15 de ago. de 2013

COMOÇÃO E LÁGRIMA NO ENTERRO DO EMPRESÁRIO ROBERTO MOURA

A pedido da família, o carro do Corpo de Bombeiros foi antecedido por batedores da Polícia Militar e passou em frente aos principais locais de trabalho de Moura.
Gina Menezes, da Agência ContilNet
Eram pontualmente 15:30 horas quando o caixão do empresário Roberto Moura deixou a sede da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), onde era velado desde às 4:15 horas da madrugada desta quinta-feira (15), e foi conduzido pelo carro do Corpo de Bombeiros, em um cortejo fúnebre que passou pelo Segundo Distrito da cidade até o cemitério Morada da Paz.

O corpo foi conduzido até o veículo da corporação pelo filho empresário, Marcelo Moura, governador Tião Viana (PT), jornalista Alan Rick Miranda e senador Jorge Viana (PT).

Marcello Moura, filho do empresário, e Jorge Viana ajudam a levar o caixão até o caminhão do Corpo de Bombeiros/Foto: Agência ContilNet
Marcello Moura, filho do empresário, e Jorge Viana ajudam a levar o caixão até o caminhão do Corpo de Bombeiros/Foto: Agência ContilNet
A pedido da família, o carro do Corpo de Bombeiros foi antecedido por batedores da Polícia Militar e passou em frente aos principais locais de trabalho de Moura, que estão localizados no Segundo Distrito da cidade, incluindo a empresa Recol, considerada um dos principais empreendimentos dele.

Funcionários da Recol Veículos, uma das empresas de Moura, homenageiam o empresário durante passagem do cortejo
Funcionários da Recol Veículos, uma das empresas de Moura, homenageiam o empresário durante passagem do cortejo
Emocionado, o governador Tião Viana afirmou que Moura foi um amigo do Acre e que ajudou noque pôde para o desenvolvimento econômico do Estado.

“Ajudou o Acre trabalhando na iniciativa privada e acreditando no potencial do Estado”, declarou, minutos antes de seguir para o cemitério, onde foi dar o último adeus ao empresário.

A palavra sacerdotal de despedida a Roberto Moura ficou por conta do amigo de infância e hoje padre Asfury, que rezou pela alma do empresário, leu uma palavra bíblica de conforto à família e emocionou a todos ao contar brevemente a infância passada ao lado dele.

“Foi ele quem me ensinou a rezar a missa em latim", disse padre Asfury
“Foi ele quem me ensinou a rezar a missa em latim", disse padre Asfury
“Foi ele quem me ensinou a rezar a missa em latim. Foi com ele que soltei papagaio e brinquei em Tarauacá. Este é um homem muito especial para todos nós. Que Deus o receba em graça e misericórdia”, frisou.

A cerimônia que antecedeu o sepultamento do empresário foi marcada pela reverência dos presentes, que fechavam os olhos em silenciosa oração enquanto o padre Asfury falava, e pelo choro incontido dos parentes.

Uma das filhas mais novas do empresário Roberto Moura, Sanny Moura, foi uma das que mais se emocionou. A jovem chorou bastante sobre o caixão do pai. Os demais filhos também estavam bastante abalados.

Marcello Moura, o filho que o acompanhou nos últimos minutos de vida, externava cansaço e abatimento, mas fez questão de sentar ao lado da urna mortuária, em cima do carro do Corpo de Bombeiros, e permaneceu junto ao caixão até a hora do sepultamento.

Além dos familiares, estavam presentes ao adeus a Roberto Moura funcionários das várias empresas que ele possuía e amigos em geral.

Além dos familiares, estavam presentes ao adeus a Roberto Moura funcionários das várias empresas que ele possuía e amigos em geral.
Além dos familiares, estavam presentes ao adeus a Roberto Moura funcionários das várias empresas que ele possuía e amigos em geral.
O vazio deixado pela partida precoce do empresário Roberto Moura

Praticamente de todos os funcionários e amigos ouviu-se uma expressão que resumia o sentir de que a morte do empresário Roberto Moura deixará um imenso vazio na vida e nos projetos dos que o cercavam.

Foi cena comum ver jornalistas e funcionários de outros empreendimentos do grupo Recol chorarem copiosamente a morte do empresário.

Alan Rick Miranda foi um dos que mais chorou e afirmou que Moura desempenhava a figura de alguém próximo a um pai.

Abatida, a jornalista Mara Rocha, apresentadora do telejornal Gazeta em Manchete, na televisão de propriedade de Moura, afirmou que não perdeu apenas um patrão, mas também um grande amigo. “Ele ajudou muita gente. Ele me ajudou muito. Fica um vazio”, frisou.

A influência política de Roberto Moura
Aos 60 anos, Roberto Moura provou com sua morte que era de fato um dos homens mais influentes na política do Acre.

O funeral do empresário reuniu representantes da situação e oposição, e todos o descreveram como autêntico, visionário e empreendedor nato. Nos minutos finais do funeral estiveram reunidos os três senadores do Acre, Jorge Viana (PT), Aníbal Diniz(PT) e Sérgio Petecão (PSD), além do governador Tião Viana e dezenas de deputados.

Roberto Moura era considerado um dos empresários mais bem sucedidos do Estado. Ele era dono da TV Gazeta, canal 11, retransmissora da Rede Record de Televisão, site agazeta.net e outras empresas do grupo Recol. O empresário também possuía investimentos em outros Estados.

Ele faleceu nas primeiras horas da madrugada de quarta-feira (14), na cidade de São Paulo, vítima de um ataque cardíaco. Moura faria 61 anos no próximo mês. Ele partiu deixando nove filhos, dez netos e duas ex-esposas, além de uma jovem viúva.

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