22 de ago. de 2023

Arrecadação de impostos supera R$ 200 bilhões em julho

Resultado 4,2% abaixo da inflação em relação ao mesmo mês do ano passado é o segundo maior da série histórica, mostra Receita

                          

                                        Arrecadação totalizou R$ 201,8 bilhões em julho

                                          PILLAR PEDREIRA/AGÊNCIA SENADO - 23.06.2017


Depois de fechar o primeiro semestre com o melhor desempenho em 28 anos, a arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil totalizou R$ 201,8 bilhões em julho. Trata-se do segundo maior resultado para o mês da série histórica da Receita Federal, iniciada em 1995.

O desempenho arrecadatório é 11,7% inferior ao apurado no mesmo mês do ano passado, período que marca o maior valor da série, de acordo com os dados revelados nesta terça-feira (22) pelo Fisco.


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Descontada a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o resultado corresponde a uma queda real de 4,2%. No acumulado de janeiro a julho de 2023, a arrecadação soma R$ 1,344 trilhão, desempenho que representa uma perda real (abaixo da inflação) de 0,39%.

Mais uma vez, o resultado da arrecadação foi influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de IRPJ (Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), tanto em 2022 quanto em 2023.

Sem considerar os fatores não recorrentes, haveria um crescimento real (acima do IPCA) de 4,69% na arrecadação do período e de 1,35% na arrecadação do mês de julho, afirma a Receita Federal na análise do resultado.


Contribuições


No mês de julho, os embolsos com IRPJ e CSLL totalizaram mais de R$ 47 bilhões, valor que representa uma perda real de 14,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. "Cabe ressaltar que no mês de julho de 2022 houve pagamentos atípicos de R$ 4 bilhões", afirma o Fisco.

O imposto de importação e o IPI vinculado à importação apresentaram uma arrecadação conjunta de R$ 6,176 bilhões, com perda real de 11,83%. Tal volume pode ser explicado pelas reduções de 17,86% no valor em dólar das importações e de 10,57% na taxa média de câmbio, combinadas com o aumento de 19,83% na alíquota média efetiva do imposto de importação e de 35,23% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.

As outras receitas administradas pela Receita arrecadaram R$ 4,376 bilhões, o que representa um aumento de 82% acima da inflação. Esse resultado foi decorrente, principalmente, da arrecadação do programa de redução de litigiosidade e do imposto de exportação incidente nas exportações de óleo bruto.

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