14 de fev. de 2009

“Seria linda mesmo sem cirurgia”




Por Ana Paula Rodrigues

Ilustração do Evento
Loira, alta (1,81m), corpo definido por dietas e academia desde jovem (102 cm de quadril, 66 cm de cintura e 96 cm de busto) seriam detalhes suficientes para fazer a grande parte das mulheres satisfeita com o próprio corpo. Mas não Ângela Bismarchi. Aos 36 anos, a carioca passou por 42 intervenções plásticas, entre cirurgias e retoques. “Não me arrependo de nenhuma”, diz a modelo. “Meu futuro marido diz que mesmo se eu não tivesse feito nenhuma operação seria linda”. Ângela voltou a chamar a atenção da mídia neste carnaval. Depois de perder o tapa-sexo no desfile do ano passado, ela fez uma plástica especial para incorporar o estilo oriental do enredo da escola de samba Porto da Pedra. O que deveria ser uma intervenção provisória somente para o carnaval se tornou definitiva na última segunda-feira (11/ fevereiro). Agora, encara mais uma: recuperar a virgindade através de cirurgia.


DNA – Como foi a cirurgia para deixá-la com os olhos de uma japonesa?
Ângela – Coloquei fios de ouro com grampos nos olhos. Era pra ser uma plástica reversível, tanto que desfiz o resultado na última segunda-feira. Mas no final, decidi fazer a definitiva.

DNA – Por que? Você não gostou do resultado da cirurgia temporária?
Ângela – Algumas pessoas me disseram que não estava muito legal como antes. Também achei artificial, por isso fiz a definitiva. Aliás, ainda estou com o rosto muito inchado, pois a cirurgia é recente e agressiva. Esse foi o motivo principal para não ter feito antes do carnaval. No entanto, já consigo ter uma idéia de como os olhos ficarão. Não que eu tenha me tornado uma japonesa, mas um olhar amendoado é mais bonito.

DNA – Tem mais alguma cirurgia em vista?
Ângela – Em breve, breve nenhuma. Mas daqui a dois meses volto a ser virgem (risos).

DNA – Como assim?
Ângela – Conversando com o Wagner (noivo da modelo) descobri que era um desejo dele, uma fantasia sexual. Casar virgem é algo muito especial quando se ama alguém. Passei pela experiência do casamento uma vez na vida e tenho um filho de 16 anos. Por isso, pensei em algo diferente. Farei a reconstituição do hímen a partir do tecido da vagina e em maio, realizarei a cerimônia na Cidade do Samba (Rio de Janeiro) com entrada triunfal em um carro alegórico.


DNA – E os planos para a lua-de-mel?
Ângela – Pensamos em ir pra Paris. Não conheço e dizem que é muito romântico. A expectativa está muito grande. Depois da cirurgia, ficaremos um mês sem fazer amor para criar mais ansiedade! Tem que ser algo especial.

DNA – A cirurgia não é muito agressiva?
Ângela – Não, é bastante simples. Meu marido será o cirurgião. Imagina! Ele vai fazer pra depois tirar. Acho que o Wagner vai roer as unhas (risos).

DNA – Há quanto tempo estão juntos?
Ângela – Desde 2004. Apos a morte do Ox (Ox Bismarchi, cirurgião plástico, assassinado em 2000 enquanto saía de casa, no Rio de Janeiro) fiquei dois anos sozinha. Não namorei ninguém até conhecer o Wagner.

DNA – Acha coincidência se casar, pela segunda vez, com um cirurgião plástico?
Ângela – No caso do Wagner foi coincidência mesmo. Não sabia era cirurgião plástico. Nos conhecemos em uma festa. Já o Ox, conheci em uma consulta médica por causa de uma infecção que tive depois de uma cirurgia em 1998.

DNA – Quantas plásticas fez até hoje?
Ângela – Ao todo foram 42 cirurgias, mas nem todas foram cirurgias de verdade, com cortes e tudo. A maioria delas são retoques de lipoaspiração e retirada de celulite, por exemplo. Prótese só tenho na mama.

DNA – Quando e qual foi a primeira?
Ângela – Com 26 anos, em 1999, coloquei silicone. Eram próteses de 160 ml cada uma. Depois que meu filho nasceu e com a amamentação não gostei de como ficou a aparência dos meus seios. Decidi operar.

DNA – Imaginava que passaria por tantas intervenções depois desta?
Ângela – Não imaginava que faria tantas (risos) ! Na verdade, quando fiz a primeira cirurgia pensava até em fazer um curso de instrumentação cirúrgica. Como fiz enfermagem e gostava de plásticas, queria me especializar.

DNA –Daí uma coisa leva a outra...
Ângela – E comecei a fazer outras.

DNA – Não acha exagero a quantidade de cirurgias?
Ângela – Não. Mesmo porque são 42 detalhes, entre retoques e grandes cirurgias. Intervenções invasivas foram: a troca das próteses da mama, nariz e pálpebras. Só isso. Várias pessoas quando me vêem de perto me acham mais bonita e natural. Não quero ficar com o rosto todo esticado. De tanto produto que colocam no rosto, têm pessoas que ficam com a aparência artificial de tão repuxado. Aliás, o que eu sou hoje é também resultado de uma vida saudável, de uma boa alimentação e exercícios físicos. Acho que a cirurgia é uma aliada da mulher. Se está insatisfeita, vai lá e muda. Mas ficar toda plastificada não.

DNA – Qual é a operação preferida?
Ângela – Do nariz. Não retocaria, ficou ótima! Tem uma que quero fazer, mas meu marido não deixa. É a de glúteo. O Wagner diz que não preciso porque já é lindo, né amor (ri e pede a confirmação de Wagner)?

DNA - Qual foi a pior delas?
Ângela – Esta última, dos olhos. Foi a mais chata. Gostei, mas é dolorida. A região é muito sensível.

DNA – Arrependimento. Bateu algum?
Ângela – Não, de nenhuma. A não ser da primeira vez em que tive uma infecção. Levou três meses pra ser curada. Por falta de informação, muitas pessoas caem no truque e fazem cirurgias em clínicas não especializadas. É preciso se informar muito bem sobre o médico e a clínica para não cair numa furada e se decepcionar.

DNA – Todas as cirurgias foram feitas com seus maridos?
Ângela – Sim, todas. Menos a primeira, a dos seios. Confiança no médico é essencial. Eu acompanho o trabalho do Wagner, assisto algumas cirurgias, tenho algumas vantagens e, claro, não pago nenhuma! Meu marido diz que mesmo sem ter feito todas as cirurgias, seria bonita. Um mulherão com mais de 1,80 de altura e loira... Mas sou muito detalhista e torço pela minha saúde. Por viver com um cirurgião, me animo ainda mais para arriscar novidades.

DNA mulher

Curioso, que ele terá o prazer de destruir seu próprio trabalho...

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