Postes caídos no chão no local onde o contêiner da UPP foi incendiado Foto: Guilherme Pinto / Extra |
EXTRAGLOBO - Ana Carolina Torres e Guilherme Pinto - Na manhã seguinte ao ataque que deixou três policiais feridos no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, e teve o contêiner da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mandela incendiado, o cenário no conjunto de favelas é de destruição nesta sexta-feira. Como a fiação elétrica foi destruída pelas chamas, parte do comércio não abriu as portas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação quatro escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) estão sem atendimento na região por causa da violência no entorno. As unidades atendem a 3.993 alunos.
Há postes ainda caídos no chão. Crianças e adolescentes se arriscam numa brincadeira perigosa nos fios destruídos.
Moradores passaram a noite às escuras. Técnicos da Light trabalham para tentar restabelecer a energia.
- Na hora da confusão, eles (os policiais) deram tiros nos transformadores. E aí a gente teve que passar a noite sem luz. Ninguém dormiu por causa dos mosquitos. E hoje está todo mundo sentado na calçada, porque ficar dentro de casa com esse calor não dá. Sem falar na comida estragada na geladeira. Quem vai pagar por isso? - perguntou a moradora Isa Francisca Vargas, de 53 anos.
Há postes ainda caídos no chão. Crianças e adolescentes se arriscam numa brincadeira perigosa nos fios destruídos.
Crianças e adolescentes numa perigosa brincadeira nos fios incendiados Foto: Guilherme Pino / Extra |
Moradores passaram a noite às escuras. Técnicos da Light trabalham para tentar restabelecer a energia.
- Na hora da confusão, eles (os policiais) deram tiros nos transformadores. E aí a gente teve que passar a noite sem luz. Ninguém dormiu por causa dos mosquitos. E hoje está todo mundo sentado na calçada, porque ficar dentro de casa com esse calor não dá. Sem falar na comida estragada na geladeira. Quem vai pagar por isso? - perguntou a moradora Isa Francisca Vargas, de 53 anos.
Policiais patrulham a favela, enquanto moradores ficam na calçada por causa do forte calor Foto: Guilherme Pinto / Extra |
Nascida e criada no Complexo de Manguinhos - ela primeiro morou na Varginha e, depois, se mudou para o Mandela -, Isa disse que a noite desta quinta a lembrou do tempo em que o local ainda não havia sido pacificado. A UPP do conjunto de favelas foi inaugurada em janeiro de 2013.
A fiação destruída pelo fogo A fiação destruída pelo fogo Foto: Guilherme Pinto / Extra |
O contêiner incendiado ainda não foi substituído. O policiamento está reforçado na região.
Ataques em série
Os ataques desta quinta começaram na Favela de Manguinhos e deixaram três PMs feridos. O capitão Gabriel Toledo, comandante da UPP, levou um tiro na coxa e foi operado no Hospital Central da PM, no Estácio, na Zona Norte da cidade. Em seguida, o contêiner da UPP foi incendiado. Carros da unidade também foram queimados.
O contêiner da UPP Mandela em chamas Foto: Foto de leitor |
No Morro Camarista Méier, no Complexo do Lins, e no Complexo do Alemão, ambos na Zona Norte, sedes de UPPs foram atacadas a tiros. Um ônibus foi incendiado no Lins de Vasconcelos.
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