Marcos Valério questionou ausência de Lula no processo Lula Marques - 6.jul.2005/Folhapress |
DE BRASÍLIA
Em defesa apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza reclama que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi incluído na lista dos envolvidos no esquema.
O documento diz que Marcos Valério é inocente, mas afirma que a denúncia da Procuradoria Geral da República é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]."
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de seu cliente foi "exagerada" com o intuito de deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", entre eles Lula.
"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação penal", diz a defesa do publicitário.
Ele foi apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema do mensalão, esquema de pagamento de propina em troca de apoio político no Congresso Nacional, revelado pela Folha em 2005.
A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema. Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, eram referentes a pagamentos de dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente da República pela primeira vez.
Também afirma que não existem provas de que tenha ocorrido lavagem de dinheiro, um dos crimes imputados a ele. Além disso, Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público. Neste ponto, o publicitário afirma que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação, é uma empresa privada.
Ao final, a defesa de Marcos Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando todos aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio. Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.
O documento diz que Marcos Valério é inocente, mas afirma que a denúncia da Procuradoria Geral da República é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]."
O advogado do publicitário, Marcelo Leonardo, diz que a participação de seu cliente foi "exagerada" com o intuito de deslocar o foco dos verdadeiros "protagonistas políticos", entre eles Lula.
"A classe política (...) habilidosamente deslocou o foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros, dirigentes do PT etc) para o empresário mineiro Marcos Valério, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos objeto desta ação penal", diz a defesa do publicitário.
Ele foi apontado pelo Ministério Público como o operador do esquema do mensalão, esquema de pagamento de propina em troca de apoio político no Congresso Nacional, revelado pela Folha em 2005.
A defesa de Valério nega, ao longo de 148 páginas, a existência do esquema. Diz que os pagamentos efetuados por ele, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, eram referentes a pagamentos de dívidas da campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito presidente da República pela primeira vez.
Também afirma que não existem provas de que tenha ocorrido lavagem de dinheiro, um dos crimes imputados a ele. Além disso, Valério alega que nunca ficou provado que os pagamentos foram feitos com dinheiro público. Neste ponto, o publicitário afirma que a Visanet, apontada como uma das fontes de recursos do mensalão e na qual o Banco do Brasil tem participação, é uma empresa privada.
Ao final, a defesa de Marcos Valério diz que sempre contribuiu com as investigações, apontando todos aqueles que receberam dinheiro por seu intermédio. Por esse motivo, o publicitário afirma que, caso seja condenado, deveria receber perdão judicial ou redução de pena, graças a sua colaboração com a Justiça.
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