30 de jul. de 2020

Esquerda vota contra nova Lei do Gás e PSol se diz “chocado”


Os 113 votos contrários ao requerimento de urgência da nova Lei do Gás são de deputados da esquerda. Líder do PSol se diz “chocada” com a votação

Deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS), líder do partido, se diz “chocada” com votação da urgência para a nova Lei do Gás/Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados

Os partidos da esquerda foram, mais uma vez, os únicos a ir contra uma reforma setorial. Depois de terem ido contra a aprovação do novo marco legal do saneamento básico, a oposição votou nesta quarta-feira, 29, contra o requerimento para colocar em regime de urgência o Projeto de Lei (PL) 6407/13, a nova Lei do Gás.

Os 113 votos contrários ao requerimento de urgência vieram de parlamentares do PT, PCdoB, PDT, PSol e Rede, que votaram contra a proposta. PP, DEM, PSD, PSL, PSDB, Podemos, Cidadania, Novo, Avante, PTB, PL, Solidariedade e Republicanos orientaram voto favorável e foram decisivos pelos 323 votos favoráveis, conseguindo, então, a aprovação.

A deputada Fernanda Melchionna (PSol-RS), por sinal, se disse “chocada” com a votação. E fez críticas ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Fiquei chocada com a inclusão dessa matéria na pauta. nunca discutimos uma lei geral do gás ainda mais em momento de pandemia em nenhum colégio de líderes”, protestou.

Regulação
Como de praxe, a esquerda levantou sustentou que a proposta — que pode trazer US$ 31 bilhões de investimentos por ano até 2030 e fomentar a geração de empregos — é prejudicial ao povo brasileiro. “Esses momentos de regulação tem significado laissez faire para o mercado e piora para o povo”, acusou Melchionna.

A parlamentar sustentou que o PSol sempre se mostrou disposto a combater a pandemia e votar tudo o necessário para dar condições para o Brasil enfrentar a pandemia. E voltou a criticar Maia. “Em muitos momentos, nós lhe parabenizamos, mas, neste momento, acho que o senhor rompe a palavra conosco”, disse. O presidente da Câmara respondeu e argumentou que a pauta foi aprovada por quase unanimidade na Comissão de Minas e Energia.

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