30 de jun. de 2014

RÉUS DA G7 FATURAM MAIS DE R$ 40 MILHÕES COM CONTRATOS DA MINHA CASA MINHA VIDA


Empresários envolvidos na G7 participaram do ato de entrega de mais casas neste domingo.

Veja trecho do inquérito da PF que cita a empresa Etenge
Assem Neto, Do Brasil Notícias - A Construtora ETENGE, do empresário Sergio Murata, preso na Operação G-7, tem contratos de mais de R$ 40 milhões para a edificação de unidades habitacionais na Cidade do Povo, o maior programa em andamento na gestão Tião Viana (PT). O empresário foi preso no ano passado no escândalo conhecido como G-7, a mando do Tribunal de Justiça, após escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, autorizadas judicialmente.

Todos os empresários, que são réus em ação penal e estão proibidos de deixar o Acre, compareceram no ato solene com a presença do ministro das Cidades, neste domingo, exatamente para entregar unidades habitacionais financiadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.



Já o ex-diretor do Departamento de Rodagens do Acre (Deracre), Sérgio Nakamura, também preso à época, assinou contrato com o governo local no valor de R$ 14,3 milhões. As informações constam em publicação do Diário Oficial da União da última terça-feira (24). Nakamura é dono da construtora Ábaco Engenharia e está responsável pela construção de casas nos loteamentos Luiz Ângelo e José Firmino Neto, em Rio Branco. Aliás, a Ábaco, venceu outra licitação, em abril deste ano, no valor global de R$ 5.2 milhões.

O parecer que deu origem á homologação foi dado pelo Departamento Estadual de Pavimentação, Água e Saneamento (DEPASA), órgão cujo ex-gestor, Gildo Cezar, também foi preso em maio de 2013 acusado de fazer parte do esquema de favorecimento a empresários.

Há 10 dias, o juiz da 3ª Vara Federal, Jair Facundes, criticou a demora do Ministério Público Federal em apresentar a denúncia contra os envolvidos no escândalo. O MPF pediu, pela segunda vez, novo prazo, sob o argumento de que a Polícia Federal ainda faz as diligências necessárias para a construção de provas.



Ao discorrer sobre a Concorrência 196-2012, a Polícia Federal afirma que o então secretário de Obras do Governo do Acre, Wolvenar Camargo, direciona a construção do Hospital Regional de Brasiléia, orçado em R$ 51 milhões. Grampos autorizados pela justiça flagraram o então secretário em diálogos com terceiros, afirmando que a obra deveria ficar pronta antes da nova eleição do governador Tião Viana. Ele “estaria vendo se consegue botar uma empresa que consiga fazer os serviços nesse tempo”, diz o relatório da PF. Wolvenar também foi preso na operação G-7. Após ser libertado, por ordem do STF, ele foi afastado da Seop mas voltou ao governo, com salário semelhando, desta vez no cargo de assessor especial do governador.

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