3 de out. de 2025

DNIT do Acre já pode entrar para o Guinness Book, o livro dos recordes, criou a maior colcha de retalhos do mundo

Como diria Boris Casoy “Isso é uma vergonha”

BR-364 Trecho entre Feijó e Manoel Urbano


                     Opinião

Por Reginaldo Palazzo – Parece que felizmente que alguns cidadãos empáticos despertaram para as ações do DNIT em relação a BR-364 no que diz respeito principalmente aos trechos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul.

Que bom, nunca é tarde para se juntar a uma causa nobre.

Talvez pelos impropérios ditos por motoristas que dependem dela para o sustento de suas famílias, trafegando dia após dia nessa “ex-trada” que mais parece uma colcha de retalhos.

Compreensível!

Ecos da indignação humana dos que pagam o combustível e impostos dos mais caros do país reverberando por todo o Estado.

Aliás proprietários de veículos que moram no interior deveriam ser isentos de tais pagamentos, haja vista já terem muito gasto com suspensão, para-brisa, roda, pneu, cárter furado, para choque etc.

Sem contar que cada dia inventam um diferente pra “botar mais pressão” nos corações angustiados.

Parece também que para alguns não faz diferença, podem aumentar o que for e o quanto for. "Eu não pego essa "BR" mesmo!", deve passar dentro da cabeça de alguns em um lapso de lembrança do trabalho que deveria ser feito.

Suas melôs de final de semana tem no top hits a música – Tô nem aí!

Mas é auspicioso saber que conterrâneos despertaram para os necessitados que não usam estradas para passear, aquela minoria esquecida, que não dá voto.

Caminhoneiros que deixam suas famílias as vezes por semanas pra trazer itens de primeira necessidade principalmente alimentos.

Outros trazem aquelas bugigangas que você pede pela internet o que também é ação por direito.

Taxistas e outros autônomos que precisarão de um transplante de rim em alguns anos.

‘Freteiros’ e outros que dia-a-dia vão desgastando seus discos da coluna.

Falando em saúde é um eterno leva e traz.

Trazem remédios e leva enfermos.

Muitos não tão nem aí pra isso, mas tenho certeza que o dia que você vê um parente seu quicando de Feijó ou Tarauacá pra Cruzeiro do Sul, ou de Manuel Urbano para Rio Branco dentro de uma ambulância, chegando pior de quando saiu você vai começar a “exigir direitos”.


Matérias relacionadas:

DNIT do Acre pode enfrentar problemas após suspeita de fraude em licitação para obra do Contorno Viário de Brasiléia

DNIT do Acre decide não penalizar consórcio acusado de fraude em atestado de capacidade técnica, deixando empresa suspeita disputar com as que trabalham legalmente

Escândalo no DNIT do Acre: superintendente Ricardo Araújo evita entregar documentos que provam possível fraude em licitação

Como ver R$ 10 bilhões virar pó



Inverno chegou e muita coisa a se fazer 


Interrogações

O cidadão acreano gostaria realmente de entender algumas coisas:

Por que a verba só é liberada próximo a chegada do inverno (período chuvoso para os nortistas)?

Por que o serviço que é feito dura tão pouco tempo?

Só não me venha com respostas ruins como de alguns governadores do passado que diziam que o solo é ruim. Gostaria de lembrá-los que o Japão construiu um aeroporto em cima do mar.


Ponte sobre o Caeté

Alguns pronomes relativos devem ser ressuscitados por algumas autoridades.

Quando, como, quanto são perguntas não feitas e, portanto, sem respostas para que a transparência seja límpida como a água do rio Caeté assentada.

Como isso foi acontecer em pleno século XXI com tanta tecnologia a disposição da engenharia?

Pior, passei várias vezes pela ponte e não vi viva alma trabalhando. 

É bom lembrar que o rio começa a encher e o fluxo e tamanho de veículos automotores que passam por cima daquelas águas não são mais como de 15 anos atrás. 

Outras perguntas que não querem calar:

A Balsa dará conta?

Quantos por cento o Brasil tá crescendo ao ano mesmo, segundo algumas publicações?

Nossa economia tá bombando?

Como Brasília está gastando como se não houvesse amanhã, poderiam mandar dinheiro pra fazê-la toda de concreto armado como em país sério, ou Estado governado pelo Romeu Zema.

Parece que a única ponte que vai ficar mais em voga nos próximos anos será a ponte de safena que será colocada em motoristas que não aguentam mais nem a pressão atmosférica, imaginem a dessa “BR” aí.

Os donos de oficinas mecânicas e de loja de autopeças estão muito contentes, mas já passou da hora de olhar para outros coitados.

Pacientes do SAMU e os sem paciência do vale do Juruá agradecem.

Só pra finalizar, urgência não quer dizer uma circunstância que, por ser muito delicada, séria ou grave, possui prioridade em relação as demais? Que necessita de resposta imediata; tem-se pressa?

Então por que cargas d’água essa ponte não deu sinal de vida ainda?

No próximo capítulo escreverei sobre a ponte sobre o Rio Tarauacá. Outra ladainha da engenhosidade moderna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.