O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) divulgou nesta quarta-feira imagens inéditas da Operação “Spiderweb”, revelando ataques com drones FPV a 22 aeronaves russas, incluindo 7 bombardeiros Tu-95, 12 Tu-22M3, 2 aviões de alerta aéreo antecipado A-50 e 1 cargueiro An-12. A operação, realizada em 1º de junho, visou quatro bases aéreas russas: Belaya, Dyagilevo, Ivanovo e Olenya.
Segundo análise do grupo CyberBoroshno, o número real de aeronaves danificadas pode ser ainda maior, já que imagens de satélite mostraram 8 Tu-95 atingidos, e nem todos os vídeos foram divulgados publicamente.
Muitas das filmagens dos ataques não mostram claramente os danos subsequentes, o que pode indicar danos limitados sem incêndio, destruição não capturada ou falhas na detonação dos drones FPV.
A operação, planejada por 18 meses, envolveu o uso de 117 drones FPV lançados de caminhões dentro do território russo. As aeronaves atingidas incluem modelos estratégicos e de difícil reposição, como os bombardeiros Tu-95 e os raros A-50, essenciais para a vigilância aérea russa.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a operação foi uma resposta à recusa da Rússia em aceitar um cessar-fogo proposto por Kyiv. Ele ressaltou que a Ucrânia continuará a defender seu território e responderá a agressões com todas as ferramentas disponíveis.
Especialistas militares consideram a Operação “Spiderweb” um marco na guerra moderna, demonstrando como drones de baixo custo podem causar danos significativos a ativos militares de alto valor.
A Rússia ainda não comentou oficialmente sobre os danos relatados, mas analistas acreditam que o impacto na capacidade aérea estratégica do país será substancial, exigindo uma reavaliação de suas defesas e estratégias militares.
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