22 de jul. de 2009

Bolívia poderá adquirir armas russas



A Bolívia poderia adquirir materiais de defesa de origem russa por até Us$ 300 milhões dentro de um convênio técnico-militar firmado entre ambas as nações e como parte do objetivo governamental de devolver às Forças Armadas bolivianas a mesma capacidade que tiveram há cerca de 20 anos.

O Ministro da Defesa, Walker San Miguel. Informou que o poder executivo não busca equipar as instituições armadas com fins belicistas, mas sim, assegurar que as mesmas tenham capacidade operativa necessária para cumprir a missão constitucional sem os problemas e as limitações atuais.

Em fevereiro passado, em Moscou, os presidentes da Bolívia, Evo Morales e a Federação Russa, Dimitri Medvedev, subscreveram um convênio técnico-militar, que dará lugar a acordos específicos, cujo conteúdo é avaliado atualmente por autoridades bolivianas.

No marco deste acordo, o diário El País, informou que a Bolívia poderia adquirir tais equipamentos russos pelo valor citado, mas o Ministro de Defesa informou que isto está sujeito a uma série de fatores, como por exemplo as capacidades de endividamento e de pagamento do Estado, como requisito indispensável para que se enumere equipamentos e materiais. O Ministro San Miguel apontou “o que primeiro necessitamos são de helicópteros de carga” para atender a população cívil mais distante dos centros urbanos, “assím como embarcações para incrementar a vigilância e controle dos rios e e vías fluviais do país“.

San Miguel afirmou que a Rússia “possui a melhor indústria pesada do mundo” e que basta que a Bolívia tenha necessidade, poderiam chegar carros blindados, tanques e equipamentos de resgate. “Rússia não tem limites para efetuar provisionamento à Bolívia“, acrescentou.

Especialistas mencionam as enormes limitações que as Forças Armadas da Bolívia tem em relação a seus equipamentos, sobretudo no Exército., considerando-o obsoleto e dizimado, onde por exemplo, dos 60 carros de combate M103 de fabricação americana que se encontram em um município, restam uns 20 em funcionamento e o restante está parado a uns vinte anos por falta de materiais de reposição e peças. Dos 25 carros Mowag suíços, 5 estão na mesma situação e pelos mesmos motívos. Dos 12 blindados brasileiros Urutu, nenhum deles está em solo boliviano, sendo que 7 estão em missão de paz da ONU no Congo e 5 estão em missão similar no Haíti. De outros 23 carros de reconhecimento de fabricação brasileira, um sofreu importantes avarias nos centros mineiros de Potosí, onde foram enviados no passado longuínquo para reforçar o golpe de estado de 17 de julho de 1980, liderado por Luiz García Meza e Luiz Arce Gómez.

Ainda, dos 7 carros blindados Cadillac Gage V-100 americanos, nenhum pode ser usado por não se ter mais peças de reposição e manutenção. Encontram-se a mais de dez anos no Regimento Tarapacá, em Coro-Coro, departamento de La Paz. Dos SK-105 produzídos na Áustria, somente a metade está apta para uso em Patacamaya, La Paz, segundo a mesma fonte. Finalmente no departamento de Potosí, situado em Tupiza , estão armazenados os vetustos 24 blindados M-9, fabricados entre 1940 e 1950 nos Estados Unidos e que foram fruto de doação por parte da Rep. Argentina.

FONTE: Infodefensa / GRÁFICO: Diário El País

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