nações em todo o mundo”, completou Schneider.

Certificação

O KC-390 recebeu o Certificado de Tipo da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) do Brasil em 2018 e está já em plena produção em série. A entrada em serviço da aeronave está prevista para o terceiro trimestre de 2019 com a Força Aérea Brasileira (FAB), com mais entregas esperadas no decorrer do ano.

A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, Ásia e Europa, incluindo uma unidade em Évora.

Com informações do site e-Global Notícias em Português (PT)

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