São dois soldados, dois tenentes-coronéis e um general que estão sob domínio de uma tribo
Matheus Schuch - Os índios pemones, que entraram em confronto com o Exército da Venezuela, perto da fronteira com o Brasil, fizeram militares reféns nesta sexta-feira (22). O anúncio foi feito por Marcel Pérez, um dos indígenas envolvidos em protestos a favor da entrada de ajuda humanitária, na comunidade de Kumarakapay. Fontes militares do Brasil consultadas por GaúchaZH confirmaram a informação.
Segundo Pérez, o sequestro foi uma forma de pressionar o Exército de Nicolás Maduro a “parar com as agressões contra os venezuelanos”. Ele evitou afirmar que os reféns poderão ser utilizados como moeda de troca para a passagem de caminhões com ajuda estrangeira.
— Estamos com dois soldados, dois tenentes-coronéis e um general. Esta violência tem que parar. Não aguentamos mais — afirmou.
Pérez deu a declaração após ser atendido em um hospital de Pacaraima. Ele foi atingido por golpes no rosto e em outras partes do corpo. Por estar ferido, teve a passagem autorizada por militares venezuelanos na fronteira com o Brasil.
Ainda segundo o venezuelano, uma indígena foi morta e ao menos 14 pessoas ficaram feridas no confronto com o Exército. A ONG Kapé Kapé confirma dois mortos.
— Nós estávamos fazendo um protesto pacífico, eles chegaram com tanques, fuzis, baionetas e partiram para a agressão — relatou.
O enfrentamento ocorreu no início da manhã. As vítimas com ferimentos graves foram encaminhadas a um hospital de Boa Vista, capital de Roraima. Neste sábado (23), os índios pemones prometem reforçar a mobilização do lado venezuelano para pressionar o Exército a aceitar a passagem de caminhões com ajuda humanitária. Os veículos devem chegar a Pacaraima pela manhã ou ainda de madrugada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.